Liturgia Diária

Amar aos nossos inimigos como o Pai nos ama

Jesus nos ensina que é preciso amar aos nossos inimigos.

Sem dúvida, amar aos nossos inimigos não é uma missão fácil, mas não impossível.

Liturgia do Dia 16 de Junho – Terça-feira
XI SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício da III Semana)
Antífona de Entrada
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)

Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Sede favorável ao nosso apelo Senhor.

Leitura (1 Reis 21,17-29)
Leitura do primeiro livro dos Reis.

21 17 Então a palavra do Senhor foi dirigida a Elias, o tesbita:
18 “Vai; desce ao encontro de Acab, rei de Israel, que mora em Samaria, ei-lo que desce a tomar posse da vinha de Nabot.
19 Dir-lhe-ás: ‘Isto diz o Senhor: Mataste, e agora usurpas!’ – E ajuntarás:
‘Eis o que diz o Senhor: No mesmo lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabot, lamberão também o teu’”.

20 Acab exclamou: “Encontraste-me de novo, ó meu inimigo?”

“Sim!”, respondeu Elias. “Porque te vendeste para fazer o mal aos olhos do Senhor.
21 Farei cair o mal sobre ti, varrer-te-ei, exterminarei da família de Acab em Israel todo varão, seja escravo ou livre.
22 Farei de tua casa o que fiz da de Jeroboão, filho de Nabat, e da de Baasa, filho de Aías, porque me provocaste à ira e arrastaste Israel ao pecado.

23 E eis agora o que diz o Senhor contra Jezabel: Os cães devorarão Jezabel na terra de Jezrael.

24 Todo membro da família de Acab que morrer na cidade será devorado pelos cães, e o que morrer no campo será comido pelas aves do céu.
25 Com efeito, não houve ninguém que praticasse tanto o mal aos olhos do Senhor como Acab, excitado como era por sua mulher Jezabel.
26 Levou a abominação ao extremo, seguindo os ídolos dos amorreus, que o Senhor tinha expulsado de diante dos israelitas”.

27 Ouvindo estas palavras, Acab rasgou suas vestes, cobriu-se com um saco e jejuou; dormia, envolto no saco e andava a passos lentos.

28 Então a Palavra do Senhor foi dirigida a Elias, o tesbita, nestes termos:
29 “Viste como Acab se humilhou diante de mim?
Pois que ele assim procedeu, não mandarei o castigo durante a sua vida, mas nos dias de seu filho farei vir a catástrofe sobre a sua casa”.
Palavra do Senhor.

É preciso amar aos nossos inimigos.

Salmo Responsorial 50/51
Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!

Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
Lavai-me todo inteiro do pecado
e apagai completamente minha culpa!

Eu reconheço toda a minha iniquidade,
o meu pecado está sempre à minha frente.
Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei
e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

Desviai o vosso olhar dos meus pecados
e apagai todas as minhas transgressões!
Da morte como pena, libertai-me,
e minha língua exaltará vossa justiça!

Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado (Jo 13,34).

Evangelho (Mateus 5,43-48)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

5 43 Disse Jesus: “Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo.
44 Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem.
45 Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos.

46 Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos?

47 Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos?
48 Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito”.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

Amar aos inimigos como o Pai nos ama.

Como vimos, Jesus apelou para o modo de proceder do Pai para ensinar o amor aos inimigos.
Pois, o Pai não faz distinção das pessoas entre boas e más, quando concede seus benefícios à humanidade.
Assim como, o sol e a chuva derramam-se abundantes sobre todos e lhes são benéficos, independentemente, de sua conduta.

O discípulo do Reino, do mesmo modo, não divide as pessoas em boas e más, santas e pecadoras, amigas e inimigas, sendo atencioso e serviçal para umas e repelindo as outras.

Porém, a atitude do discípulo pode não encontrar correspondência por parte de outras pessoas e, eventualmente, ser hostilizado por elas.
Pois bem, embora tenha que sofrer, o discípulo não retribui com a mesma moeda.

Dessa forma, ele bendiz, quando lhe maldizem.

Bem como, dispõe-se a fazer o bem a quem lhe nutre ódio.
Intercede por seus perseguidores e caluniadores. Esta é a marca registrada do discípulo.

Sendo assim, se agisse de outra forma, o discípulo não se distinguiria de um não-discípulo.
Pois, revidar ódio com ódio e maldição com maldição não é novidade.

Então, o discípulo, inspirado no agir do Pai, vai na contramão da cultura reinante.

Aí, sim, ele mostra ser o Pai o modelo e o motivo de sua ação.
Aliás, o Pai se torna para ele modelo de perfeição.
Portanto, quanto mais o discípulo é capaz de agir sem fazer acepção de pessoas, tanto mais próximo da perfeição estará.

Oração
Pai, faze-me teu imitador, e não me deixes cair na tentação de fazer acepção de pessoas. Que eu ame a todos, sem qualquer distinção.

20

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