Liturgia Diária – 7 – QUINTA-FEIRA
3ª SEMANA DA QUARESMA
Jesus falava como quem tem autoridade.
A salvação do povo sou eu, diz o Senhor: de qualquer tribulação em que clamarem por mim, eu os ouvirei e serei seu Deus para sempre.
Não podemos permanecer indiferentes aos apelos da Palavra de Deus. Ou nos comprometemos com ela, escolhendo a vida e a liberdade, ou dela nos afastamos, caindo nas amarras da escravidão e da morte. Não fechemos o coração ao Senhor, que indica sempre ao seu povo o caminho da felicidade e da salvação.
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Primeira Leitura: Jeremias 7,23-28
Leitura do livro do profeta Jeremias – Assim fala o Senhor: 23“Dei esta ordem ao povo, dizendo: Ouvi a minha voz, assim serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo; e segui adiante por todo o caminho que eu vos indicar para serdes felizes.
24Mas eles não ouviram e não prestaram atenção; ao contrário, seguindo as más inclinações do coração, andaram para trás e não para a frente, 25desde o dia em que seus pais saíram do Egito até o dia de hoje.
A todos enviei meus servos, os profetas, e enviei-os cada dia, começando bem cedo; 26mas não ouviram e não prestaram atenção, ao contrário: obstinaram-se no erro, procedendo ainda pior que seus pais.
27Se falares todas essas coisas, eles não te escutarão e, se os chamares, não te darão resposta. 28Dirás, então: ‘Esta é a nação que não escutou a voz do Senhor, seu Deus, e não aceitou correção. Sua fé morreu, foi arrancada de sua boca’”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 94(95)
Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor: / Não fecheis os vossos corações.
1. Vinde, exultemos de alegria no Senhor, / aclamemos o rochedo que nos salva! / Ao seu encontro caminhemos com louvores, / e com cantos de alegria o celebremos! – R.
2. Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra, / e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! / Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor, † e nós somos o seu povo e seu rebanho, / as ovelhas que conduz com sua mão. – R.
3. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: / “Não fecheis os corações como em Meriba, / como em Massa, no deserto, aquele dia † em que outrora vossos pais me provocaram, / apesar de terem visto as minhas obras”. – R.
Evangelho: Lucas 11,14-23
Jesus Cristo, sois bendito, / sois o ungido de Deus Pai!
Voltai ao Senhor, vosso Deus; / ele é bom, compassivo e clemente (Jl 2,12s). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 14Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas.
15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”. 16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra.
18Ora, se até satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios.
19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. 20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus.
21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava e reparte o que roubou. 23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Ao libertar um homem de sua mudez, Jesus provoca dois tipos de reação. A primeira é que “as multidões se admiraram”. A segunda reação é a de alguns que acusam Jesus de expulsar demônios por influência do chefe dos demônios. Tentam desacreditar a obra de Jesus, como se ele fizesse parte do mundo dos demônios.
Nada mais contraditório e ofensivo. Quando se trata de mostrar a autenticidade de sua missão, Jesus não dá espaço a dúvidas ou falsas interpretações.
Responde dizendo que é contrassenso expulsar demônios pelo poder do chefe deles. O que Jesus realiza é pelo “dedo de Deus”, o Espírito Santo. Depois pede que se faça a escolha certa: a pessoa ou se coloca do lado de Jesus e do Reino de Deus, ou fica do lado do demônio, no reino da injustiça.