Liturgia Diária

A parábola do pai cheio de amor

Manhã de Luz – 27/03/22

Liturgia do Dia 27 de Março – Domingo

IV DOMINGO DA QUARESMA

Antífona de Entrada

Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações (Is 66,10s)

Oração do diaÓ Deus, que por vosso Filho realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam cheio de fervor exultando de fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Js 5, 9a.10-12)Leitura do livro de Josué – Naqueles dias, 9o Senhor disse a Josué: “Hoje tirei de cima de vós o opróbrio do Egito”.

10Os israelitas ficaram acampados em Guilgal e celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, na planície de Jericó.

11No dia seguinte à Páscoa, comeram dos produtos da terra, pães sem fermento e grãos tostados nesse mesmo dia.

12O maná cessou de cair no dia seguinte, quando comeram dos produtos da terra. Os israelitas não mais tiveram o maná. Naquele ano comeram dos frutos da terra de Canaã.

Palavra do Senhor.

Reze conosco:

https://www.youtube.com/watch?v=smMVIgi3Rps

Salmo Responsorial 33/34

Provai e vede quão suave é o Senhor!

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,

Seu louvor estará sempre em minha boca.

Minha alma se gloria no Senhor;

Que ouçam os humildes e se alegrem!

Comigo engrandecei ao Senhor Deus,

Exaltemos todos juntos o seu nome!

Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu

Ee de todos os temores me livrou.

Contemplai a sua face e alegrai-vos,

E vosso rosto não se cubra de vergonha!

Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,

E o Senhor o libertou de toda angústia.

 

Leitura (2 Cor 5, 17-21)

Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 17se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo.

18E tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação.

19Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação.

20Somos, pois, embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus.

21Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus.

Palavra do Senhor.

Evangelho (Lc 15, 1-3. 11-32)

Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.

Vou levantar-me e vou a meu pai e lhe direi:

Meu pai, eu pequei contra o céu e contra ti (Lc 15,18).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então, Jesus contou-lhes esta parábola: 11“Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam. 17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’. 20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. 22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa. 25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’. 28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’. 31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’”.

Palavra da salvação.

Comentário ao Evangelho

A MESQUINHEZ CENSURADA

É flagrante o contraste entre a misericórdia do pai que recebe o filho arrependido de volta à casa paterna, e a mesquinhez do filho mais velho. A alegria contagiante de um choca-se com a irritação do outro. A capacidade de perdoar de um não corresponde à dureza de coração do outro. A largueza de visão de um não bate com o egoísmo do outro.

A parábola do pai cheio de amor – Deus – é uma aberta denúncia a determinado tipo de cristãos que, fechados na segurança de sua vida devota, acabam por cultivar atitudes contrárias ao modo de ser divino. Entre elas, a incapacidade de se alegrar com a conversão dos pecadores, quiçá preferindo que continuem em seu meu caminho, a fim de não se misturarem com os que se consideram justos diante de Deus. Tais pessoas parecem cultivar um desejo mórbido de ver os pecadores devidamente castigados por suas faltas. Tudo pelo falso orgulho de se julgarem perfeitos e impecáveis diante de Deus.

Pensando bem, embora tendo permanecido na casa paterna, também o filho mais velho deveria passar por um processo de conversão. Sua recusa em alegrar-se com a volta do irmão manifestou o quanto estava distante do pai. A proximidade física não correspondia à proximidade espiritual. Estava mais distante do pai do que o filho mais novo, em sua fase de vida desregrada. Por isto, devia, ele também, empreender o caminho de volta para a casa paterna.

Oração

Espírito de conversão, dá-me a graça de superar meu modo mesquinho de pensar, o qual me impede de estar em sintonia com o Pai.

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