Liturgia Diária

Perdão e cura com autoridade de fé

Pois, é vivendo o perdão que tornaremos nossa fé mais consistente.

Assim, contemplando os gestos de Jesus que eu aprenda a viver ainda mais a graça do perdão.

Oração do dia
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Dessa forma, busquemos mais viver o perdão

Leitura (Gênesis 22,1-19)

Depois disso, Deus provou Abraão, e disse-lhe:
“Abraão!” “Eis-me aqui”, respondeu ele.

Deus disse: “Toma teu filho, teu único filho a quem tanto amas, Isaac; e vai à terra de Moriá, onde tu o oferecerás em holocausto sobre um dos montes que eu te indicar.”

No dia seguinte, pela manhã, Abraão selou o seu jumento.
Tomou consigo dois servos e Isaac, seu filho, e, tendo cortado a lenha para o holocausto, partiu para o lugar que Deus lhe tinha indicado.

Ao terceiro dia, levantando os olhos, viu o lugar de longe.
“Ficai aqui com o jumento, disse ele aos seus servos; eu e o menino vamos até lá mais adiante para adorar, e depois voltaremos a vós.”

Abraão tomou a lenha do holocausto e a pôs aos ombros de seu filho Isaac, levando ele mesmo nas mãos o fogo e a faca.
E, enquanto os dois iam caminhando juntos, Isaac disse ao seu pai:
“Meu pai!” “Que há, meu filho?” Isaac continuou:
“Temos aqui o fogo e a lenha, mas onde está a ovelha para o holocausto?”

“Deus, respondeu-lhe Abraão, providenciará ele mesmo uma ovelha para o holocausto, meu filho.”

E ambos, juntos, continuaram o seu caminho.

Quando chegaram ao lugar indicado por Deus, Abraão edificou um altar; colocou nele a lenha, e amarrou Isaac, seu filho, e o pôs sobre o altar em cima da lenha.

Depois, estendendo a mão, tomou a faca para imolar o seu filho.
O anjo do Senhor, porém, gritou-lhe do céu:

“Abraão! Abraão!” “Eis-me aqui!” “Não estendas a tua mão contra o menino, e não lhe faças nada.
Agora eu sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu próprio filho, teu filho único.”

Abraão, levantando os olhos, viu atrás dele um cordeiro preso pelos chifres entre os espinhos; e, tomando-o, ofereceu-o em holocausto em lugar de seu filho.

Abraão chamou a este lugar “o Senhor providenciará”, de onde se diz até o dia de hoje: “Sobre o monte o Senhor providenciará.”


Pela segunda vez chamou o anjo do Senhor a Abraão, do céu, e disse-lhe:

“Juro por mim mesmo, diz o Senhor: pois que fizeste isto, e não me recusaste teu filho, teu filho único, eu te abençoarei. Multiplicarei a tua posteridade como as estrelas do céu, e como a areia na praia do mar.

Ela possuirá a porta dos teus inimigos, e todas as nações da terra desejarão ser benditas como ela, porque obedeceste à minha voz.”

Abraão voltou então para os seus servos, e foram juntos para Bersabéia, onde fixou sua residência.
Palavra do Senhor.

O Senhor é justiça e bondade, nosso Deus é amor-compaixão.

Salmo Responsorial 114/115
Andarei na presença de Deus,
junto a ele, na terra dos vivos.

Eu amo o Senhor, porque ouve
o grito da minha oração.
Inclinou para mim seu ouvido
no dia em que eu o invoquei.

Prendiam-me as cordas da morte,
apertavam-me os laços do abismo;
invadiam-me angústia e tristeza,
eu então invoquei o Senhor:
“Salvai, ó Senhor, minha vida!”

O Senhor é justiça e bondade,
nosso Deus é amor-compaixão.
É o Senhor quem defende os humildes:
eu estava oprimido, e salvou-me.

Libertou minha vida da morte,
enxugou de meus olhos o pranto
e livrou os meus pés do tropeço.
Andarei na presença de Deus,
junto a ele na terra dos vivos.

Dessa forma, em Cristo, Deus reconciliou consigo mesmo a humanidade; e a nós ele entregou essa reconciliação (2Cor 5,19).

Evangelho (Mateus 9,1-8)

Jesus tomou de novo a barca, passou o lago e veio para a sua cidade.
Eis que lhe apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico:

“Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.”
Ouvindo isto, alguns escribas murmuraram entre si: “Este homem blasfema.”

Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou-lhes: “Por que pensais mal em vossos corações?

Que é mais fácil dizer: ‘Teus pecados te são perdoados’, ou: ‘Levanta-te e anda?’

Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados: Levanta-te” – disse ele ao paralítico -, “toma a tua maca e volta para tua casa.”

Levantou-se aquele homem e foi para sua casa.
Vendo isto, a multidão encheu-se de medo e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens.
Palavra da Salvação.

Por isso, o gesto de Jesus, de conceder o perdão e a cura era inaceitável para eles.

Primordialmente, a liturgia nos motiva a vivermos cada vez mais o perdão para assim, curados seguirmos nossa missão.

Dessa maneira, vemos que a declaração de que os pecados do homem paralítico estavam perdoados causou espanto nos adversários de Jesus.

Pois, parecia-lhes ser uma ofensa a Deus o que ouviam.
Assim, se questionavam: Como alguém, no caso Jesus, tinha a ousadia de usurpar um poder divino?

Por isso, o gesto de Jesus, de conceder o perdão e a cura era inaceitável para eles. Não passava de uma autêntica blasfêmia.

Contudo, mesmo assim Jesus não se dobrou a esta interpretação maldosa e errada de sua ação.

E se declarou capaz de fazer algo ainda mais divino: curar a paralisia daquele homem.

Assim, demonstrando seu poder de curar, Jesus manifestou sua condição de Filho do homem, revestido com poderes conferidos pelo Pai, para agir em nome do Pai.

Jesus, que perdoou os pecados daquele homem, também o libertou de sua limitação física.

Portanto, ao agir, Jesus não se prevalece de um poder que não lhe pertence.

Ele não é um inimigo de Deus. Antes, é o instrumento escolhido por Deus para que a humanidade se beneficiasse da ação divina de perdoar os pecados e curar as pessoas de seus males.

O duplo gesto de Jesus dá-se na mais total fidelidade a Deus, sem que lhe seja feita concorrência ou que seus poderes sejam usurpados.

Contemplar os gestos poderosos de Jesus correspondia a ver Deus prodigalizando a humanidade com seus bens.

Porém, os inimigos de Jesus se recusavam a curvar-se diante da evidência.
Portanto, fica claro que para ver e viver tais gestos de Jesus fazia e faz-se necessário viver ainda mais a graça do perdão.

Oração
Senhor Jesus, que eu contemple nos teus gestos poderosos a prodigalidade do amor do Deus derramado sobre a humanidade

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