Viver Evangelizando

Corpus Christi a festa da partilha

Corpus-Christi

Manhã de Luz – 16/06/22 https://www.viverevangelizando.com/wp-content/uploads/2022/06/AUD-20220616-WA0001.mp3?_=1

Liturgia do Dia 16 de Junho – Quinta-feira

CORPO E SANGUE DE CRISTO (Branco)

https://www.youtube.com/watch?v=cPfFHueG9b0

Antífona de EntradaO Senhor alimentou seu povo com a flor do trigo e com o mel do rochedo o saciou (S 80,17).
Oração do diaSenhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

Corpus Christi: sentido, origem e história

Leitura (Gênesis 14,18-20)Leitura do livro do Gênesis.

Naqueles dias, 18Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho e, como sacerdote do Deus altíssimo, 19abençoou Abrão, dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus altíssimo, criador do céu e da terra! 20Bendito seja o Deus altíssimo, que entregou teus inimigos em tuas mãos!” E Abrão entregou-lhe o dízimo de tudo.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 109/110
 

Tu és sacerdote eternamente,

segundo a ordem do rei Melquisedeque!

Palavra do Senhor ao meu Senhor: “Assenta-te ao lado meu direito

até que eu ponha os inimigos teus como escabelo por debaixo de teus pés!”

O Senhor estenderá desde Sião vosso cetro de poder,

pois ele diz: “Domina com vigor teus inimigos.

Tu és príncipe desde o dia em que nasceste; na glória e esplendor da santidade,

como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!”

Jurou o Senhor e manterá sua palavra: “Tu és sacerdote eternamente,

segundo a ordem do rei Melquisedeque!”

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Leitura (1 Coríntios 11,23-26)Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 23o que eu recebi do Senhor, foi isso que eu vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a Nova Aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.

Palavra do Senhor.

Sequência1. Eis o pão que os anjos comem transformado em pão do homem; Só os filhos o consomem: não será lançado aos cães! 2. Em sinais prefigurado, por Abraão foi imolado, no cordeiro aos pais foi dado, no deserto foi maná… 3. Bom Pastor, pão de verdade, piedade, ó Jesus, piedade; conservai-nos na unidade, extinguiu nossa orfandade, transportai-nos para o Pai! 4. Aos mortais dando comida, dais também o pão da vida; que a família assim nutrida seja um dia reunida aos convivas lá do céu!
Evangelho (Lucas 9,11-17)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu sou o pão vivo descido do céu; quem deste pão come sempre há de viver! (Jo 6,51)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 11Jesus acolheu as multidões, falava-lhes sobre o Reino de Deus e curava todos os que precisavam. 12A tarde vinha chegando. Os doze apóstolos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Despede a multidão, para que possa ir aos povoados e campos vizinhos procurar hospedagem e comida, pois estamos num lugar deserto”. 13Mas Jesus disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Eles responderam: “Só temos cinco pães e dois peixes. A não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente”. 14Estavam ali mais ou menos cinco mil homens. Mas Jesus disse aos discípulos: “Mandai o povo sentar-se em grupos de cinquenta”. 15Os discípulos assim fizeram, e todos se sentaram. 16Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão. 17Todos comeram e ficaram satisfeitos. E ainda foram recolhidos doze cestos dos pedaços que sobraram.

Palavra da salvação.

Comentário ao Evangelho 

EUCARISTIA, FESTA DA PARTILHA

A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo papa Urbano IV em 11 de agosto de 1264, em vista de destacar a dimensão sacramental que a tradição romana associou à última ceia de Jesus, já celebrada na semana santa.

A ceia é um momento de alegria, partilha e comunhão. Descartando a manducação do cordeiro pascal, Jesus apresenta-se como o pão que dá a vida, e o vinho que alegra a todos, inaugurando a nova celebração do Reino de Deus. A Eucaristia é a celebração da comunidade viva, animada pelo Espírito, unida em torno de Jesus, empenhada em cumprir a vontade do Pai, que é vida para todos.

O milagre da multiplicação dos pães põe em relevo uma dimensão irrenunciável da Eucaristia: a lição da partilha. Este é seu eixo principal.

Como no deserto, tudo começa com a partilha da palavra. Jesus era incansável no seu afã de falar às multidões a respeito do Reino de Deus, revelando-lhes os mistérios, e abrindo-lhes as mentes e os corações para a grandeza inimaginável da misericórdia divina. As palavras de Jesus preenchiam um vazio na existência daquele povo, abandonado e desorientado, vagando como se fosse ovelhas sem pastor.

À partilha da palavra segue a partilha do pão. Embora, na opinião dos discípulos, fosse mais prudente despedir as multidões, para irem comprar pães nos vilarejos próximos, o Mestre julgou mais conveniente que eles mesmos providenciassem o alimento necessário, sem se importar com a quantidade de pessoas. E aconteceu o milagre: a multidão foi saciada graças à iniciativa de Jesus, e sob sua orientação.

A Eucaristia simboliza a partilha que deve acontecer no dia-a-dia do cristão. O pão-Jesus, recebido sacramentalmente, alimenta o discípulo para que esteja sempre disposto a partilhar. Seria contraditório receber Jesus eucarístico e permanecer fechado no próprio egoísmo, insensível às necessidades das outras pessoas. A festa da partilha eucarística deve ser prenúncio da festa da partilha no mundo.

Oração

Espírito de solidariedade e partilha, faze-me sensível à lição eucarística da partilha, movendo-me a manifestar minha solidariedade efetiva com os pobres deste mundo.

 

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