Manhã de Luz – 17/10/22
Liturgia Diária 17 de outubro – SEGUNDA-FEIRA
SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA
BISPO E MÁRTIR
A fé pode enfraquecer quando deixamos de orar
Estou pregado na cruz com Jesus Cristo: já não sou eu que vivo, mas é o Cristo que vive em mim. Vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim (Gl 2,19s).
Inácio nasceu na Síria no ano 50 e foi martirizado em Roma em 107. Era chamado “Teóforo”, aquele que conduz a Deus. Segundo sucessor de Pedro como bispo de Antioquia, defendeu a unidade da Igreja, combatendo as heresias praticadas contra a doutrina da fé. Escreveu às Igrejas de seu tempo cartas que revelam profunda espiritualidade, baseada na Eucaristia e na união íntima com Cristo. A seu exemplo, busquemos assemelhar-nos a Cristo pelo serviço generoso à comunidade e ao mundo.
Leitura da carta de São Paulo aos Efésios – Irmãos, 1vós estáveis mortos por causa de vossas faltas e pecados, 2nos quais vivíeis outrora, quando seguíeis o deus deste mundo, o príncipe que reina entre o céu e a terra, o espírito que age agora entre os rebeldes. 3Nós éramos desse número, todos nós. Outrora nos abandonávamos às paixões da carne; satisfazíamos os seus desejos, seguíamos os seus caprichos e éramos, por natureza, como os demais, filhos da ira. 4Mas Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, 5quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos! 6Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus em virtude de nossa união com Jesus Cristo. 7Assim, pela bondade que nos demonstrou em Jesus Cristo, Deus quis mostrar, através dos séculos futuros, a incomparável riqueza da sua graça. 8Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus! 9Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. 10Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos. – Palavra do Senhor.
O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.
1. Aclamai o Senhor, ó terra inteira, † servi ao Senhor com alegria, / ide a ele, cantando jubilosos! – R.
2. Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, † ele mesmo nos fez, e somos seus, / nós somos seu povo e seu rebanho. – R.
3. Entrai por suas portas dando graças † e em seus átrios com hinos de louvor, / dai-lhe graças, seu nome bendizei! – R.
4. Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, † sua bondade perdura para sempre, / seu amor é fiel eternamente! – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, / porque deles é o Reino dos céus (Mt 5,3). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”. 14Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” 15E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. 16E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ 20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
No tempo de Jesus, havia o costume de os mestres (rabinos) intervirem em questões familiares para resolução de algum conflito. O anônimo da multidão põe em cena um tema complexo, a herança. Geralmente esse problema divide famílias e causa muita dor. Jesus aproveita o ensejo para uma catequese sobre o verdadeiro sentido da vida. Denuncia o perigo da ganância e o risco da concentração de bens. Os bens em si não são problema. Deixar-se dominar por eles, sim, é problema. Quem põe o sentido da vida nas coisas leva uma vida medíocre. O sentido da vida consiste no cultivo de valores que transcende as coisas e os fatos deste mundo.