Liturgia do Dia 13 de Junho – Segunda-feira
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA – PRESBÍTERO E DOUTOR
Bolsonaro cita Amazônia em reunião com Biden
1 Passado tudo isso, aconteceu o seguinte: Nabot de Jezrael possuía uma vinha nessa cidade, ao lado do palácio de Acab, rei de Samaria.
2 Acab disse a Nabot: “Cede-me tua vinha, para que eu a transforme numa horta, porque está junto de minha casa. Dar-te-ei em troca uma vinha melhor, ou se o preferires, pagar-te-ei em dinheiro o seu valor”.
3 Nabot, porém, respondeu a Acab: “Deus me livre de ceder-te a herança de meus pais!”
4 Acab voltou para a sua casa sombrio e irritado, por ter Nabot de Jezrael recusado ceder-lhe a herança de seus pais. Estendeu-se na cama com o rosto voltado para a parede, e não quis comer.
5 Jezabel, sua mulher, veio ter com ele e disse-lhe: “Por que estás de mau humor e não queres comer?”
6 Ele respondeu: “Falei a Nabot de Jezrael, propondo-lhe que me vendesse a sua vinha, ou, se o preferisse, que a trocasse comigo por outra melhor; mas ele respondeu-me: ‘Não te cederei a minha vinha’”.
7 Jezabel, sua mulher, disse-lhe: “Não és tu, porventura, o rei de Israel? Vamos! Come, não te incomodes. Eu te darei a vinha de Nabot de Jezrael”.
8 Escreveu ela, então, uma carta em nome do rei, selou-a com o selo real, e mandou-a aos anciãos e aos notáveis da cidade, concidadãos de Nabot.
9 Eis o que dizia na carta: “Promulgai um jejum, fazei sentar Nabot num lugar de honra,
10 e mandai vir diante dele dois homens inescrupulosos que o acusem, dizendo: ‘Este amaldiçoou a Deus e ao rei’. – Conduzi-o em seguida para fora da cidade e apedrejai-o até que morra!”
11 Os homens da cidade, os anciãos e os notáveis, concidadãos de Nabot, fizeram o que ordenava Jezabel, segundo o conteúdo da carta que lhes tinha mandado.
12 Promulgaram um jejum e fizeram Nabot sentar-se num lugar de honra.
13 Vieram então os dois miseráveis, colocaram-se diante dele e fizeram publicamente a deposição seguinte contra ele: “Nabot amaldiçoou a Deus e ao rei”. Depois disto, levaram-no para fora da cidade, onde foi apedrejado e morreu.
14 E mandaram dizer a Jezabel: “Nabot foi apedrejado e morto”.
15 Quando ela soube que Nabot fora apedrejado e morto, foi dizer a Acab: “Vai e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael te recusara vender. Ele já não vive; está morto”.
16 Acab, tendo ouvido dizer que Nabot morrera, levantou-se e dirigiu-se para a sua vinha, para tomar posse dela.
Palavra do Senhor.
Maria na sua relação com os demais e com a sociedade (2)
Atendei o meu gemido, ó Senhor!
Escutai, ó Senhor Deus, minhas palavras,
atendei o meu gemido!
Ficai atento ao clamor da minha prece,
ó meu rei e meu Senhor!
Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade,
não pode o mau morar convosco;
nem os ímpios poderão permanecer
perante os vossos olhos.
Detestais o que pratica a iniquidade
e destruís o mentiroso.
Ó Senhor, abominais o sanguinário,
o perverso e enganador.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vossa palavra é uma luz para os meus passos e uma lâmpada luzente em meu caminho (Sl 118,105).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
5 38 Disse Jesus: “Tendes ouvido o que foi dito: ‘Olho por olho, dente por dente’.
39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra.
40 Se alguém te citar em justiça para tirar-te a túnica, cede-lhe também a capa.
41 Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil.
42 Dá a quem te pede e não te desvies daquele que te quer pedir emprestado”.
Palavra da Salvação.
CONTRA A RETALIAÇÃO
A Lei de Talião – “olho por olho, dente por dente” – não encontrou guarida no ensinamento de Jesus. Aquele princípio legal havia sido importante para coibir as arbitrariedades no caso de violência ilimitada, para fazer valer o direito. E funcionava como mecanismo de controle da selvageria e do barbarismo, nas relações interpessoais. Era um passo em direção às relações humanas civilizadas.
O discípulo do Reino submete-se a uma lógica diferente. Recusa-se a entrar no jogo do malvado, de forma a desarticular, no seu nascedouro, a espiral da violência. Responde o mal com o bem, não se valendo do que lhe garante o direito. O direito de retaliação é substituído pelo princípio da misericórdia no trato mútuo.
A reação paradoxal que Jesus sugeriu aos seus discípulos, diante da violência, tem uma finalidade concreta: mostrar as possibilidades extremas de aplicação do seu ensinamento. Quem é movido por um amor incondicional ao próximo, descentrando-se de si mesmo, será capaz de fazer gestos radicais para coibir a violência, sem responder com a mesma moeda.
O discípulo, na linha das Bem-aventuranças, caracteriza-se como manso e pacífico. Por ser manso, recusa-se terminantemente a recorrer à violência. Por ser pacífico, tudo faz para que os laços com o próximo não sejam rompidos. Mesmo à custa de gestos paradoxais!
Oração
Espírito de mansidão, torna-me capaz de não me deixar levar pelo desejo de vingança, diante da violência, e sim, de agir conforme o ensinamento de Jesus.