Viver Evangelizando

A última palavra de Jesus crucificado

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Manhã de Luz – 15/04/2022 https://www.viverevangelizando.com/wp-content/uploads/2022/04/Programa-Manha-de-luz-com-Pe-Alex-Nogueira-–-1504202.mp3?_=1

Liturgia do Dia 15 de Abril – Sexta-feira

PAIXÃO DO SENHOR DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA (Vermelho – Ofício Próprio)

Antífona de Entrada(Não há Antífona de Entrada. O Presidente da Celebração faz a reverência diante do altar e prostra-se por alguns instantes em silêncio. Em seguida, levanta-se e reza a oração seguinte)
Oração do diaÓ Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho e, assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo. Por Cristo, nosso Senhor.
Leitura (Isaías 52,13-53,12)Leitura do livro do profeta Isaías.

52 13 Eis que meu Servo prosperará, crescerá, elevar-se-á, será exaltado.

14 Assim como, à sua vista, muitos ficaram embaraçados – tão desfigurado estava que havia perdido a aparência humana -,

15 assim o admirarão muitos povos: os reis permanecerão mudos diante dele, porque verão o que nunca lhes tinha sido contado, e observarão um prodígio inaudito.

1 Quem poderia acreditar nisso que ouvimos? A quem foi revelado o braço do Senhor?

2 Cresceu diante dele como um pobre rebento enraizado numa terra árida; não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares, e seu aspecto não podia seduzir-nos.

3 Era desprezado, era a escória da humanidade, homem das dores, experimentado nos sofrimentos; como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto, era amaldiçoado e não fazíamos caso dele.

4 Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado.

5 Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas.

6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós.

7 Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. (Ele não abriu a boca.)

8 Por um iníquo julgamento foi arrebatado. Quem pensou em defender sua causa, quando foi suprimido da terra dos vivos, morto pelo pecado de meu povo?

9 Foi-lhe dada sepultura ao lado de facínoras e ao morrer achava-se entre malfeitores, se bem que não haja cometido injustiça alguma, e em sua boca nunca tenha havido mentira.

10 Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo pelo sofrimento; se ele oferecer sua vida em sacrifício expiatório, terá uma posteridade duradoura, prolongará seus dias, e a vontade do Senhor será por ele realizada.

11 Após suportar em sua pessoa os tormentos, alegrar-se-á de conhecê-lo até o enlevo. O Justo, meu Servo, justificará muitos homens, e tomará sobre si suas iniquidades.

12 Eis por que lhe darei parte com os grandes, e ele dividirá a presa com os poderosos: porque ele próprio deu sua vida, e deixou-se colocar entre os criminosos, tomando sobre si os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados.

Palavra do Senhor.

Reze Conosco:

https://www.youtube.com/watch?v=dl1Ew0M1_Rk

Salmo Responsorial 30/31

Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

Senhor, eu ponho em vós minha esperança;

que eu não fique envergonhado eternamente!

Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,

porque vós me salvareis, ó Deus fiel!

Tornei-me o opróbrio do inimigo,

o desprezo e zombaria dos vizinhos

e objeto de pavor para os amigos;

fogem de mim os que me veem pela rua.

Os corações me esqueceram como um morto,

e tornei-me como um vaso espedaçado.

A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio

e afirmo que só vós sois o meu Deus!

Eu entrego em vossas mãos o meu destino;

libertai-me do inimigo e do opressor!

Mostrai serena a vossa face ao vosso servo

e salvai-me pela vossa compaixão.

Fortalecei os corações, tende coragem,

todos vós que ao Senhor vos confiais!

Leitura (Hebreus 4,14-16; 5,7-9)Leitura da carta aos Hebreus.

4 14 Temos, portanto, um grande Sumo Sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus. Conservemos firme a nossa fé.

15 Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado.

16 Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno.

7 Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade.

8 Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve.

9 E uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

Palavra do Senhor.

ADORAÇÃO DA CRUZ

(O ministro ou o diácono descobre a cruz aos poucos, cantando três vezes em tons ascendentes)

PR: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo.

AS: Vinde, adoremos.

(Os membros da assembleia se aproximam e beijam a cruz. Enquanto isso pode-se cantar. A adoração da cruz também pode ser feita no final da celebração)

Evangelho (João 18,1-19,42)Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.

Jesus Cristo se torno obediente, obediente até a morte numa cruz; pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome (Fl 2,8s).

N: Narrador

P: Presidente

G: Grupo ou assembleia

L: Leitor

Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo João.

N: Naquele tempo, 1 Jesus saiu com os seus discípulos para além da torrente de Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou com os seus discípulos. 2 Judas, o traidor, conhecia também aquele lugar, porque Jesus ia frequentemente para lá com os seus discípulos. 3 Tomou então Judas a coorte e os guardas de serviço dos pontífices e dos fariseus, e chegaram ali com lanternas, tochas e armas. 4 Como Jesus soubesse tudo o que havia de lhe acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes:

P: A quem buscais?

