Liturgia Diária 20 – DOMINGO
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Assunção de Nossa Senhora: Poder, medo e esperança apocalíptica (Lc 1,39-56 – Ap 12,1-10)
Grande sinal apareceu no céu: uma mulher que tem o sol por manto, a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça (Ap 12,1).
Com Maria cantemos as maravilhas que Deus continua a realizar em favor do seu povo. Assunta ao céu, ela atingiu a plenitude da salvação e nos espera a todos, à direita do Filho, fazendo-se nossa intercessora. Celebremos esta solenidade unidos aos vocacionados à vida consagrada: mulheres e homens que dão seu sim ao projeto de Jesus.
Primeira Leitura: Apocalipse 11,19; 12,1.3-6.10
Leitura do livro do Apocalipse de São João – 19Abriu-se o templo de Deus que está no céu e apareceu no templo a arca da Aliança. 12,1Então apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas. 3Então apareceu outro sinal no céu: um grande dragão, cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete coroas. 4Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a terra. O dragão parou diante da mulher, que estava para dar à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 6A mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. 10Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora, realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus e o poder do seu Cristo”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 44(45)
À vossa direita se encontra a rainha / com veste esplendente de ouro de Ofir.
1. As filhas de reis vêm ao vosso encontro, † e à vossa direita se encontra a rainha / com veste esplendente de ouro de Ofir. – R.
2. Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: / “Esquecei vosso povo e a casa paterna! / Que o rei se encante com vossa beleza! / Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor! – R.
3. Entre cantos de festa e com grande alegria, / ingressam, então, no palácio real”. – R.
Segunda Leitura: 1 Coríntios 15,20-27
Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 20Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. 22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém cada qual segundo uma ordem determinada: em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 24A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26O último inimigo a ser destruído é a morte. 27Com efeito, “Deus pôs tudo debaixo de seus pés”. – Palavra do Senhor.
Evangelho: Lucas 1,39-56
Aleluia, aleluia, aleluia.
Maria é elevada ao céu, / alegram-se os coros dos anjos. – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naqueles dias, 39Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. 46Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. 51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. 56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa. – Palavra da salvação.
Reflexão:
O dogma da assunção de Maria à glória celeste, em alma e corpo, foi proclamado solenemente por Pio XII em 1º de novembro de 1950: “Definimos ser dogma revelado por Deus que a imaculada Mãe de Deus sempre virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi assunta à glória celeste em alma e corpo”. Sendo Maria a cheia de graça, sem sombra alguma de pecado, quis o Pai associá-la à ressurreição de Jesus. A celebração da “dormição” de Maria encontra-se entre as mais antigas festas marianas. Uma oração romana do século VII, para a festa de 15 de agosto, Assunção de Maria, se expressava assim: “Venerável é para nós, Senhor, a festa deste dia em que a Santa Mãe de Deus sofreu a morte, ela que, do próprio ser, gerou, encarnado, o teu Filho, Senhor nosso”.