Eu e meu país
Acredito mesmo que eu e muitos brasileiros ainda temos o velho, atual e eterno costume de ler.
A partir disso, sabemos o quanto tal ação, às vezes por opção e outras por exemplos vistos nos humaniza ainda mais. Bom, pelo menos esta é a proposta primordial da arte e dádiva da leitura.
Certo, sei que muitos me criticarão, pois já imaginam que me refiro aqui neste texto acerca do triste acontecimento em diversos âmbitos ocorrido na Bienal do Livro no Rio de Janeiro.
Mas, tudo bem, na minha liberdade de expressão em um país democrático, ou não, reverbarei o que penso respeitando o seu pensar diferente. Assim crescemos mais.
Dessa forma, sigo meu caminho de ousadia com o uso de algumas poucas palavras.
As uso hoje, tão somente para demonstrar minha profunda tristeza e indignação diante de representantes do povo que ainda não evoluíram para reconhecerem a real urgência de pregar e viver o respeito para com todos.
Afinal, não é de hoje que vamos falando e ouvindo muito acerca de ideologia de gênero, LGBT e enfim de uma sociedade que segue sua história.
Será mesmo que já não foi suficiente a quantidade de tempo histórico humano que perdemos? Deixamos que muitos sofressem somente porque não se enquadravam dentro o modelo e patamar de uma sociedade tradicional, patriarcal e machista?
Evoluir para a vivência do amor, respeito, cuidado
Ou mesmo, que muitas vidas e gritos não foram silenciados tão somente porque uma sociedade só deve evoluir na área econômica e em outras tantas, mas se esqueceu ou não quis realmente evoluir para a vivência do amor, respeito, cuidado e crescimento do outro, do diferente de mim?
Por tal motivo histórico de ontem e de hoje, creio que eu e meu país democrático não deve se calar mais diante de tais retrocessos contra o direito e liberdade do engrandecimento humano.
Não vivemos mais uma escravidão cultural
Diante disso, é preciso que utilizemos ainda mais este e outros exemplos para relembrar que a liberdade de expressão é constitucional.
Bem como também, acolher que não vivemos mais uma escravidão cultural que me impedirá de ler e ou mesmo viver o que realmente eu sou.
Portanto, vimos claramente que eu e meu país democrático demonstramos força pelos gestos de todos da Bienal e pela decisão consciente e extremamente justa do Supremo Tribunal Federal.
Que tal acontecimento triste, seja cada dia mais de agora em diante, a semente, a força e o ânimo de nosso viver. Que resgatemos ainda mais o prazer de viver na liberdade de ser quem somos e lendo o que queremos.
*Anderson Dias
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