Liturgia Diária 2 – SEXTA-FEIRA
8ª SEMANA DO TEMPO COMUM
“Coragem, levanta-te, Jesus te chama!”
O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me salvou porque me ama (Sl 17,19s).
Os antepassados não serão esquecidos, por causa de “seus gestos de bondade”. Também na história de nossa vida permanecerão os frutos do amor que dedicamos a Deus e aos irmãos e irmãs. Aprendamos a buscar na oração a força para sempre fazer o bem.
Primeira Leitura: Eclesiástico 44,1.9-13
Leitura do livro do Eclesiástico – 1Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações. 9Outros não deixaram lembrança alguma, desaparecendo como se não tivessem existido. Viveram como se não tivessem vivido, e seus filhos também, depois deles. 10Mas estes, ao contrário, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. 11Eles permanecem com seus descendentes; seus próprios netos são a sua melhor herança. 12A descendência deles mantém-se fiel às alianças, 13e, graças a eles, também os seus filhos. Sua descendência permanece para sempre, e sua glória jamais se apagará. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 149
O Senhor ama seu povo de verdade.
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo / e o seu louvor na assembleia dos fiéis! / Alegre-se Israel em quem o fez, / e Sião se rejubile no seu rei! – R.
2. Com danças glorifiquem o seu nome, / toquem harpa e tambor em sua honra! / Porque, de fato, o Senhor ama seu povo / e coroa com vitória os seus humildes. – R.
3. Exultem os fiéis por sua glória / e, cantando, se levantem de seus leitos, / com louvores do Senhor em sua boca. / Eis a glória para todos os seus santos. – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos escolhi a fim de que deis, / no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15,16). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Tendo sido aclamado pela multidão, 11Jesus entrou no templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. 12No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome. 13De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. 14Então Jesus disse à figueira: “Que ninguém mais coma de teus frutos”. E os discípulos escutaram o que ele disse. 15Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. 16Ele não deixava ninguém carregar nada através do templo. 17E ensinava o povo, dizendo: “Não está escrito: ‘Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões”. 18Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar. Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada com o ensinamento dele. 19Ao entardecer, Jesus e os discípulos saíram da cidade. 20Na manhã seguinte, quando passavam, Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até a raiz. 21Pedro lembrou-se e disse a Jesus: “Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou”. 22Jesus lhes disse: “Tende fé em Deus. 23Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: ‘Levanta-te e atira-te no mar’, e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. 24Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. 25Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os vossos pecados”.[26] – Palavra da salvação.
Reflexão:
A figueira tem aparência enganosa: coberta de folhas, porém estéril. Ela é figura do templo/povo de Israel: não produziu o fruto esperado (acolher Jesus como o Messias). O templo (centro do poder religioso, econômico, político e ideológico) converteu-se em instrumento de exploração do povo. O comércio acabou profanando “a casa de oração para todos os povos”. Por causa de seus dirigentes, Israel traiu sua missão universal: em vez de atrair os povos ao verdadeiro Deus, tornou-se sociedade exploradora. É bem compreensível a reação de Jesus. As lideranças religiosas, ao inteirar-se do incidente, mais que depressa “procuravam a maneira de acabar com Jesus”. Surgirá nova figueira (a comunidade de Jesus), que terá como eixo não o templo, mas a fé em Jesus Cristo, alimentada pela oração e pelo perdão.