N: 5 Responderam:

G: A Jesus de Nazaré.

N: Jesus respondeu:

P: Sou eu.

N: Também Judas, o traidor, estava com eles. 6 Quando lhes disse Sou eu, recuaram e caíram por terra. 7 Perguntou-lhes ele, pela segunda vez:

P: A quem buscais?

N: Disseram:

P: A Jesus de Nazaré.

N: 8 Replicou Jesus:

P: Já vos disse que sou eu. Se é, pois, a mim que buscais, deixai ir estes.

N: 9 Assim se cumpriu a palavra que disse: “Dos que me deste não perdi nenhum”. 10 Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco. 11 Mas Jesus disse a Pedro:

P: Enfia a tua espada na bainha! Não hei de beber eu o cálice que o Pai me deu?

N: 12 Então a corte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o ataram. 13 Conduziram-no primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. Caifás fora quem dera aos judeus o conselho: Convém que um só homem morra em lugar do povo. 15 Simão Pedro seguia Jesus, e mais outro discípulo. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio da casa do sumo sacerdote, porém 16 Pedro ficou de fora, à porta. Mas o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu e falou à porteira, e esta deixou Pedro entrar. 17 A porteira perguntou a Pedro:

L: Não és acaso também tu dos discípulos desse homem?

N: Respondeu Pedro:

L: Não o sou.

N: 18 Os servos e os guardas acenderam um fogo, porque fazia frio, e se aqueciam. Com eles estava também Pedro, de pé, aquecendo-se. 19 O sumo sacerdote indagou de Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. 20 Jesus respondeu-lhe:

P: Falei publicamente ao mundo. Ensinei na sinagoga e no templo, onde se reúnem os judeus, e nada falei às ocultas. 21 Por que me perguntas? Pergunta àqueles que ouviram o que lhes disse. Estes sabem o que ensinei.

N: 22 A estas palavras, um dos guardas presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que respondes ao sumo sacerdote? Replicou-lhe Jesus:

P: 23 Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates?

N: 24 Anás enviou-o preso ao sumo sacerdote Caifás. 25 Simão Pedro estava lá se aquecendo. Perguntaram-lhe:

G: Não és porventura, também tu, dos seus discípulos?

N: Pedro negou:

L: Não!

N: 26 Disse-lhe um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha:

L: Não te vi eu com ele no horto?

N: 27 Mas Pedro negou-o outra vez, e imediatamente o galo cantou. 28 Da casa de Caifás conduziram Jesus ao pretório. Era de manhã cedo. Mas os judeus não entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa. 29 Saiu, por isso, Pilatos para ter com eles, e perguntou:

L: Que acusação trazeis contra este homem?

N: 30 Responderam-lhe:

G: Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti.

N: 31 Disse, então, Pilatos:

L: Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei.

N: Responderam-lhe os judeus:

G: Não nos é permitido matar ninguém.

N: 32 Assim se cumpria a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer. 33 Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe:

L: És tu o rei dos judeus?

N: 34 Jesus respondeu:

P: Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que te disseram de mim?

N: 35 Disse Pilatos:

L: Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?

N: 36 Respondeu Jesus:

P: O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo.

N: 37 Perguntou-lhe então Pilatos:

L: És, portanto, rei?

N: Respondeu Jesus:

P: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz.

N: 38 Disse-lhe Pilatos:

L: O que é a verdade?

N: Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes:

L: Não acho nele crime algum. 39 Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos solte um preso. Quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?

N: 40 Então todos gritaram novamente e disseram:

G: 19 1 Não! A este não! Mas a Barrabás!

N: Barrabás era um salteador. Pilatos mandou então flagelar Jesus. 2 Os soldados teceram de espinhos uma coroa e a puseram sobre a cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura. 3 Aproximavam-se dele e diziam:

G: Salve, rei dos judeus!

N: E davam-lhe bofetadas. 4 Pilatos saiu outra vez e disse-lhes:

L: Eis que o trago aqui fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação.

N: 5 Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse:

L: Eis o homem!

N: 6 Quando os pontífices e os guardas o viram, gritaram:

G: Crucifica-o! Crucifica-o!

N: Falou-lhes Pilatos:

L: Tomai-o vós e crucificai-o, pois eu não acho nele culpa alguma.

N: Responderam-lhe os judeus:

G: 7 Nós temos uma lei, e segundo essa lei ele deve morrer, porque se declarou Filho de Deus.

N: 8 Estas palavras impressionaram Pilatos. 9 Entrou novamente no pretório e perguntou a Jesus:

L: De onde és tu?

