Liturgia do Dia 26 de Março – Sábado
III SEMANA DA QUARESMA (Roxo Ofício do Dia)
6 1 “Vinde, voltemos ao Senhor, ele feriu-nos, ele nos curará; ele causou a ferida, ele a pensará.
2 Dar-nos-á de novo a vida em dois dias; ao terceiro dia levantar-nos-á, e viveremos em sua presença.
3 Apliquemo-nos a conhecer o Senhor; sua vinda é certa como a da aurora; ele virá a nós como a chuva, como a chuva da primavera que irriga a terra”.
4 Que te farei, Efraim? Que te farei, Judá? Vosso amor é como a nuvem da manhã, como o orvalho que logo se dissipa.
5 Por isso é que os castiguei pelos profetas, e os matei pelas palavras de minha boca, e meu juízo resplandece como o relâmpago,
6 porque eu quero o amor mais que os sacrifícios, e o conhecimento de Deus mais que os holocaustos.
Palavra do Senhor.
Reze conosco em nosso canal a Quaresma em oração:
https://www.youtube.com/watch?v=QUxnt3GgrQc
Salmo Responsorial 50/51
Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
Lavai-me todo inteiro do pecado
e apagai completamente a minha culpa!
Pois não são de vosso agrado os sacrifícios,
e, se oferto um holocausto, o rejeitais.
Meu sacrifício é minha lama penitente,
não desprezeis um coração arrependido!
Sede benigno com Sião, por vossa graça,
reconstruí Jerusalém e os seus muros!
E aceitareis o verdadeiro sacrifício,
os holocaustos e oblações em vosso altar!
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 18 9 Jesus lhes disse ainda esta parábola a respeito de alguns que se vangloriavam como se fossem justos, e desprezavam os outros:
10 “Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o outro, publicano.
11 O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: ‘Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali.
12 Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros’.
13 O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ‘Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’
14 Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.
Palavra da Salvação.
A ORAÇÃO AGRADÁVEL A DEUS
O modo de como alguém se relaciona com Deus depende da imagem que tem de si mesmo. Assim como existem formas corretas e incorretas de autocompreender-se, também existem formas corretas e incorretas de estabelecer relações com Deus. Em outras palavras, existem modos de rezar que agradam a Deus e modos que lhe desagradam.
O fariseu da parábola é símbolo de quem se supervaloriza, desconhecendo seus próprios limites. Além disso, seu complexo de superioridade leva-o a olhar os outros com desprezo, certo de que não atingiram a perfeição como ele. Deste coração brotou uma oração arrogante que consistia numa autoexaltação, como que desejando que Deus lhe viesse dar os parabéns.
Já o publicano, vítima da marginalização religiosa, tem consciência de ser pecador. Por isso, não ousa sequer levantar os olhos para o céu. Que oração podia brotar de seus lábios senão um forte pedido de perdão? Sua condição leva-o a entregar-se confiante à misericórdia do Pai. Nada mais lhe resta esperar.
A oração orgulhosa do fariseu não chegou aos ouvidos de Deus e, sim, a humilde do publicano. Que tem a ousadia de exaltar-se diante de Deus, será humilhado. Pelo contrário, quem se reconhece pequeno e necessitado de Deus será objeto de sua compaixão.
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a rezar, consciente da minha condição de pecador que tem necessidade da misericórdia do Pai.