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Brasil chega a 200 mil mortos pela Covid-19

Brasil chega a 200 mil mortos pela Covid-19.

Com gestão incompetente do governo federal e a população insistindo em aglomerações, tendência é que o número de casos e óbitos aumente

Marcio James/Semcom-AM

Marcio James/Semcom-AM (Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus, recebe a maioria dos mortos por Covid-19 na capital amazonense)

Era previsível, mas não com tamanha rapidez. Em menos de um ano após o primeiro caso ser confirmado no país, em 26 de fevereiro, o Brasil alcança amarca de 200 mil mortes pela Covid-19. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, que publicaram um boletim extra. O total de óbitos registrados é de 200.011, com 7.921.803 casos confirmados. De acordo com o consórcio de imprensa, até às 17h29 desta quinta-feira (7) foram registrados mais 968 óbitos no país.

O país é o segundo em número de mortes e casos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Especialistas são unânimes em dizer que a falta de testagem em massa, de monitoramento dos infectados, a coordenação unificada no combate à doença, campanhas de informação, que deveriam ser feitas pelo Ministério da saúde, somados à postura negacionista do presidente Jair Bolsonaro, ao descaso da própria população que insistiu em não se prevenir, tudo isso reflete neste número trágico.

Após a explosão de casos e mortes em julho e agosto, no segundo semestre de 2020, houve uma tendência de queda. No entanto, a tendência foi revertida e, atualmente, o país atravessa um dos momentos mais graves da pandemia, com aumento na ocupação de leitos, casos e mortes.

Agora, cidades e estados foram obrigados a voltar a impor restrições às suas populações.

A tendência de alta, em parte, pode ser explicada pela flexibilização das restrições m meados do segundo semestre e o relaxamento da população, comada à esperança da chegada das vacinas. Mas é ilusório pensar que a população será vacinada nos próximos meses e é mais provável que a imunização só será completa no próximo ano.

Um indicador do crescimento no número de casos é os recordes semanais de testes rápidos de Covid-19 realizados em farmácias, que registraram 73.322 mil casos nas últimas três semanas, o que equivale a 15,27% das testagens.

Os dados são de levantamento da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

Segundo a entidade, também houve recorde do número de atendimentos nas farmácias, chegando a 186,5 mil testes entre 21 e 27 de dezembro (14,07% de casos confirmados). Entre os dias 14 e 20 de dezembro, foram realizadas 141,7 mil testagens (com 15,65% de confirmações), enquanto 154,7 mil foram feitas entre 28 de dezembro e 3 de janeiro (16,08% de testes positivos).

No acumulado do ano, 2,031 milhões de testes rápidos foram realizados em farmácias associadas à Abrafarma, sendo que 15% (306 mil) foram positivos. A região Norte segue liderando o porcentual de casos confirmados com três Estados nas três primeiras colocações: Acre (27,05%), Amazonas (27%) e Amapá (25,14%).

De acordo com a associação, o Nordeste também apresenta um viés de alta, com quatro Estados acima de 20%: Paraíba (22,4%), Pernambuco (22,37%), Rio Grande do Norte (20,57%) e Ceará (20 51%).

Fonte: Dom Total

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