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A Arquidiocese de Porto Alegre – mais uma cidade afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul – pede às comunidade eclesiais que organizem “momentos de oração com o povo antes ou depois das missas deste final de semana”. Uma comunhão de fiéis para “que possamos pedir, juntos, a consolação, a proteção, a união e o fortalecimento da fé, da caridade e da esperança”. Segundo a Defesa Civil, pelo menos 31 pessoas morreram, 70 ainda estão desaparecidas e 17 mil são os desabrigados no Estado.
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As enchentes que alagaram cidades, destruíram estradas, deixaram pelo menos 31 pessoas mortas, 74 que ainda estão desaparecidas, além de 17 mil desabrigados principalmente nas regiões do Vale do Taquari e da Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, se estendem à região metropolitana de Porto Alegre.
Desde quinta-feira (2), a enxurrada invadiu as ruas do centro histórico da cidade e a própria rodoviária da capital, apesar das comportas do Rio Guaíba terem sido fechadas. O nível do rio, que banha a capital, superou a cota de inundação chegando a mais de 4 metros, o maior nível do Guaíba desde 1941, quando Porto Alegre viveu a maior cheia da sua história.
Uma nota de solidariedade foi divulgada nesta quinta-feira (2) pela Arquidiocese de Porto Alegre, unindo-se em comunhão ao Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, num empenho conjunto de reconstrução e esperança.
Além das instituições governamentais, militares e civis dedicadas à defesa da vida, as próprias comunidades eclesiais têm aberto “as portas para acolher os que perderam tudo”. Mas o pedido do arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, vai além:
“Neste Ano da Oração em preparação ao Jubileu da Igreja 2025, exortamos as comunidades eclesiais a se unirem em oração, conforme as possibilidades, diante do Santíssimo Sacramento, que é o grande símbolo da comunhão e da partilha, renovando nosso compromisso de peregrinos de esperança.”
Uma sugestão da arquidiocese é “organizar um momento de oração com o povo antes ou depois das missas deste final de semana.
As comissões pastorais poderão se unir neste gesto orante e solidário”. Uma comunhão de fiéis para “que possamos pedir, juntos, a consolação, a proteção, a união e o fortalecimento da fé, da caridade e da esperança”, termina a nota de solidariedade.
Com a oração, implorar a Deus por dias melhores
Dom Leomar Brustolin, presidente do Regional Sul 3 da CNBB, através de uma mensagem em vídeo, também envia a sua mensagem ao povo do Rio Grande do Sul, enaltecendo o poder da oração neste momento de provação:
“Todos nós estamos percebendo como o Rio Grande do Sul está mais uma vez afetado por fortes chuvas que têm causado bastante transtornos no nosso Estado. Nós, bispos da CNBB Regional Sul 3, os bispos do Rio Grande do Sul, queremos manifestar aqui a nossa solidariedade com todas as pessoas que estão passando por este momento de provação.
E pedir às nossas comunidades, aos cristãos, que continuemos firmes na fé, rezando e implorando ao Senhor que nos dê dias melhores, sustentando nossa esperança porque nós cremos que isso vai passar, mas, que neste momento, precisamos nos unir. E fortalecendo a caridade e a solidariedade, nos comprometendo uns com os outros, especialmente seguindo as orientações que estão sendo dadas para que a gente possa manter vida, segura, para todos. Confiemos e esperemos. Deus cuida.”
O convite de dom Leomar reforça o cuidado redobrado para as pessoas neste momento de insegurança com as enchentes.
A Barragem da Hidrelétrica 14 de Julho, entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves, por exemplo, acabou se rompendo pela força da água acumulada, e há perigo de desastres em outras cinco barragens. Moradores próximos estão sendo orientados pela Defesa Civil e o governo do Estado desde quarta-feira (01) a deixarem as áreas de risco.
De Roma, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira de Oliveira, disse estar monitorando a situação das barragens. Ele se encontrou com o Papa Francisco e conversou sobre os efeitos danosos que inclusive o Brasil está sofrendo:
“Os efeitos climáticos, e a gente viveu muito forte isso no Brasil, uma seca imensa no norte do Brasil no ano passado, na Amazônia brasileira, eu sobrevoei Amazônia brasileira e fiquei espantado de ver rios altamente caudalosos que viraram brejos, literalmente, com muito pouca água;
e o Sul do Brasil, inclusive se repetindo ontem: uma tragédia enorme que sensibilizou todos nós, o presidente Lula esteve presente com diversos ministros, eu estou monitorando daqui através da Aneel e do nosso pessoal que foi para lá para poder olhar a contingência das barragens. Ou seja, os efeitos climáticos estão se pondo no mundo e isso faz com que a gente crie esperança e expectativa, mas principalmente nos dê estímulo e força para que nós façamos o debate Internacional.”
Colaboração: CNBB