N: Mas Jesus não lhe respondeu. 10 Pilatos então lhe disse:

L: Tu não me respondes? Não sabes que tenho poder para te soltar e para te crucificar?

N: 11 Respondeu Jesus:

P: Não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fora dado. Por isso, quem me entregou a ti tem pecado maior.

N: 12 Desde então Pilatos procurava soltá-lo. Mas os judeus gritavam:

G: Se o soltares, não és amigo do imperador, porque todo o que se faz rei se declara contra o imperador.

N: 13 Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Lajeado, em hebraico Gábata. 14 Era a Preparação para a Páscoa, cerca da hora sexta. Pilatos disse aos judeus:

L: Eis o vosso rei!

N: 15 Mas eles clamavam:

G: Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o!

N: Pilatos perguntou-lhes:

L: Hei de crucificar o vosso rei?

N: Os sumos sacerdotes responderam:

G: Não temos outro rei senão César!

N: 16 Entregou-o então a eles para que fosse crucificado. Levaram então consigo Jesus. 17 Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota. 18 Ali o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio. 19 Pilatos redigiu também uma inscrição e a fixou por cima da cruz. Nela estava escrito: “Jesus de Nazaré, rei dos judeus”. 20 Muitos dos judeus leram essa inscrição, porque Jesus foi crucificado perto da cidade e a inscrição era redigida em hebraico, em latim e em grego. 21 Os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:

G: Não escrevas: “Rei dos judeus”, mas sim: “Este homem disse ser o rei dos judeus”.

N: 22 Respondeu Pilatos:

L: O que escrevi, escrevi.

N: 23 Depois de os soldados crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. 24 Disseram, pois, uns aos outros:

G: Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será.

N: Assim se cumpria a Escritura: “Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica”. Isso fizeram os soldados. 25 Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. 26 Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe:

P: Mulher, eis aí teu filho.

N: 27 Depois disse ao discípulo:

P: Eis aí tua mãe.

N: E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa. 28 Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente a Escritura, disse:

P: Tenho sede.

N: 29 Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca. 30 Havendo Jesus tomado do vinagre, disse:

P: Tudo está consumado.

N: Inclinou a cabeça e rendeu o espírito.

(Todos se ajoelham em silêncio)

N: 31 Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. 32 Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados. 33 Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, 34 mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. 35 O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais. 36 Assim se cumpriu a Escritura: “Nenhum dos seus ossos será quebrado”. 37 E diz em outra parte a Escritura: “Olharão para aquele que transpassaram”. 38 Depois disso, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus, rogou a Pilatos a autorização para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus. 39 Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. 40 Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar. 41 No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. 42 Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo.

Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

A TAREFA CONCLUÍDA

A última palavra de Jesus crucificado foi uma proclamação de que sua missão específica tinha atingido seu ápice e ele a dava por concluída. A exclamação: “Tudo está consumado” pode ser entendida sob diversos ângulos. Significava que Jesus tinha sido fiel ao Pai, no grau mais elevado. Proclamava que a Encarnação chegara a seu limite. Nada de autenticamente humano deixou de ser assumido por Jesus, mesmo os aspectos mais trágicos da existência humana. Desta forma, convocava os discípulos a serem também fiéis ao Pai, mesmo sendo vítimas da injustiça e da maldade humana. As últimas palavras de Jesus, na cruz, sintetizavam sua contínua disposição de assumir, com radicalidade, todas as coisas e fazê-las bem, não se contentando com a mediocridade nem se deixando intimidar pela grandiosidade da missão. Podiam ser tomadas como alerta aos discípulos. Uma vez cumprida a missão reservada a Jesus, convinha que cada qual se sentisse apelado a realizar, com as mesmas disposições do Mestre, a parte que lhe competia.

As palavras finais de Jesus não podem ser tomadas como capitulação ou conformismo diante da injustiça de que foi vítima. Nem como consciência de ter sido vencido pelas forças da morte. Jesus concluiu sua missão terrena certo de que sua vida foi pura entrega ao Pai a serviço da salvação da humanidade. Tarefa que realizou de maneira perfeita!

ORAÇÃO UNIVERSAL

(Após a homilia, deve ser feita a Oração UniversaL: o Comentarista, Diácono ou Ministro anuncia a intenção de cada oração e, após breve silêncio, o Presidente reza a oração que lhe segue.)

1. Pela santa Igreja: Oremos, irmãos e irmãs caríssimos, pela santa Igreja de Deus: que o Senhor nosso Deus lhe dê a paz e a unidade, que ele a proteja por toda a terra e nos conceda uma vida calma e tranquila, para sua própria glória.

Deus eterno e todo-poderoso, que em Cristo revelastes a vossa glória a todos os povos, velai sobre a obra do vosso amor. Que a vossa Igreja, espalhada por todo o mundo, permaneça inabalável na fé e proclame sempre o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.

