Liturgia Diária 11/02/23 – SÁBADO
5ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus (Sl 94,6s).
Pelo pecado, o ser humano provoca uma ruptura com Deus, com a criação e com o semelhante. Celebremos o Cristo, por meio de quem o Deus compassivo e generoso providencia o resgate e a reabilitação do pecador.
Leitura do livro do Gênesis – 9O Senhor Deus chamou Adão, dizendo: “Onde estás?” 10E ele respondeu: “Ouvi tua voz no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; e me escondi”. 11Disse-lhe o Senhor Deus: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore de cujo fruto te proibi comer?” 12Adão disse: “A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi”. 13Disse o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me e eu comi”. 14Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da tua vida! 15Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. 16À mulher ele disse: “Multiplicarei os sofrimentos da tua gravidez: entre dores darás à luz os filhos; teus desejos te arrastarão para o teu marido, e ele te dominará”. 17E disse em seguida a Adão: “Porque ouviste a voz da tua mulher e comeste da árvore de cujo fruto te proibi comer, amaldiçoado será o solo por tua causa! Com sofrimento tirarás dele o alimento todos os dias da tua vida. 18Ele produzirá para ti espinhos e cardos, e comerás as ervas da terra; 19comerás o pão com o suor do teu rosto até voltares à terra de que foste tirado, porque és pó e ao pó hás de voltar”. 20E Adão chamou à sua mulher “Eva”, porque ela é a mãe de todos os viventes. 21Então o Senhor Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de pele e os vestiu. 22Disse, depois, o Senhor Deus: “Eis que o homem se tornou como um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal. Não aconteça, agora, que ele estenda a mão também à árvore da vida para comer dela e viver para sempre!” 23E o Senhor Deus o expulsou do jardim de Éden, para que ele cultivasse a terra donde fora tirado. 24Expulsou o homem e colocou a oriente do jardim de Éden os querubins e a espada lampejante de chamas, para guardar o caminho da árvore da vida. – Palavra do Senhor.
“Não tenhas medo. Basta ter fé!”
Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.
1. Já bem antes que as montanhas fossem feitas † ou a terra e o mundo se formassem, / desde sempre e para sempre vós sois Deus. – R.
2. Vós fazeis voltar ao pó todo mortal / quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” / Pois mil anos para vós são como ontem, / qual vigília de uma noite que passou. – R.
3. Eles passam como o sono da manhã, / são iguais à erva verde pelos campos: / de manhã ela floresce vicejante, / mas à tarde é cortada e logo seca. – R.
4. Ensinai-nos a contar os nossos dias / e dai ao nosso coração sabedoria! / Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? / Tende piedade e compaixão de vossos servos! – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
O homem não vive somente de pão, / mas de toda palavra da boca de Deus (Mt 4,4). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – 1Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2“Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm nada para comer. 3Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe”. 4Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?” 5Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete”. 6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles os distribuíam ao povo. 7Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. 8Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. 9Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Este episódio descreve a partilha do pão para os pagãos; já tinha acontecido antes uma partilha para os judeus (cf. Mc 6,34-46). Mostra que Jesus, o Messias, estende sua obra salvadora não só a Israel, mas também aos demais povos, suprimindo toda discriminação. Da multidão faminta, Jesus sente compaixão, sentimento que logo se traduz em ação. Mas como, em lugar deserto, alimentar tanta gente? Jesus tem a saída para o problema: trata-se de partilhar o que cada um tem. Sete é número simbólico e indica totalidade (sete pães, sete cestos). Portanto, todos partilham tudo. Na nova sociedade inaugurada por Jesus, os dons são abundantes e, se forem repartidos, todos ficam satisfeitos. O gesto de abençoar indica que Deus é o criador de todas as coisas, e por tudo devemos dar graças a Deus.
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