Liturgia Diária

Jesus entra em Jerusalém para seu confronto final com os poderes religiosos e políticos

Liturgia Diária 2 – DOMINGO

RAMOS DA PAIXÃO DO SENHOR

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“Eu serei o seu Deus e ele será o meu povo”

Seis dias antes da solene Páscoa, quando o Senhor veio a Jerusalém, correram até ele os pequeninos. Trazendo em suas mãos ramos e palmas, em alta voz cantavam em sua honra: Bendito és tu, que vens com tanto amor! Hosana nas alturas!

Com os ramos nas mãos, seguimos os passos de Jesus em sua entrada em Je­rusalém e em seu percurso rumo à cruz. A solene liturgia nos introduz na Semana Santa, centro do grande aconteci­men­to de nossa fé: o mistério da pai­xão, morte e ressurreição de Jesus. Acolhamos e bendigamos aquele que vem a nós como humilde servidor.

Acolhida e exortação

O presidente saúda e acolhe a assembleia e, a seguir, exorta-a com estas palavras:

Meus irmãos e minhas irmãs, durante as cinco semanas da Quaresma, preparamos os nossos corações pela oração, pela penitência e pela caridade. Hoje aqui nos reunimos e vamos iniciar, com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de nosso Senhor. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida.

Primeira Leitura: Isaías 50,4-7

Leitura do livro do profeta Isaías – 4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 21(22)

Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

1. Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem a cabeça: / “Ao Senhor se confiou, ele o liberte / e agora o salve, se é verdade que ele o ama!” – R.

2. Cães numerosos me rodeiam furiosos, / e por um bando de malvados fui cercado. / Transpassaram minhas mãos e os meus pés, / e eu posso contar todos os meus ossos. – R.

3. Eles repartem entre si as minhas vestes / e sorteiam entre si a minha túnica. / Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, / ó minha força, vinde logo em meu socorro! – R.

4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos / e no meio da assembleia hei de louvar-vos! / Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, † glorificai-o, descendentes de Jacó, / e respeitai-o, toda a raça de Israel! – R.

Segunda Leitura: Filipenses 2,6-11

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 21,1-11

Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém e chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo-lhes: “Ide até o povoado que está ali na frente e logo encontrareis uma jumenta amarrada e, com ela, um jumentinho. Desamarrai-a e trazei-os a mim! 3Se alguém vos disser alguma coisa, direis: ‘O Senhor precisa deles, mas logo os devolverá’”. 4Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 5“Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta”. 6Então os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes havia mandado. 7Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram sobre eles suas vestes, e Jesus montou. 8A numerosa multidão estendeu suas vestes pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos das árvores e os espalhavam pelo caminho. 9As multidões que iam na frente de Jesus e os que o seguiam, gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!” 10Quando Jesus entrou em Jerusalém, a cidade inteira se agitou, e diziam: “Quem é este homem?” 11E as multidões respondiam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia”. – Palavra da salvação.

Mateus 27,11-54 – mais breve

Reflexão:

Jesus entra em Jerusalém para seu confronto final com os poderes religiosos e políticos que aí se armam contra ele. Pela fidelidade aos planos do Pai, Jesus é vítima da sociedade que o rejeita. Ele vem como líder popular, sem os aparatos e a ostentação do guerreiro que chega para arrasar. Ao contrário, apresenta-se como homem simples, humilde e pacífico. Ele salvará o povo, não por meio da violência e do sacrifício de vidas humanas, mas com a doação de sua própria vida. Ele é reconhecido e aclamado pela multidão como o rei-messias, que traz a justiça e a paz verdadeiras. Os dois aspectos da celebração de hoje, a saber, a entrada de Jesus em Jerusalém e a missa da paixão do Senhor, têm um caráter de figurada antecipação da Páscoa: as multidões aclamam o Cristo que vai vencer com sua paixão.

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