Liturgia Diária

A ressurreição de Lázaro, ou seja o último sinal

Eis que  Jesus é revelado como a ressurreição, e a vida.

A ressurreição de Lázaro conclui a série dos sinais realizados por Jesus.

Liturgia do Dia 29 de Março – Domingo
V DOMINGO DA QUARESMA
Antífona de Entrada
A mim, ó Deus, fazei justiça, defendei a minha causa contra a gente sem piedade; do homem perverso e traidor, libertai-me, porque sois, ó Deus, o meu socorro (Sl 42,1s).

Oração do dia
Senhor nosso Deus, dai-nos, por vossa graça, caminhar com alegria na mesma caridade que levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Glória a vós, ó Cristo, verbo de Deus.

Leitura (Ezequiel 37,12-14)
Leitura do livro do profeta Jeremias.

Eis o que diz o Senhor Javé: “Ó meu povo, vou abrir os vossos túmulos; eu vos farei sair deles para vos transportar à terra de Israel.
Sabereis então que eu é que sou o Senhor, ó meu povo, quando eu abrir os vossos túmulos e vos fizer sair deles,
quando eu meter em vós o meu espírito para vos fazer voltar à vida e quando vos hei de restabelecer em vossa terra. Sabereis então que sou eu o Senhor, que o disse e o executei – oráculo do Senhor”.
Palavra do Senhor.

Assim, a ressurreição de Jesus acontecerá por que traz dentro de si uma força divina.

Salmo Responsorial 129/130
No Senhor, toda graça e redenção!

Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,
escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam bem atentos
ao clamor da minha prece!

Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Mas em vós se encontra o perdão,
eu vos temo e em vós espero.

No Senhor ponho a minha esperança,
Espero em sua palavra.
A minha alma espera no Senhor
mais que o vigia pela aurora.

Espere Israel pelo Senhor
mais que o vigia pela aurora!
Pois no Senhor se encontra toda graça
e copiosa redenção.
Ele vem libertar a Israel
de toda a sua culpa.

O Espírito de Deus habita em vós.

Leitura (Romanos 8,8-11)
Leitura da carta aos Romanos.

Irmãos, os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.
Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós.
Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele.
Ora, se Cristo está em vós, o corpo, em verdade, está morto pelo pecado, mas o Espírito vive pela justificação.
Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.
Palavra do Senhor.

Eu sou a ressurreição, eu sou a vida. Quem crê em mim não morrerá eternamente (Jo 11,25s).

Evangelho (João 11,1-45 ou 3-7.17.20-27.33-45)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

Naquele tempo, Lázaro caiu doente em Betânia, onde estavam Maria e sua irmã Marta.
Maria era quem ungira o Senhor com o óleo perfumado e lhe enxugara os pés com os seus cabelos. E Lázaro, que estava enfermo, era seu irmão.
Suas irmãs mandaram, pois, dizer a Jesus: “Senhor, aquele que tu amas está enfermo”.

A estas palavras, disse-lhes Jesus: “Esta enfermidade não causará a morte, mas tem por finalidade a glória de Deus.
Por ela será glorificado o Filho de Deus”.

Ora, Jesus amava Marta, Maria, sua irmã, e Lázaro.

Mas, embora tivesse ouvido que ele estava enfermo, demorou-se ainda dois dias no mesmo lugar.
Depois, disse a seus discípulos: “Voltemos para a Judéia”.
Mestre, responderam eles, “há pouco os judeus te queriam apedrejar, e voltas para lá?”

Jesus respondeu: “Não são doze as horas do dia? Quem caminha de dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo.
Mas quem anda de noite tropeça, porque lhe falta a luz”.
Depois destas palavras, ele acrescentou: “Lázaro, nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo”.
Disseram-lhe os seus discípulos: “Senhor, se ele dorme, há de sarar”.

Jesus, entretanto, falara da sua morte, mas eles pensavam que falasse do sono como tal.

Então Jesus lhes declarou abertamente: “Lázaro morreu.
Alegro-me por vossa causa, por não ter estado lá, para que creiais. Mas vamos a ele”.
A isso Tomé, chamado Dídimo, disse aos seus condiscípulos: “Vamos também nós, para morrermos com ele”.
À chegada de Jesus, já havia quatro dias que Lázaro estava no sepulcro.

