Estudo aponta que radiação dos celulares podem influenciar na mortalidade dos insetos.
Radiação dos celulares pode causar perda da capacidade de orientação e deterioração do material genético e das larvas.
Abelha em uma flor de hisbico, em Ludwigsburg, na Alemanha.
A radiação dos celulares pode ser uma das causas, junto com o uso de pesticidas e o desmatamento, da mortalidade dos insetos na Europa. É o que aponta a análise de mais de 100 estudos feitos por uma ONG alemã.
A crescente exposição do meio ambiente à radiação eletromagnética tem “provavelmente uma influência no mundo dos insetos”, estima a análise, publicada nesta quinta-feira (17), dos dados de 190 estudos realizados pela Associação Alemã para a Conservação da Natureza (NABU) em colaboração com duas ONGs, uma alemã e outra luxemburguesa.
Esta análise surge no momento em que a Europa se prepara para a chegada da tecnologia 5G, que deve oferecer uma velocidade 100 vezes mais rápida do que a das redes 4G existentes e gera inúmeros alertas, principalmente dos ambientalistas.
Segundo essas ONGs, cerca de 60% dos estudos mostram efeitos negativos para abelhas, vespas e moscas. Esses efeitos adversos vão desde a perda da capacidade de orientação, devido aos campos magnéticos, até a deterioração do material genético e das larvas.
A radiação dos celulares e das redes sem fio, como o wi-fi, provocaria a abertura dos canais de cálcio das células dos insetos, dando lugar a uma introdução significativa de íons de cálcio no organismo. Em doses altas, este cálcio gera reações em cadeia nos insetos e um “estresse celular”, acrescenta o estudo.
Entre essas reações, estão “uma alteração do sentido da orientação e uma diminuição da capacidade de reprodução”.
A biomassa dos artrópodes diminuiu 67% em dez anos nas pastagens, e 41%, nas florestas europeias, de acordo com um estudo alemão publicado em outubro de 2019 na revista Nature.
Fonte: AFP/Domtotal
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