Papa nomeia pe. Maurício da Silva Jardim como bispo de Rondonópolis-Guiratinga
Pe. Maurício foi missionário em Moçambique e foi eleito coordenador das Pontifícias Obras Missionárias da América
O Papa Francisco nomeou bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga (MT), nesta quarta-feira (08/06), o pe. Maurício da Silva Jardim, do clero da Arquidiocese de Porto Alegre, até então diretor das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil.
Pe. Maurício da Silva Jardim nasceu em 9 de fevereiro de 1969, em Sapucaia do Sul, Arquidiocese de Porto Alegre (RS). Estudou Filosofia na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição (1994) e Teologia no Centro de Estudos Teológicos São João Vianney, em Viamão-RS (1999). Especializou-se em Psicopedagogia, Missiologia e Formação Presbiteral.
Em 11 de dezembro de 1999, foi ordenado sacerdote e incardinado na Arquidiocese Metropolitana de Porto Alegre, onde desempenhou os seguintes cargos: assessor para a Pastoral da Juventude (2002-2007); vigário paroquial de São Vicente de Paulo e Santa Terezinha; pároco do Divino Pai Eterno, de Nossa Senhora do Caravaggio e de São Vicente Pai dos Pobres; diretor espiritual do Seminário Propedêutico (2014-2015); coordenador da Pastoral Presbiteral (2013-2016); e animador vocacional (2015).
Além disso, foi missionário em Moçambique (2008-2012) e vice-coordenador da Pastoral Presbiteral do Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (2013-2016). Em novembro de 2021, foi eleito coordenador das Pontifícias Obras Missionárias da América.
Desde 2016 é diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil.
A propósito de sua nomeação, eis o que disse o pe. Maurício.
Estimados amigos, amigas do Vatican News, da Rádio Vaticano, que eu tenho um carinho muito intenso. Então hoje saiu a publicação, dia 8 de julho, que o Papa Francisco me nomeou bispo de Rondonópolis, no Mato Grosso, no território amazônico, eu que estou ocupando essa função aqui como direção nacional das Pontifícias obras Missionárias, Manifesto a minha comunhão com o Papa, minha gratidão pela confiança que ele depositou em mim.
Eu fiquei sabendo desse anúncio em dia muito especial, que foi dia 22 de maio, o dia da beatificação de Pauline Jaricot. Eu estava na França, participando da Assembleia internacional das Pontifícias Obras Missionárias. Terminada a celebração de beatificação de Pauline, o senhor núncio apostólico do Brasil me fez uma chamada, e me comunicou que tinha chegado no domingo mesmo a comunicação que o Papa Francisco havia me nomeado bispo para Rondonópolis.
A primeira atitude que fiz foi me colocar de joelhos perto da minha cama, estava no meu quarto, e rezar a oração do abandono de São Carlos Foucault, que eu também recém tinha participado da canonização de São Carlos de Foucault e uma oração que eu rezo. desde o tempo de seminarista, de colocar tudo nas mãos de Deus. É: “Meu pai a vós me abandonou. Faz de mim o que quiseres. O que de mim fizeres eu te agradeço”.
E foi assim, naquele domingo da beatificação, e o núncio me deu um tempo para pensar, rezar, e não falar nada para ninguém, apenas para o diretor espiritual, e assim eu fiquei, no sigilo, rezando, colocando tudo nas mãos de Deus. E quando regressei da França, que foi semana passada, fui à Nunciatura dar a minha resposta, o meu sim ao Papa Francisco, meu sim à Igreja.
E a feliz coincidência de hoje, é que nesta semana está acontecendo o encontro dos bispos de Santarém (PA), uma assembleia importante, que projeta o caminho, que escuta, que faz o discernimento, que avalia, então essa feliz coincidência.
A Diocese de Rondonópolis, fica no Mato Grosso, na Amazônia, então me coloco em comunhão, a serviço da Igreja, nessa nova missão, desafiadora missão, o primeiro sentimento é um temor, é um medo, porque é uma responsabilidade tão grande, mas ao mesmo tempo eu tenho experimentado a proximidade de Deus, a graça de Deus, que me chamou, e esse sim está ligado a outros “sims” que eu já dei na minha vida, o sim à vocação sacerdotal, o sim depois das nomeações que eu tive como pároco, como assessor da juventude, como missionário em Moçambique durante três anos e meio, o sim para a direção nacional das POMs. Então são vários “sims”.
Eu quero agradecer a Deus, agradecer a confiança do Papa e uma mensagem assim de gratidão à Diocese de Rondonópolis que irá me acolher. Estamos pensando o dia da ordenação episcopal no dia 19 de agosto, na minha Arquidiocese de Porto Alegre, da onde dou de origem, e depois também pensar a posse em Rondonópolis.
Então a minha benção, meu grande abraço nesse dia 8 de junho, em que está sendo publicada então a minha nomeação para Rondonópolis. Deus abençoe!
Vatican News