Ora, Betânia distava de Jerusalém cerca de quinze estádios.

Muitos judeus tinham vindo a Marta e a Maria, para lhes apresentar condolências pela morte de seu irmão.
Mal soube Marta da vinda de Jesus, saiu-lhe ao encontro. Maria, porém, estava sentada em casa.
Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!

Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá”.

Disse-lhe Jesus: “Teu irmão ressurgirá”.
Respondeu-lhe Marta: “Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia”.
Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?”
Respondeu ela: “Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo”.

A essas palavras, ela foi chamar sua irmã Maria, dizendo-lhe baixinho: “O Mestre está aí e te chama”.

Apenas ela o ouviu, levantou-se imediatamente e foi ao encontro dele.
(Pois Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava ainda naquele lugar onde Marta o tinha encontrado.)
Os judeus que estavam com ela em casa, em visita de pêsames, ao verem Maria levantar-se depressa e sair, seguiram-na, crendo que ela ia ao sepulcro para ali chorar.

Quando, porém, Maria chegou onde Jesus estava e o viu, lançou-se aos seus pés e disse-lhe: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!”

Ao vê-la chorar assim, como também todos os judeus que a acompanhavam, Jesus ficou intensamente comovido em espírito. E, sob o impulso de profunda emoção,
perguntou: “Onde o pusestes?” Responderam-lhe: “Senhor, vinde ver”.

Jesus pôs-se a chorar.

Observaram por isso os judeus: “Vede como ele o amava!”
Mas alguns deles disseram: “Não podia ele, que abriu os olhos do cego de nascença, fazer com que este não morresse?”
Tomado, novamente, de profunda emoção, Jesus foi ao sepulcro. Era uma gruta, coberta por uma pedra.
Jesus ordenou: “Tirai a pedra.

Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, pois há quatro dias que ele está aí”

Respondeu-lhe Jesus: “Não te disse eu: Se creres, verás a glória de Deus?” Tiraram, pois, a pedra.
Levantando Jesus os olhos ao alto, disse: “Pai, rendo-te graças, porque me ouviste.

Eu bem sei que sempre me ouves, mas falo assim por causa do povo que está em roda, para que creiam que tu me enviaste”.
Depois destas palavras, exclamou em alta voz: “Lázaro, vem para fora!”
E o morto saiu, tendo os pés e as mãos ligados com faixas, e o rosto coberto por um sudário. Ordenou então Jesus: “Desligai-o e deixai-o ir”.

Muitos dos judeus, que tinham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

A ressurreição de Lázaro, ou seja o último sinal

A ressurreição de Lázaro conclui a série dos sinais realizados por Jesus, ao longo do seu ministério, e, de certo modo, prepara o caminho para o sinal definitivo: sua ressurreição.
O último sinal contém elementos importantes para a correta compreensão do que estava para acontecer.

Jesus é apresentado como vencedor da morte e doador da vida.
Não importava que o amigo estivesse doente, morresse e depois passasse quatro dias sepultado.
O Messias Jesus era suficientemente poderoso para chamá-lo de volta à vida.

Quem estivera morto levanta-se do sepulcro e volta para a vida, obedecendo à ordem dada por Jesus.

Este, por sua vez, se apresenta como o princípio e a causa da ressurreição da Lázaro.

Assim, a ressurreição de Jesus acontecerá por que traz dentro de si uma força divina, que faz jorrar a vida onde reina a morte.

Já a ressurreição de Lázaro, por sua vez, possibilitará aos discípulos solidificarem sua própria fé.

Por isso, Jesus se alegra por eles não terem encontrado Lázaro com vida.
Assim, teriam a chance de testemunhar uma manifestação inquestionável do poder do Mestre, e, por conseguinte, crerem nele.

Por sua vez, o diálogo com Marta e Maria, em torno da fé na ressurreição dos mortos, põe as bases para a compreensão da gloriosa ressurreição do Senhor.
Desta forma, os discípulos foram preparados para enfrentar o impacto da morte iminente do Mestre.

Oração
Pai, dá-me a graça de compreender a ressurreição de Jesus como vitória da vida e como sinal de que a morte não tem a última palavra sobre o destino daqueles que crêem.

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