Manhã de Luz – 29/08/22
Liturgia do dia 29 – SEGUNDA-FEIRA
MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA
Diante dos reis falo da vossa aliança, sem temer a vergonha. Encontro alegria em vossos preceitos, porque muito os amo (Sl 118,46s).
João, mais conhecido como João Batista, foi o precursor de Jesus. A narração do seu martírio encontra-se nos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). Já a celebração desta memória tem origens diversas: século 5º, na França; século 6º, em Roma. Possamos, também nós, dar testemunho de incontestável fidelidade a Jesus Cristo.
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Leitura do livro do profeta Jeremias – Naqueles dias, a palavra do Senhor foi-me dirigida: 17“Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão eu te farei tremer na presença deles. 18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze, contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor. – Palavra do Senhor.
Minha boca anunciará vossa justiça.
1. Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: / que eu não seja envergonhado para sempre! / Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! / Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
2. Sede uma rocha protetora para mim, / um abrigo bem seguro que me salve! / Porque sois a minha força e meu amparo, † o meu refúgio, proteção e segurança! / Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
3. Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, / em vós confio desde a minha juventude! / Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, / desde o seio maternal, o meu amparo.
4. Minha boca anunciará todos os dias / vossa justiça e vossas graças incontáveis. / Vós me ensinastes desde a minha juventude, / e até hoje canto as vossas maravilhas.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os que são perseguidos / por causa da justiça do Senhor, / porque o Reino dos céus há de ser deles! (Mt 5,10)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 17Herodes tinha mandado prender João e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. 21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23E lhe jurou, dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. 24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram. – Palavra da salvação.
A fé não deve ser escondida, porque é ela que ilumina nossa ação
Reflexão:
João Batista, “o maior entre os nascidos de mulher”, segundo o elogio de Jesus, morre degolado por ordem de Herodes. O episódio se dá na fortaleza de Maqueronte, a leste do mar Morto. A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas (século V, na França; século VI, em Roma). Está vinculada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, sobre o suposto túmulo do Precursor de Cristo. Seu martírio se dá durante um banquete que Herodes oferecera “a seus magnatas, aos oficiais e às grandes personalidades da Galileia”. Nessa ocasião, o rei faz os caprichos da filha de Herodíades, que pede a cabeça de João. Tão sem juízo a filha quanto maligna e impiedosa a mãe. O profeta se vai, mas o seu testemunho de fidelidade a Deus permanece para sempre.