2. Pelo papa: Oremos pelo nosso santo padre, o papa Bento XVI. O Senhor nosso Deus, que o escolheu para o episcopado, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja, governando o povo de Deus.

Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes todas as coisas com sabedoria, dignai-vos escutar nossos pedidos: protegei com amor o pontífice que escolhestes, para que o povo cristão que governais por meio dele possa crescer em sua fé. Por Cristo, nosso Senhor.

3. Pelo clero e pelos leigos: Oremos pelo nosso bispo (…), por todos os bispos, presbíteros e diáconos da Igreja e por todo o povo fiel.

Deus eterno e todo-poderoso, que santificais e governais pelo vosso Espírito todo o corpo da Igreja, escutai as súplicas que vos dirigimos por todos os ministros do vosso povo. Fazei que cada um, pelo dom da vossa graça, vos sirva com fidelidade. Por Cristo, nosso Senhor.

4. Pelos catecúmenos: Oremos pelos (nossos) catecúmenos: que o Senhor nosso Deus abra os seus corações e as portas da misericórdia, para que, tendo recebido nas águas do batismo o perdão de todos os seus pecados, sejam incorporados em Cristo Jesus.

Deus eterno e todo-poderoso, que por novos nascimentos tornais fecunda a vossa Igreja, aumentai a fé e o entendimento dos (nossos) catecúmenos, para que, renascidos pelo batismo, sejam contados entre os vossos filhos adotivos. Por Cristo, nosso Senhor.

5. Pela unidade dos cristãos: Oremos por todos os nossos irmãos e irmãs que creem em Cristo, para que o Senhor nosso Deus se digne reunir e conservar na unidade da sua Igreja todos os que vivem segundo a verdade.

Deus eterno e todo-poderoso, que reunis o que está disperso e conservais o que está unido, velai sobre o rebanho do vosso Filho. Que a integridade da fé e os laços da caridade unam os que foram consagrados por um só batismo. Por Cristo, nosso Senhor.

6. Pelos judeus: Oremos pelos judeus, aos quais o Senhor nosso Deus falou em primeiro lugar, a fim de que cresçam na fidelidade de sua aliança e no amor do seu nome.

Deus eterno e todo-poderoso, que fizestes vossas promessas a Abraão e seus descendentes, escutai as preces da vossa Igreja. Que o povo da primitiva aliança mereça alcançar a plenitude da vossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.

7. Pelos que não creem no Cristo: Oremos pelos que não creem em Cristo, para que, iluminados pelo Espírito Santo, possam também ingressar no caminho da salvação.

Deus eterno e todo-poderoso, Dai aos que não creem em Cristo e caminham sob o vosso olhar com sinceridade de coração chegar ao conhecimento da verdade. E fazei que sejamos no mundo testemunhas mais fiéis da vossa caridade, amando-nos melhor uns aos outros e participando com maior solicitude do mistério da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.

8. Pelos que não creem em Deus: Oremos pelos que não reconhecem a Deus, para que, buscando lealmente o que é reto, possam chegar ao Deus verdadeiro.

Deus eterno e todo-poderoso, vós criastes todos os seres humanos e pusestes em seu coração o desejo de procurar-vos para que, tendo-vos encontrado, só em vós achassem repouso. Concedei que, entre as dificuldades deste mundo, discernindo os sinais da vossa bondade e vendo o testemunho das boas obras daqueles que creem em vós, tenham a alegria de proclamar que sois o único Deus verdadeiro e Pai de todos os seres humanos. Por Cristo, nosso Senhor.

9. Pelos poderes públicos: Oremos por todos os governantes: que o nosso Deus e Senhor, segundo sua vontade, lhes dirija o espírito e o coração para que todos possam gozar da verdade paz e liberdade.

Deus eterno e todo-poderoso, que tendes na mão o coração dos seres humanos e o direito dos povos, olhai com bondade aqueles que nos governam. Que por vossa graça se consolidem por toda a terra a segurança e a paz, a prosperidade das nações e a liberdade religiosa. Por Cristo, nosso Senhor.

10. Por todos os que sofrem provações: Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai todo-poderoso, para que livre o mundo de todo erro, expulse as doenças e afugente a fome, abra as prisões e liberte os cativos, vele pela segurança dos viajantes e transeuntes, repatrie os exilados, dê saúde aos doentes e a salvação aos que agonizam.

Deus eterno e todo-poderoso, sois a consolação dos aflitos e a força dos que labutam. Cheguem até vós as preces dos que clamam em sua aflição, sejam quais forem os seus sofrimentos, para que se alegrem em suas provações com o socorro da vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.

Oração

Senhor Jesus, sustenta a minha fraqueza e ajuda-me a ser, como tu, perfeitamente fiel ao Pai.

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