Viver Evangelizando

Dezenas de túmulos cristãos são profanados em Jerusalém

1597758_540643

Dezenas de túmulos cristãos são profanados em Jerusalém

Cemitério foi fundado em meados do século XIX e é o local de descanso final de figuras como clérigos, cientistas e políticos

No cemitério protestante no Monte Sião, onde os cristãos acreditam que a Última Ceia de Jesus aconteceu, lápides foram quebradas em pedaços e as cruzes lançadas ao chão.

“Descobrimos que mais de 30 lápides e cruzes foram quebradas em pedaços”, informou o bispo anglicano Hosam Naoum a repórteres que se reuniram no cemitério.

As autoridades eclesiais disseram que o vandalismo foi constatado na terça-feira e que imagens de câmeras de segurança de 1º de janeiro mostraram dois homens vestidos como judeus ortodoxos vandalizando o cemitério.

“Esses atos criminosos foram motivados pela intolerância religiosa e pelo ódio contra os cristãos”, denunciou a Diocese Episcopal de Jerusalém em um comunicado.

A polícia israelense informou que iniciou uma investigação.

Parado em frente a uma das sepulturas vandalizadas, Naoum expressou seu pesar: “Não estamos apenas chocados, mas muito tristes”.

O bispo explicou que o cemitério foi fundado em meados do século XIX e é o local de descanso final de figuras como clérigos, cientistas e políticos.

Entre eles estão “pessoas de grande importância que contribuíram para a história de Jerusalém e para a vida da população”, acrescentou.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, pediu que os culpados sejam processados, escrevendo em sua conta no Twitter que “este ato imoral é uma afronta à religião”.

O Monte Sião fica fora dos muros da Cidade Velha e atrai peregrinos há séculos. Também é reverenciado pelos judeus, como o lugar bíblico onde o rei Davi foi enterrado.

Em dezembro de 2021, os líderes da Igreja alertaram que “os cristãos se tornaram alvo de ataques frequentes e contínuos de grupos radicais marginais” em Jerusalém e na Terra Santa.

E criticou a inação das forças de segurança e autoridades locais, acusações consideradas “infundadas” pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel.

AFP

Sair da versão mobile