Liturgia Diária 14 – QUARTA-FEIRA
10ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Pela força do testemunho Jesus nos convida a sermos agentes transformadores da sociedade.
O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte de minha vida, perante quem tremerei? Meus opressores e inimigos, são eles que vacilam e sucumbem (Sl 26,1s).
À semelhança do apóstolo Paulo, somos ministros da Nova Aliança – aliança do Espírito, a qual “comunica a vida”. Deixemo-nos embalar pelo Espírito do Senhor, que nos impulsiona e dá força para praticarmos e ensinarmos os valores do Reino de Deus.
Primeira Leitura: 2 Coríntios 3,4-11
Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 4é por Cristo que temos tal confiança perante Deus, 5não porque sejamos capazes, por nós mesmos, de ter algum pensamento como de nós mesmos, mas essa nossa capacidade vem de Deus. 6Ele é que nos tornou capazes de exercer o ministério de uma aliança nova. Esta não é uma aliança da letra, mas do Espírito. Pois a letra mata, mas o Espírito comunica a vida. 7Se o ministério da morte, gravado em pedras com letras, foi cercado de tanta glória, que os israelitas não podiam fitar o rosto de Moisés por causa do seu fulgor, ainda que passageiro, 8quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito? 9Pois, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais glorioso há de ser o ministério a serviço da justificação. 10Realmente, em comparação com uma glória tão eminente, já não se pode chamar glória o que então tinha sido glorioso. 11Pois, se o que era passageiro foi marcado de glória, muito mais glorioso será o que permanece. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 98(99)
Santo é o Senhor nosso Deus!
1. Exaltai o Senhor nosso Deus † e prostrai-vos perante seus pés, / pois é santo o Senhor nosso Deus! – R.
2. Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes. † E também Samuel invocava seu nome, / e ele mesmo, o Senhor, os ouvia. – R.
3. Da coluna de nuvem falava com eles. † E guardavam a lei e os preceitos divinos / que o Senhor nosso Deus tinha dado. – R.
4. Respondíeis a eles, Senhor nosso Deus, † porque éreis um Deus paciente com eles, / mas sabíeis punir seu pecado. – R.
5. Exaltai o Senhor nosso Deus † e prostrai-vos perante seu monte, / pois é santo o Senhor nosso Deus! – R.
Evangelho: Mateus 5,17-19
Aleluia, aleluia, aleluia.
Fazei-me conhecer vossa estrada, / vossa verdade me oriente e me conduza! (Sl 24,4s) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Jesus vem para cumprir integralmente a vontade do Pai: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6,38). A Lei e os Profetas foram dados e escritos para orientar o povo a viver segundo o projeto de Deus. Acertadamente Jesus afirma que não veio descartar, mas realizar de modo pleno as Escrituras Sagradas. Jesus fala com autoridade que está acima da legislação antiga. Sua interpretação é autêntica. Ele cumpre a Lei e os Profetas no seu sentido profundo. Se Jesus corrige algumas tradições (doutrinas humanas) inseridas na Escritura, foi no sentido de libertar de toda opressão o ser humano e dotá-lo de vida e liberdade. Para Jesus, a síntese da Lei e dos Profetas é o amor a Deus e ao próximo. “A caridade é a plenitude da Lei” (Rm 13,10).