Liturgia Diária – 19 – SEGUNDA-FEIRA
20ª SEMANA DO TEMPO COMUM
O matrimônio é a única união que o tempo pode fortalecer.
Olhai, ó Deus, que sois a nossa proteção, vede a face do eleito, vosso ungido! Na verdade, um só dia em vosso templo vale mais do que milhares fora dele! (Sl 83,10s)
Deus é Bom e não se alegra com nosso sofrer, porém nos chama à conversão para nos libertar dos males advindos de nossas más decisões. Acolhendo o alerta de Jesus sobre o perigo das riquezas, renovemos nossa disposição de segui-lo com generosidade e alegria.
Primeira Leitura: Ezequiel 24,15-24
Leitura da profecia de Ezequiel – 15A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 16“Filho do homem, vou tirar de ti, por um mal súbito, o encanto de teus olhos. Mas não deverás lamentar-te nem chorar ou derramar lágrimas. 17Geme em silêncio, sem fazer o luto dos mortos. Põe o turbante na cabeça, calça as sandálias nos pés, sem encobrir a barba nem comer o pão dos enlutados”. 18Eu tinha falado ao povo pela manhã, e à tarde minha esposa morreu. Na manhã seguinte, fiz como me foi ordenado. 19Então, o povo perguntou-me: “Não nos vais explicar o que têm a ver conosco as coisas que tu fazes?” 20Eu respondi-lhes: “A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 21Fala à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Vou profanar o meu santuário, o objeto do vosso orgulho, o encanto de vossos olhos, o alento de vossas vidas. Os filhos e as filhas que lá deixastes tombarão pela espada. 22E fareis assim como eu fiz: não cobrireis a barba nem comereis o pão dos enlutados, 23levareis o turbante na cabeça, as sandálias nos pés, sem vos lamentar nem chorar. Definhareis por causa de vossas próprias culpas, gemendo uns para os outros. 24Ezequiel servirá para vós como sinal: fareis exatamente o que ele fez; quando isso acontecer, sabereis que eu sou o Senhor Deus”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: Deuteronômio 32
Esqueceram o Deus que os gerou.
1. Da rocha que te deu à luz te esqueceste, / do Deus que te gerou não te lembraste. / Vendo isso, o Senhor os desprezou, / aborrecido com seus filhos e suas filhas. – R.
2. E disse: “Esconderei deles meu rosto / e verei, então, o fim que eles terão, / pois tornaram-se um povo pervertido, / são filhos que não têm fidelidade. – R.
3. Com deuses falsos provocaram minha ira, / com ídolos vazios me irritaram; / vou provocá-los por aqueles que nem são um povo, / através de gente louca hei de irritá-los”. – R.
Evangelho: Mateus 19,16-22
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, / porque deles é o Reino dos Céus (Mt 5,3). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 16alguém aproximou-se de Jesus e disse: “Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?” 17Jesus respondeu: “Por que tu me perguntas sobre o que é bom? Um só é o Bom. Se tu queres entrar na vida, observa os mandamentos”. 18O homem perguntou: “Quais mandamentos?” Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19honra teu pai e tua mãe, e ama teu próximo como a ti mesmo”. 20O jovem disse a Jesus: “Tenho observado todas essas coisas. O que ainda me falta?” 21Jesus respondeu: “Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. 22Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Uma cena sem final feliz. Não deveria aquele homem estar satisfeito com a posse de muitos bens? Por vezes, a riqueza diminui nossa condição de enfrentar novos desafios e conquistar outros horizontes. Deixamos de crescer e nos contentamos com a vidinha monótona, asfixiante. Deixamos de voar e só enxergamos o pequeno círculo de amigos com os quais conversamos sobre os mesmos assuntos nos finais de semana. Nossos ouvidos permanecem surdos aos famintos que batem à nossa porta. Nossa dimensão espiritual permanece adormecida. O homem rico poderia beneficiar uma multidão de pessoas. A ele Jesus pedia, além do cumprimento dos Dez Mandamentos, que o seguisse. Seguimento que implicava despojamento dos bens materiais. A proposta de Jesus não o convenceu. A riqueza governava seu coração.