Viver Evangelizando

Jesus acalma a tempestade de nossa vida

20140735

Liturgia Diária – 23 – DOMINGO

12º DO TEMPO COMUM

Busquem primeiro o Reino de Deus e sua justiça.

O Senhor é a força do seu povo, é a fortaleza de salvação do seu Ungido. Salvai vosso povo, Senhor, abençoai vossa herança e governai-a pelos séculos (Sl 27,8s).

Em meio aos sofrimentos e às contrariedades da vida, que chegam como ondas perigosas, necessitamos da graça do Senhor, a fim de não sermos tragados e submersos pelo medo e pela falta de fé. Invoquemos a Jesus, nosso Mestre, nesta liturgia, para que venha em nosso socorro com a força do seu amor.

Primeira Leitura: Jó 38,1.8-11

Diante dos frequentes perigos que nos ameaçam, a Palavra de Deus nos anima e nos garante a presença do Senhor. Nele perdemos o medo e somos novas criaturas.

Leitura do livro de Jó – 1O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse: 8“Quem fechou o mar com portas quando ele jorrou com ímpeto do seio materno, 9quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas; 10quando marquei seus limites e coloquei portas e trancas, 11e disse: ‘Até aqui chegarás, e não além; aqui cessa a arrogância de tuas ondas’?” – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 106(107)

Dai graças ao Senhor porque ele é bom, / porque eterna é a sua misericórdia!

1. Os que sulcam o alto-mar com seus navios, / para ir comerciar nas grandes águas, / testemunharam os prodígios do Senhor / e as suas maravilhas no alto-mar. – R.

2. Ele ordenou, e levantou-se o furacão, / arremessando grandes ondas para o alto; / aos céus subiam e desciam aos abismos, / seus corações desfaleciam de pavor. – R.

3. Mas gritaram ao Senhor na aflição, / e ele os libertou daquela angústia. / Transformou a tempestade em bonança, / e as ondas do oceano se calaram. – R.

4. Alegraram-se ao ver o mar tranquilo, / e ao porto desejado os conduziu. / Agradeçam ao Senhor por seu amor / e por suas maravilhas entre os homens! – R.

Segunda Leitura: 2 Coríntios 5,14-17

Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 14o amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos e que, logo, todos morreram. 15De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. 17Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Marcos 4,35-41

Aleluia, aleluia, aleluia.

Um grande profeta surgiu, / surgiu e entre nós se mostrou; / é Deus que seu povo visita, / seu povo meu Deus visitou (Lc 7,16). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – 35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 

38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” – Palavra da salvação.

Reflexão:

Passar para a outra margem supõe confronto com nova realidade. O outro lado é território dos não judeus, e Jesus convida seus discípulos a anunciar também lá a Boa-nova do Reino. Isso pode gerar incertezas e medos, aqui representados pela turbulência da travessia.

Em nossas atividades pastorais, estamos sujeitos a oposições, críticas, falta de apoio, por parte da comunidade ou dos dirigentes. Além disso, levamos para a missão nossos limites e nossas crises pessoais.

Para não sermos tragados pelas forças contrárias, temos de despertar Jesus, que já está conosco, mas o imaginamos ausente.

Precisamos renovar a confiança em sua presença e no poder de sua palavra que acalma o vento e o mar (“Silêncio!”, “Quieto!”) e nos encoraja e questiona (“Por que vocês são medrosos? Ainda não têm fé?”).

Sair da versão mobile