Liturgia Diária – 1º – SEGUNDA-FEIRA
13ª SEMANA DO TEMPO COMUM
São Pedro e São Paulo: pilares de fé e serviço na Igreja
Povos todos do universo, batei palmas, gritai a Deus aclamações de alegria (Sl 46,2).
Ao povo mergulhado na desordem social, o Senhor recomenda imediata conversão, e aos que desejam seguir seu Filho, é proposto o desprendimento total. Tal exigência tem um sentido profético: diante de um mundo que morre, nasce o mundo novo. Quem quer tomar parte da novidade de Jesus não pode voltar para trás. Busquemos o Senhor cada dia e sejamos cumpridores de sua divina vontade.
Primeira Leitura: Amós 2,6-10.13-16
Leitura da profecia de Amós – 6Isto diz o Senhor: “Pelos três crimes de Israel, pelos seus quatro crimes, não retirarei a palavra: porque eles vendem o justo por dinheiro e o indigente, pelo preço de um par de chinelos;
7pisam, na poeira do chão, a cabeça dos pobres e impedem o progresso dos humildes; filho e pai vão à mesma mulher, profanando meu santo nome; 8deitando-se junto a qualquer altar, usando roupas que foram entregues em penhor, bebem vinho à custa de pessoas multadas, na casa de Deus.
9Entretanto, eu tinha aniquilado, diante deles, os amorreus, homens espadaúdos como cedros e robustos como carvalhos, destruindo-lhes os frutos na ramada e arrancando-lhes as raízes.
10Fui eu que vos fiz sair da terra do Egito e vos guiei pelo deserto, durante quarenta anos, para ocupardes a terra dos amorreus.
13Pois bem, eu vos calcarei aos pés como calca o chão a carroça carregada de feixes; 14o mais ágil não conseguirá fugir, o mais forte não achará força, o valente não salvará a vida;
15o arqueiro não resistirá de pé, o corredor veloz não terá pernas para escapar, nem se salvará o cavaleiro; 16o mais corajoso dentre os corajosos fugirá nu naquele dia”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 49(50)
Entendei isto, todos vós que esqueceis o Senhor Deus!
1. “Como ousas repetir os meus preceitos / e trazer minha aliança em tua boca? / Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos / e deste as costas às palavras dos meus lábios! – R.
2. Quando vias um ladrão, tu o seguias / e te juntavas ao convívio dos adúlteros. / Tua boca se abriu para a maldade / e tua língua maquinava a falsidade. – R.
3. Assentado, difamavas teu irmão, / e ao filho de tua mãe injuriavas. / Diante disso que fizeste, eu calarei? / Acaso pensas que eu sou igual a ti? / É disso que te acuso e repreendo / e manifesto essas coisas aos teus olhos. – R.
4. Entendei isto, todos vós que esqueceis Deus, † para que eu não arrebate a vossa vida, / sem que haja mais ninguém para salvar-vos! / Quem me oferece um sacrifício de louvor, / este, sim, é que me honra de verdade. / A todo homem que procede retamente / eu mostrarei a salvação que vem de Deus”. – R.
Evangelho: Mateus 8,18-22
Aleluia, aleluia, aleluia.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: / Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse:
“Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”. 20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Os doutores da Lei faziam parte da elite religiosa e política. Ora, Jesus é um pregador itinerante e vive na pobreza absoluta: “o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. Estaria o doutor da Lei disposto a uma mudança tão radical?
Sendo assim, Jesus o leva a refletir melhor sobre sua escolha. Outro homem, no início do seu seguimento a Jesus, pede-lhe um tempo para voltar para casa e enterrar seu pai.
Embora sepultar os mortos fosse dever sagrado, Jesus supõe que a família se encarregará dessa obra de misericórdia.
Do discípulo, porém, Jesus exige decisão sem hesitações, pois quem se dispõe a seguir o Cristo tem de estar disposto a uma vida nova, a entregar-se por completo
ao serviço do Reino de Deus.
Portanto, o verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que se deixa conduzir pelo Espírito Santo.