Liturgia Diária

O caminho da fidelidade ao Messias Jesus

Através do fato de Arquelau somos motivados a buscar o caminho da fidelidade a Jesus.

Afinal, Jesus é o caminho, a verdade e a vida de nosso existir.

Liturgia do Dia 20 de Novembro – Quarta-feira
XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM 
Antífona de Entrada
Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11s.14).

Oração do dia
Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Que a fidelidade a Jesus Cristo nos mostre o caminho da plenitude de vida.

Leitura (2 Macabeus 7,1.20-31)
Leitura do segundo livro dos Macabeus.

Havia também sete irmãos que foram um dia presos com sua mãe, e que o rei por meio de golpes de azorrage e de nervos de boi, quis coagir a comerem a proibida carne de porco.

Particularmente admirável e digna de elogios foi a mãe que viu perecer seus sete filhos no espaço de um só dia e o suportou com heroísmo, porque sua esperança repousava no Senhor.
Ela exortava a cada um no seu idioma materno e, cheia de nobres sentimentos, com uma coragem varonil, ela realçava seu temperamento de mulher.

“Ignoro”, dizia-lhes ela, “como crescestes em meu seio, porque não fui eu quem vos deu nem a alma, nem a vida, e nem fui eu mesma quem ajuntou vossos membros.

Mas o criador do mundo, que formou o homem na sua origem e deu existência a todas as coisas, vos restituirá, em sua misericórdia, tanto o espírito como a vida, se agora fizerdes pouco caso de vós mesmos por amor às suas leis”.
Receando, todavia, o desprezo e temendo o insulto, Antíoco solicitou em termos insistentes o mais jovem, que ainda restava, prometendo-lhe com juramento torná-lo rico e feliz, se abandonasse as tradições de seus antepassados, tratá-lo como amigo, e confiar-lhe cargos.

Como o jovem não deu importância alguma, o rei mandou que a mãe se aproximasse e o exortasse com seus conselhos, para que o adolescente salvasse sua vida; como ele insistiu por muito tempo, ela consentiu em persuadir o filho.
Inclinou-se sobre ele e, zombando do cruel tirano, disse-lhe na língua materna:

“Meu filho, compadece-te de tua mãe, que te trouxe nove meses no seio, que te amamentou durante três anos, que te nutriu, te conduziu e te educou até esta idade.

Eu te suplico, meu filho, contempla o céu e a terra; reflete bem: tudo o que vês, Deus criou do nada, assim como todos os homens.
Não temas, pois, este algoz, mas sê digno de teus irmãos e aceita a morte, para que no dia da misericórdia eu te encontre no meio deles”.

Logo que ela acabou de falar, o jovem disse:
“Que estais a esperar? Não atenderei às ordens do rei; eu obedeço àquele que deu a lei a nossos pais por intermédio de Moisés.
Mas tu, que és o inventor dessa perseguição contra os judeus, não escaparás à mão de Deus”.
Palavra do Senhor.

Os meus passos eu firmei na vossa estrada buscando o caminho verdadeiro

Salmo Responsorial 16/17
Ao despertar, me saciará vossa presença, ó Senhor!

Ó Senhor, ouvi a minha justa causa,
escutai-me e atende o meu clamor!
Inclinai o vosso ouvido à minha prece,
pois não este falsidade nos meus lábios!

Os meus passos eu firmei na vossa estrada,
e por isso os meus pés não vacilaram.
eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis,
inclinai o vosso ouvido e escutai-me.

Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me á proteção de vossas asas.
E verei, justificado, a vossa face,
e, ao despertar, me saciará vossa presença.

Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15,16).

Evangelho (Lucas 19,11-28)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Como Jesus estava perto de Jerusalém, alguns se persuadiam de que o Reino de Deus se havia de manifestar brevemente; ele acrescentou esta parábola:
Um homem ilustre foi para um país distante, a fim de ser investido da realeza e depois regressar.

Chamou dez dos seus servos e deu-lhes dez minas, dizendo-lhes: Negociai até eu voltar.
Mas os homens daquela região odiavam-no e enviaram atrás dele embaixadores, para protestarem: Não queremos que ele reine sobre nós.

Quando, o  investidor da dignidade real, voltou, mandou chamar os servos a quem confiara o dinheiro, a fim de saber quanto cada um tinha lucrado.
Veio o primeiro: Senhor, a tua mina rendeu dez outras minas. Ele lhe disse: Muito bem, servo bom; porque foste fiel nas coisas pequenas, receberás o governo de dez cidades.

O segundo: Senhor, a tua mina rendeu cinco outras minas. Disse a este: Sê também tu governador de cinco cidades.  O outro por sua vez, disse:

Mestre, aqui tens a tua mina, que guardei embrulhada num lenço;  pois tive medo de ti, por seres homem rigoroso, que tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste.

Replicou-lhe ele: Servo mau, pelas tuas palavras te julgo.

Sabias que sou rigoroso, que tiro o que não depositei e ceifo o que não semeei…
Por que, pois, não puseste o meu dinheiro num banco? Na minha volta, eu o teria retirado com juros.

E falou aos que estavam presentes: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas.
Replicaram-lhe: Senhor, este já tem dez minas!…

Eu vos declaro: a todo aquele que tiver, dar-se-lhe-á; mas, ao que não tiver, ser-lhe-á tirado até o que tem.

Quanto aos que me odeiam, e que não me quiseram por rei, trazei-os e massacrai-os na minha presença.
Depois destas palavras, Jesus os foi precedendo no caminho que sobe a Jerusalém.
Palavra da Salvação.

O caminho da fidelidade ao Messias Jesus

Nesta liturgia, vemos a parábola evangélica tem como pano de fundo um fato histórico.
Assim, vimos que Arquelau, um dos filhos de Herodes, tinha viajado para Roma com o intuito de pedir ao imperador César Augusto para confirmá-lo no trono, com o título de rei.

Este por sua vez, Arquelau era perverso como seu pai, por isso o povo judeu o odiava.
Sendo assim, foi por esta razão que uma delegação judia seguiu também para Roma para se opor, diante do imperador, contra a nomeação.

Dessa forma, a questão foi contornada pela autoridade romana que concedeu a Arquelau apenas o título de tetrarca.

Desconhece-se até então, qual terá sido sua reação ao voltar.

Contudo, a ordem do rei mandando trucidar seus inimigos na presença dele, pode revelar a ira contra seus opositores.
Pouco tempo depois, foi destituído do cargo.

Diante disso, vemos que a parábola nos oferece pistas para compreender o que estaria para acontecer com Jesus.

Afinal, Ele é quem está para ser investido rei pelo Pai. Isto exigirá dele passar, antes, pela morte e, depois, ressuscitar.
O tempo de sua ausência por sua vez, é oferecido aos discípulos como oportunidade para fazerem frutificar os donos recebidos de Deus.

Neste oportunidade, os sensatos e responsáveis irão, logo, fazê-los multiplicar.

Além disso, os inimigos de Jesus, contrários à sua condição de Messias, iriam perseguir a comunidade dos discípulos.

Todavia, ao voltar, revestido do poder real para realizar o juízo, o Mestre retribuirá a cada um conforme se tiver comportado.
A prudência aconselha, pois, o caminho da fidelidade ao Messias Jesus.

Oração
Pai, faze de mim um discípulo fiel de Jesus a quem deverei prestar contas do bom uso dos dons que me concedeu. Que eu seja prudente no meu agir.

 

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