Dia de Santificação Sacerdotal: “Redescobrir a beleza do ministério”
Celebrou-se, nesta sexta-feira, dia 16 de junho, o 28º Dia Mundial de Santificação Sacerdotal, que coincidiu com a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e com o Terceiro Ano Vocacional da Igreja no Brasil, que tem como tema: “Vocação: graça e missão” e lema: “Corações ardentes, pés a caminho”.
Por ocasião deste Dia de Oração pela Santificação Sacerdotal, instituído por São João Paulo II, em 1995, o prefeito do Dicastério para o Clero, cardeal Lazzaro You Heung Sik, e o arcebispo secretário, dom Andrés Gabriel Ferrada Moreira, publicaram uma mensagem convidando “a implorar ao Senhor o dom de muitas vocações ao sacerdócio ministerial e à vida consagrada; a voltar a contemplar o Coração do Mestre, que pousa a sua Cabeça em nosso peito, todas as vezes que precisamos; a beber, continuamente, no rio de suas graças e misericórdia, que brota de seu peito transpassado, a fim de redescobrir a beleza do ministério ordenado e reavivar o dom recebido”.
O Dicastério para o Clero recorda ainda em sua Mensagem a finalidade deste Dia de Oração: “a oração oferecida pela santificação dos sacerdotes deve obter também o dom da santidade de todo o Povo de Deus, confiado ao seu ministério”.
Caminhar com os irmãos rumo à santidade
Em sua mensagem, os responsáveis do Dicastério, antiga Congregação para o Clero, recordam: “Todos os batizados, em seu sacerdócio comum, são sustentados pelo sacerdócio ministerial com a sua resposta livre e alegre à vocação universal à santidade. A santificação dos sacerdotes está ligada ao acompanhamento do Povo de Deus, a eles confiado, com o qual compartilham suas alegrias e esperanças, ansiedades e dores. Desta forma, no Coração de Jesus, o sacerdote aprende a amar os irmãos e a caminhar com eles rumo à meta comum de santidade; no Coração transpassado de Cristo, o sacerdote sabe que é amado pelo Pai e santificado pelo Espírito, e nele aprende a se oferecer pela salvação do mundo”.
Como os ministros ordenados falam de Deus?
Neste Dia de Oração anual, – lê-se na mensagem, – toda Igreja particular deve implorar do Senhor “o dom de santos pastores, segundo o seu Coração”. Neste tempo sinodal, “a Igreja é convidada, antes de tudo, a partilhar a Palavra de Deus, dando testemunho autêntico e alegre da sua fé”. No entanto, o Cardeal Prefeito e o Arcebispo Secretário do Dicastério perguntam: “Como nós, ministros ordenados, falamos de Deus? Quem nos ouve, qual Deus vê e encontra nos bispos, sacerdotes, diáconos e os próprios fiéis leigos, que falam e dão testemunho do Senhor? Com efeito, Deus está presente em uma comunidade de fiéis, mediante os Sacramentos, e se torna visível nas relações autênticas de todos os seus membros, ministros ordenados e fiéis leigos”.
As quatro “proximidades” do sacerdote
O Dicastério para o Clero conclui sua mensagem recordando as quatro “proximidades”, que o Papa Francisco indica como necessárias para dar solidez à existência do sacerdote de hoje.
Em seu discurso de 17 de fevereiro de 2022, aos participantes do Simpósio internacional “Para uma teologia fundamental do Sacerdócio“, o Santo Padre falou, antes de tudo, da “proximidade com Deus”, da intimidade com o Senhor, porque somente a partir disso o sacerdote “poderá obter todas as forças necessárias para o seu ministério”. Depois, falou da “proximidade com o Bispo”, porque, para um sacerdote, “obedecer significa aprender a ouvir e saber que ninguém pode pretender ser o detentor da vontade de Deus”, que deve ser entendida “através da arte do discernimento”. A terceira proximidade, à qual o Papa se referiu, é a “proximidade entre presbíteros”: a fraternidade, que evita a solidão e a indiferença, mas tende à paciência e à capacidade de se sentir responsável uns pelos outros. Por fim, Francisco falou da “proximidade com o povo”, que deve ser vivida, não como um dever, mas como uma graça”.
Fonte: Vatican News