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Energia eólica pode dobrar no Brasil em cinco anos, diz Guedes em Davos

Energia eólica pode dobrar no Brasil em cinco anos, diz Guedes em Davos

Em conversa com interlocutores da América Latina e Ásia, o ministro da economia disse que o tipo de energia pode dar grande salto

O ministro da Economia, Paulo Guedes, contou em café da manhã nesta quarta-feira, 25, com interlocutores da América Latina e Ásia que a energia eólica no Brasil pode dar um salto, inclusive com turbinas no mar, o chamado offshore. Em dez anos, a fatia desse tipo de energia foi de zero a 10% no país. Nos próximos 5 anos, pode subir para 20%.

Em Davos, Guedes teve reunião nesta terça-feira com a dinamarquesa Vestas, maior produtora mundial de turbinas de energia eólica. O ministro contou ainda que tem mantido conversas com a espanhola Iberdrola, que também demonstrou interesse na energia eólica brasileira.

Guedes contou ainda que teve encontros bilaterais com várias empresas, de diferentes setores, como Alibaba, YouTube, DP World Arcelor Mittal e a sinalização foi de que querem aumentar investimentos no Brasil. A Vestas, por exemplo, planeja ampliar suas instalações no país.

A agenda de Davos está ficando mais de negócios, disse Guedes. Há poucos anos, quando veio ao evento, 80% das reuniões eram com políticos e o resto com empresas. Agora isso se inverteu e 80% das agenda é negócios e só 20% é com governos.

No evento desta quarta-feira, que estava mais esvaziado que os outros dos quais o ministro participou, Guedes defendeu que com a reconfiguração das cadeias produtivas e mudanças geopolíticas é preciso insistir no comércio e fazer novos acordos comerciais.

O Brasil está batendo recordes em superávit comercial e em fluxos de comércio, com aumento do saldo positivo com a China. “O Brasil está disposto a se integrar”, afirmou o ministro.

No começo dos anos 2000, o comércio com o país asiático ao ano era de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, enquanto com a França estava em US$ 2 bilhões. Passados pouco mais de 20 anos, o comércio com a China saltou para US$ 120 bilhões e com os franceses foi a US$ 7 bilhões. Isso mostra, disse Guedes, quem está guiando o crescimento no Brasil.

Agência Brasil

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