Liturgia Diária – 6 – SÁBADO
13ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Construir uma Igreja e uma sociedade de portas abertas
Povos todos do universo, batei palmas, gritai a Deus aclamações de alegria (Sl 46,2).
Não se pode colocar o vinho novo do Evangelho na vasilha dos legalismos e das práticas de fé exteriores que param em si mesmas. Aos corações abertos ao Espírito Santo, a mensagem de Jesus traz a esperança de novas realidades, iluminadas por seu agir transformador e santificadas por sua graça. Com fé, celebremos a Páscoa de Cristo, que preenche nossa vida de paz e a renova no amor.
Primeira Leitura: Amós 9,11-15
Leitura da profecia de Amós – Assim diz o Senhor: 11“Naquele dia, reerguerei a tenda de Davi, em ruínas, e consertarei seus estragos, levantando-a dos escombros e reconstruindo tudo, como nos dias de outrora; 12desse modo possuirão todo o resto de Edom e das outras nações, que são chamadas com o meu nome, diz o Senhor, que tudo isso realiza.
13Eis que dias virão, diz o Senhor, em que se seguirão de perto quem ara e quem ceifa, o que pisa as uvas e o que lança a semente; os montes destilarão vinho e as colinas parecerão liquefazer-se.
14Mudarei a sorte de Israel, meu povo cativo; eles reconstruirão as cidades devastadas e as habitarão, plantarão vinhas e tomarão o vinho, cultivarão pomares e comerão seus frutos.
15Eu os plantarei sobre o seu solo e eles nunca mais serão arrancados de sua terra, que eu lhes dei”, diz o Senhor teu Deus. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 84(85)
O Senhor anunciará a paz para o seu povo.
1. Quero ouvir o que o Senhor irá falar: / é a paz que ele vai anunciar; / a paz para o seu povo e seus amigos, / para os que voltam ao Senhor seu coração. – R.
2. A verdade e o amor se encontrarão, / a justiça e a paz se abraçarão; / da terra brotará a fidelidade, / e a justiça olhará dos altos céus. – R.
3. O Senhor nos dará tudo o que é bom, / e a nossa terra nos dará suas colheitas; / a justiça andará na sua frente / e a salvação há de seguir os passos seus. – R.
Evangelho: Mateus 9,14-17
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, / eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 14os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?”
15Disse-lhes Jesus: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão.
16Ninguém coloca remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica maior ainda. 17Também não se coloca vinho novo em odres velhos, senão os odres se arrebentam, o vinho se derrama e os odres se perdem. Mas vinho novo se coloca em odres novos, e assim os dois se conservam”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
A expressão dos discípulos de João mais parece lamento do que alegria: “Nós e os fariseus jejuamos tanto…”. Jesus compara o jejum com o luto (v. 15).
Então, acaso o jejum não é prática recomendável? Tudo dependerá do motivo por que se faz jejum. Jejuar, na tradição judaica, estava muito ligado à necessidade de obter favores de Deus. Cumprir os Mandamentos para ganhar o céu.
Ora, Deus não depende da quantidade de coisas boas que fazemos para nos acudir com suas graças. Graça vem de graça, não por nossos méritos.
É o que Jesus nos ensina. Além disso, o apóstolo Paulo insiste: “É pela graça que vocês foram salvos […] E isso não provém de vocês, mas é dom de Deus” (Ef 2,8).
Portanto, quanto ao jejum que agrada a Deus, confira o luminoso capítulo 28 do profeta Isaías.