Assim, em Jesus temos o verdadeiro exemplo de Rei.
Por isso, por amor a humanidade Jesus se entrega para a plenitude do Reino da vida.
Liturgia do Dia 24 de Novembro – Domingo
Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
Antífona de Entrada
O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele glória e poder através dos séculos (Ap 5,12; 1,6)
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
“Vê: não somos nós teus ossos e tua carne?
Leitura (2 Samuel 5,1-3)
Leitura do segundo livro de Samuel.
Todas as tribos de Israel vieram ter com Davi em Hebron e disseram-lhe: “Vê: não somos nós teus ossos e tua carne?
Já antes, quando Saul era nosso rei, eras tu que dirigias os negócios de Israel.
O Senhor te disse: ‘és tu que apascentarás o meu povo e serás o chefe de Israel'”.
Vieram, pois, todos os anciãos de Israel ter com o rei em Hebron. Davi fez com eles um tratado diante do Senhor e eles sagraram-no rei de Israel.
Palavra do Senhor.
Por isso, “Vamos à casa do Senhor!”
Salmo Responsorial 121/122
Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!
Que alegria quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!”
E agora nossos pés já se detêm,
Jerusalém, em tuas portas.
Para lá sobem as tribos de Israel,
as tribos do Senhor.
Para louvar, segundo a lei de Israel,
o nome do Senhor.
A sede da justiça lá está
e o trono de Davi.
Jesus é a imagem de Deus invisível, o Primogênito de toda a criação.
Leitura (Colossenses 1,12-20)
Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses.
Sede contentes e agradecidos ao Pai, que vos fez dignos de participar da herança dos santos na luz. Ele nos arrancou do poder das trevas e nos introduziu no Reino de seu Filho muito amado,no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. Ele é a imagem de Deus invisível, o Primogênito de toda a criação.
Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por ele e para ele.
Ele existe antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem nele. Ele é a Cabeça do corpo, da Igreja.
É o Princípio, o primogênito dentre os mortos e por isso tem o primeiro lugar em todas as coisas.
Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus.
Palavra do Senhor.
É bendito aquele que vem vindo, que vem vindo em nome do Senhor; e o reino que vem seja bendito, ao que vem e a seu reino, o louvor! (Mc 11,9s).
Evangelho (Lucas 23,35-43)
A multidão conservava-se lá e observava. Os príncipes dos sacerdotes escarneciam de Jesus, dizendo: “Salvou a outros, que se salve a si próprio, se é o Cristo, o escolhido de Deus!”
Do mesmo modo zombavam dele os soldados. Aproximavam-se dele, ofereciam-lhe vinagre e diziam:
“Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo”.
Por cima de sua cabeça pendia esta inscrição: “Este é o rei dos judeus”.
Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: “Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós!”
Mas o outro o repreendeu: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício?
Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum”.
E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!”
Jesus respondeu-lhe: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso”.
Palavra da Salvação.
Sendo assim, Jesus o Rei dos Reis hoje e todo o sempre
Primordialmente, vemos que a crucifixão de Jesus constituiu-se em um trauma para os discípulos.
Afinal, eles esperavam que seu Mestre fosse um Messias-rei glorioso, cheio de poder, capaz de pôr fim à opressão romana.
Por isso, diante do Crucificado, viram esvair-se todas as suas esperanças.
Contudo, a inscrição afixada no alto da cruz – “Este é o rei dos judeus” – era verdadeira.
Efetivamente, Jesus era “rei dos judeus”, mas seu reino era bem diferente daquele que os discípulos e os adversários esperavam.
Dessa forma, uns e outros não conseguiam perceber a dinâmica de salvação em que estava envolvida a morte de cruz.
Ali, Jesus estava salvando toda a humanidade, por ser o Cristo de Deus, o eleito.
A crucifixão por sua vez, resultava de sua fidelidade total ao Pai, Senhor de sua existência.
Dessa foma, isto significava que a vontade divina sempre fora o imperativo na vida do Filho de Deus.
Assim, o Reino do Pai tornara-se o Reino de Jesus. Reino articulado no querer divino, e não na força das armas, da violência, das conquistas, da opressão.
Por conseguinte, os judeus e todos os que quisessem salvar-se, deveriam aderir a este Reino, cujo Rei é Jesus.
Os dois ladrões, também crucificados com o Mestre, revelaram duas atitudes contrastantes diante desse Rei: um o rejeitou como fraco e impotente; o outro o acolheu e o reconheceu como sendo vítima da injustiça.
Portanto, a este Jesus acolheu em seu Reino!
Oração
Espírito de fidelidade ao Pai, faze o Reino acontecer na minha vida, como aconteceu com Jesus, levando-me a viver na absoluta submissão ao querer do Pai.