Liturgia Diária

Jesus é nosso companheiro de caminhada e missão

Liturgia Diária 4 – TERÇA-FEIRA

13ª SEMANA DO TEMPO COMUM

São Tomé nos ensina: “Meu Senhor e meu Deus!”, creio em vós, mas almentai a nossa fé 

Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria (Sl 46,2).

Mesmo quando parece ausente, Deus nunca é alheio às aflições do seu povo, mas caminha com ele e, sem cessar, age para salvá-lo, chamando-o à conversão. Deixemo-nos orientar pela decisão do salmista, que diz ao Senhor: “Vossa verdade escolhi por meu caminho”.

Primeira Leitura: Gênesis 19,15-29

Leitura do livro do Gênesis – Naqueles dias, 15os anjos insistiram com Ló, dizendo: “Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade”. 16Como ele hesitasse, os homens tomaram-no pela mão, a ele, à mulher e às duas filhas – pois o Senhor tivera compaixão dele -, fizeram-nos sair e deixaram-nos fora da cidade. 17Uma vez fora, disseram: “Trata de salvar a tua vida. Não olhes para trás nem te detenhas em parte alguma desta região. Mas foge para a montanha, se não quiseres morrer”. 18Ló respondeu: “Não, meu Senhor, eu te peço! 19O teu servo encontrou teu favor e foi grande a tua bondade, salvando-me a vida. Mas receio não poder salvar-me na montanha, antes que a calamidade me atinja e eu morra. 20Eis aí perto uma cidade onde poderei refugiar-me; é pequena, mas aí salvarei a minha vida”. E ele lhe disse: “Pois bem, concedo-te também este favor: não destruirei a cidade de que falas. 22Refugia-te lá depressa, pois nada posso fazer enquanto não tiveres entrado na cidade”. Por isso foi dado àquela cidade o nome de Segor. 23O sol estava nascendo quando Ló entrou em Segor. 24O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. 25Destruiu as cidades e toda a região, todos os habitantes das cidades e até a vegetação do solo. 26Ora, a mulher de Ló olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal. 27Abraão levantou-se bem cedo e foi até o lugar onde antes tinha estado com o Senhor. 28Olhando para Sodoma e Gomorra e para toda a região, viu levantar-se da terra uma densa fumaça, como a fumaça de uma fornalha. 29Mas, ao destruir as cidades da região, Deus lembrou-se de Abraão e salvou Ló da catástrofe que arrasou as cidades onde Ló havia morado. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 25(26)

Tenho sempre vosso amor ante meus olhos.

1. Provai-me, ó Senhor, e examinai-me, / sondai meu coração e o meu íntimo! / Pois tenho sempre vosso amor ante meus olhos; / vossa verdade escolhi por meu caminho. – R.

2. Não junteis a minha alma à dos malvados, / nem minha vida à dos homens sanguinários; / eles têm as suas mãos cheias de crime; / sua direita está repleta de suborno. – R.

3. Eu, porém, vou caminhando na inocência; / libertai-me, ó Senhor, tende piedade! / Está firme o meu pé na estrada certa; / ao Senhor eu bendirei nas assembleias. – R.

Evangelho: Mateus 8,23-27

Aleluia, aleluia, aleluia.

No Senhor ponho a minha esperança, / espero em sua Palavra (Sl 129,5). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 23Jesus entrou na barca e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia. 25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” 26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. 27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” – Palavra da salvação.

Reflexão:

Há neste episódio um contraste que chama a atenção. Por um lado, a barca (figura da Igreja) é tomada por “violenta tempestade”, a ponto de quase afundar; por outro lado, Jesus dorme. Seria o sono de Jesus fruto de cansaço ou oportunidade para revelar-se aos discípulos como Messias, o Filho de Deus? Uma travessia em águas agitadas serviu para Jesus manifestar seu poder sobre as forças da natureza e revelar sua real identidade. A lição parece clara: precisamos fazer de Jesus nosso companheiro de caminhada (e missão). Cientes de que ele está conosco, não há por que temer os contratempos. Se a ele recorrermos com fé, ele fará reinar uma “grande calmaria” onde antes havia ameaçadora tempestade. Mensagem de esperança para a Igreja de todos os tempos e lugares.

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