Papa lança movimento estudantil em defesa do meio ambiente
O evento lançado nesta quinta-feira (19) contou com a participação de jovens e artistas
O papa Francisco lançou no Vaticano, nesta quinta-feira (19), um movimento internacional de estudantes comprometidos com a defesa do meio ambiente e do diálogo perante um grupo de jovens e artistas, incluindo o vocalista do U2, Bono.
Defender a natureza e defender a poesia da criação é lutar pela harmonia, disse o papa, que compareceu ao evento em cadeira de rodas devido a dores no joelho que o impedem de andar ou ficar de pé por longos períodos.
O lançamento aconteceu na Aula Magna da Pontifícia Universidade Urbaniana, na presença de figuras do esporte e da tecnologia e clima de festa, com música, performances e canções de vários países.
O movimento se baseia na experiência adquirida pela pontifícia fundação Scholas Ocurrentes, uma rede mundial de jovens unidos pela educação e pelo esporte.
A rede, criada pelo papa argentino em agosto de 2013, poucos meses depois de sua eleição como pontífice, está presente em 190 países e conta com quase meio milhão de escolas, públicas e privadas, de todas as religiões.
A ideia de promover a paz e a inclusão social através da educação e do esporte é um tema que o papa trabalha desde antes de sua eleição ao trono de Pedro em 2013, quando era arcebispo de Buenos Aires.
Francisco também lançou a Escola Laudato Si’, em homenagem à encíclica papal sobre o cuidado da “Casa Comum”, que é frequentada por 50 alunos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, Haiti e Itália no Vaticano. , México, Panamá, Paraguai e Portugal.
Durante o ano, os jovens desenvolverão projetos de impacto socioambiental em suas comunidades e irão convidar personalidade do mundo da cultura e da tecnologia como o líder do U2, Bono Vox, para dar aulas.
“Aqui falamos da cultura do encontro, da inclusão”, disse o cantor, que será um dos professores da escola.
Em março passado, um decreto papal conferiu à Scholas Ocurrentes o status de “movimento pontifício”, tornando-o o primeiro movimento na história da Igreja criado diretamente a pedido de um pontífice.
AFP