Liturgia Diária – 4 – TERÇA-FEIRA
9ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Jesus ressuscitado é a pedra fundamental do novo povo de Deus.
Olhai para mim, Senhor, e tende compaixão, porque sou pobre e estou sozinho. Considerai minha miséria e sofrimento e concedei vosso perdão aos meus pecados (Sl 24,16.18).
“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” No anseio de novos céus e nova terra, o cristão se compromete com o Reino de Deus, vivendo com honestidade, praticando a justiça, “numa vida em paz”. Olhar para os céus não significa fugir da realidade, e sim dar-lhe um sentido superior, vivendo o amor divino nas relações sociais. Celebrando o mistério pascal de Cristo, renovemos o compromisso de viver, de modo coerente, nossa fé batismal.
Primeira Leitura: 2 Pedro 3,12-15.17-18
Leitura da segunda carta de São Pedro – Caríssimos, 12esperais com anseio a vinda do dia de Deus, quando os céus em chama se vão derreter e os elementos, consumidos pelo fogo, se fundirão? 13O que nós esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus e uma nova terra, onde habitará a justiça.
14Caríssimos, vivendo nessa esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura e sem mancha e em paz. 15Considerai também como salvação a longanimidade de nosso Senhor.
17Vós, portanto, bem-amados, sabendo disso com antecedência, precavei-vos, para não suceder que, levados pelo engano destes ímpios, percais a própria firmeza. 18Antes procurai crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, desde agora, até o dia da eternidade. Amém. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 89(90)
Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós!
1. Já bem antes que as montanhas fossem feitas † ou a terra e o mundo se formassem, / desde sempre e para sempre vós sois Deus. – R.
2. Vós fazeis voltar ao pó todo mortal / quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” / Pois mil anos para vós são como ontem, / qual vigília de uma noite que passou. – R.
3. Pode durar setenta anos nossa vida, / os mais fortes talvez cheguem a oitenta; / a maior parte é ilusão e sofrimento: / passam depressa e também nós assim passamos. – R.
4. Saciai-nos de manhã com vosso amor, / e exultaremos de alegria todo o dia! / Manifestai a vossa obra a vossos servos / e a seus filhos revelai a vossa glória! – R.
Evangelho: Marcos 12,13-17
Aleluia, aleluia, aleluia.
Que o Pai do Senhor Jesus Cristo / vos dê do saber o Espírito, / para que conheçais a esperança / reservada para vós como herança! (Ef 1,17s) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 13as autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes para apanharem Jesus em alguma palavra.
14Quando chegaram, disseram a Jesus: “Mestre, sabemos que tu és verdadeiro e não dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem, mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus.
Dize-nos: é lícito ou não pagar o imposto a César?
Devemos pagar ou não?” 15Jesus percebeu a hipocrisia deles e respondeu: “Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja”. 16Eles levaram a moeda, e Jesus perguntou: “De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda?” Eles responderam: “De César”. 17Então Jesus disse: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. E eles ficaram admirados com Jesus. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Os fariseus eram contra os ocupantes romanos. Os herodianos, ao invés, eram aliados do governo de Roma. Adversários entre eles, ajuntavam-se para atacar uma presa comum, o Mestre Jesus. Queriam que ele se pronunciasse sobre a obrigação de pagar o imposto ao imperador.
Prontamente, Jesus põe tudo no devido lugar. Se há imposto estabelecido, é porque os chefes judeus aceitaram o domínio do imperador, estão usando o dinheiro de César.
Então “devolvam a César o que é de César”. Só renunciando a esse dinheiro deixarão de reconhecer César como senhor.
Entretanto, há uma nação inteira que precisa ser respeitada e não pode sofrer e agonizar por causa dos pesados impostos (devolvam a Deus o que é de Deus). O povo é de Deus. Deus é o Senhor absoluto.