Liturgia do Dia 15 de Junho – Quarta-feira
XI SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde Ofício do Dia)
Em Cristo, todos somos iguais
2 1 Eis o que se passou no dia em que o Senhor arrebatou Elias ao céu num turbilhão: Elias e Eliseu partiram de Guilgal,
6 Tendo chegado a Jericó, Elias disse-lhe: “Fica aqui, porque o Senhor manda-me ao Jordão”. Por Deus e pela tua vida, respondeu Eliseu, não te deixarei. E partiram juntos.
7 Seguiram-nos cinquenta filhos de profetas os quais pararam ao longe, diante deles, enquanto Elias e Eliseu se detinham à beira do Jordão.
8 Elias tomou o seu manto, dobrou-o e feriu com ele as águas, que se separaram para as duas bandas, de modo que atravessaram ambos a pé enxuto.
9 Tendo passado, Elias disse a Eliseu: “Pede-me algo antes que eu seja arrebatado de ti: que posso eu fazer por ti?” Eliseu respondeu: “Seja-me concedida uma porção dobrada do teu espírito”.
10 “Pedes uma coisa difícil”, replicou Elias. “Entretanto, se me vires quando eu for arrebatado de ti, isso te será dado: mas se não me vires, não te será dado”.
11 Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que de repente um carro de fogo com cavalos de fogo os separou um do outro, e Elias subiu ao céu num turbilhão.
12 Vendo isso, Eliseu exclamou: “Meu pai, meu pai! Carro e cavalaria de Israel!” E não o viu mais. Tomando então as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
13 Apanhou o manto que Elias deixara cair, e voltando até o Jordão, parou à beira do rio.
14 Tomou o manto que Elias deixara cair, feriu com ele as águas, dizendo: “Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Onde está ele?” Tendo ferido as águas, estas separaram-se para um e outro lado, e Eliseu passou.
Palavra do Senhor.
Torres: busca por Bruno e Dom seguirá até ‘esgotar todas as possibilidades’
Fortalecei os corações,
vós que ao Senhor vos confiais!
Como é grande, ó Senhor, vossa bondade,
que reservastes para aqueles que vos temem!
Para aqueles que em vós se refugiam,
mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.
Na proteção de vossa face os defendeis,
bem longe das intrigas dos mortais.
No interior de vossa tenda os escondeis,
protegendo-os contra as línguas maldizentes.
Amai o Senhor Deus, seus santos todos,
ele guarda com carinho seus fiéis,
mas pune os orgulhosos com rigor.
Quem me ama realmente guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós viremos (Jo 14,23).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6 1 “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu.
2 Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
3 Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
4 Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.
5 Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
6 Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.
16 Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
17 Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto.
18 Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á”.
Palavra da Salvação.
A PIEDADE DISCRETA
A piedade judaica valorizava, de maneira especial, três práticas: a esmola, a oração e o jejum. Cada uma apontava para um tipo diferente de relação. A esmola indicava a relação de misericórdia com o próximo, cujas necessidades se tentava remediar. A oração expressava a relação amorosa com Deus, com quem se procurava estar em contínuo diálogo. O jejum se colocava no nível da relação do indivíduo consigo mesmo e consistia na busca do domínio dos instintos e das paixões, de modo a preparar para uma relação cada vez mais correta com Deus e com o próximo.
O discípulo de Jesus não estava dispensado destas práticas tradicionais de piedade. Elas se mantinham válidas quando sua finalidade era garantida. Entretanto, havia no tempo de Jesus quem desvirtuasse seu sentido e se servisse delas para alimentar seu espírito de vanglória. Jesus tentou precaver seus discípulos desta deturpação da piedade, ensinado-lhes a discrição. Mostrar-se piedoso só para ser visto e louvado pelas pessoas, era inútil e revelava uma motivação hipócrita. A inutilidade resultava da obtenção de louvores por parte dos admiradores, dispensando assim a recompensa divina. A piedade, neste caso, não atingia seu objetivo. Pelo contrário, quando praticada no escondimento e de maneira discreta, a piedade era observada apenas pelo Pai, de quem proviria a verdadeira recompensa.
Oração
Senhor Jesus, livra-me de praticar a piedade buscando fazer-me admirado pelas pessoas e ensina-me a praticá-la de maneira discreta, para obter a recompensa do Pai.