Jesus nos mostra como deve viver o discípulo do Reino.
Assim, o discípulo portar com liberdade diante dos bens deste mundo.
Liturgia do Dia 21 de Outubro – Segunda-feira
XXIX SEMANA DO TEMPO COMUM
Antífona de Entrada
Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Romanos 4,20-25)
Leitura do livro da carta de são Paulo aos Romanos.
Ante a promessa de Deus, não vacilou, não desconfiou, mas conservou-se forte na fé e deu glória a Deus.
Estava plenamente convencido de que Deus era poderoso para cumprir o que prometera.
Eis por que sua fé lhe foi contada como justiça.
Ora, não é só para ele que está escrito que a fé lhe foi imputada em conta de justiça.
É também para nós, pois a nossa fé deve ser-nos imputada igualmente, porque cremos naquele que dos mortos ressuscitou Jesus, nosso Senhor,
o qual foi entregue por nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação.
Palavra do Senhor.
Fez surgir um poderoso salvador na casa de Davi, seu servidor.
Salmo Responsorial Lc 1
Bendito seja o Senhor Deus de Israel,
porque a seu povo visitou e libertou!
Fez surgir um poderoso salvador
na casa de Davi, seu servidor,
como falara pela boca de seus santos,
os profetas desde os tempos mais antigos.
Para salvar-nos do poder os inimigos
e da mão de todos quantos nos odeiam.
Assim mostrou misericórdia a nossos pais,
recordando a sua santa aliança.
E o juramento a Abraão, o nosso pai,
de conceder-nos que, libertos do inimigo,
a ele nós sirvamos sem temos,
em santidade e em justiça diante dele,
enquanto perdurarem nossos dias.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).
Evangelho (Lucas 12,13-21)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, disse-lhe então alguém do meio do povo:
“Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança”.
Jesus respondeu-lhe: “Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”
E disse então ao povo: “Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas”.
E propôs-lhe esta parábola: “Havia um homem rico cujos campos produziam muito. Ele refletia consigo: ‘Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha colheita’.
Disse então ele: ‘Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e construirei maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens.
E direi à minha alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te’.
Deus, porém, lhe disse: ‘Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma.
E as coisas, que ajuntaste, de quem serão?’
Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus”.
Palavra da Salvação.
O discípulo do Reino de Deus
Hoje vemos, que o discípulo do Reino é instruído para se portar com liberdade diante dos bens deste mundo, para não correr o risco de cair na idolatria.
Afinal, a relação incorreta com as criaturas tende a levá-los a um comportamento errôneo em relação aos irmãos: coisificar as pessoas e tiranizá-las sem piedade, por absolutizar as riquezas. Por isso, Jesus denunciava energicamente a insensatez dos ricos.
Assim como também, alertava seus discípulos contra a avareza, insistindo para que não contassem com a abundância de bens como fator de segurança e felicidade.
E isto é claro, na tentativa de levá-los a se manterem imunes contra a idolatria da riqueza.
Dessa forma, a parábola do rico avarento apresenta uma atitude que todo discípulo deve evitar.
Pois, o homem rico fechou-se na sua ganância de acumular, esquecendo-se de Deus e de seus irmãos.
E por isso, não nutria nenhum desejo de partilhar, mas só de acumular.
Quanto mais tinha, tanto mais queria ter.
Assim, vemos que as necessidades dos outros não contavam.
Pensava tão-somente em encontrar conforto e fartura para si mesmo, e assim, poder descansar tranquilo uma vez que tinha garantido para si uma vida abastada.
Ele, porém, não contou com a morte, quando seria chamado a prestar contas a Deus.
Só então, haveria de aparecer a total pobreza em que vivia, pois, faltando-lhe o amor, faltava-lhe tudo.
Diante disso, tendo acumulado só para si mesmo, acabou na mais total pobreza diante de Deus.
Oração
Senhor Jesus, que as riquezas deste mundo jamais polarizem meu coração, impedindo-me de viver o amor que sabe partilhar.