Vocação, resultado de uma escolha livre.
Liturgia do Dia 22 de Agosto – Domingo
XXI DOMINGO DO TEMPO COMUM
24 1 Josué convocou a Siquém todas as tribos de Israel, seus anciãos, seus chefes, seus juízes e seus oficiais. Eles apresentaram-se diante de Deus,
2 e Josué disse a todo o povo: “Eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: outrora, vossos ancestrais, Taré, pai de Abraão e de Nacor, habitavam além do rio e serviam a deuses estrangeiros.
15 Porém se vos desagrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses, a quem serviram os vossos pais além do rio, se aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porque, quanto a mim, eu e minha casa serviremos o Senhor”.
16 O povo respondeu: “Longe de nós abandonarmos o Senhor para servir outros deuses.
17 O Senhor é o nosso Deus, ele que nos tirou, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão; e que operou à nossa vista maravilhosos prodígios e guardou-nos ao longo de todo o caminho que percorremos, entre todos os povos pelos quais passamos.
18 O Senhor expulsou diante de nós todas essas nações, assim como os amorreus que habitam na terra. Nós também, nós serviremos o Senhor, porque ele é o nosso Deus”.
Palavra do Senhor.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!
O Senhor pousa seus olhos sobre os justos,
e seu ouvido está atento ao seu chamado;
mas ele volta a sua face contra os maus,
para da terra pagar sua lembrança.
Clamam os justos e o Senhor bondoso escuta
e de todas as angústias os liberta.
Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido.
Muitos males se abatem sobre os justos,
mas o Senhor de todos eles os liberta.
Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege,
e nenhum deles haverá de se quebrar.
A malícia do iníquo leva à morte,
e quem odeia o justo é castigado.
Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,
e castigado não será quem nele espera.
5 21 Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.
22 As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor,
23 pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador.
24 Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos.
25 Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,
26 para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra,
27 para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
29 Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja –
30 porque somos membros de seu corpo.
31 Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne.
Palavra do Senhor.
Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida; as palavras que dizeis, bem que são de eterna vida (Jo 6,63.68).
Naquele tempo, 6 60 muitos dos discípulos de Jesus, ouvindo-o, disseram: “Isto é muito duro! Quem o pode admitir?”
61 Sabendo Jesus que os discípulos murmuravam por isso, perguntou-lhes: “Isso vos escandaliza?
62 Que será, quando virdes subir o Filho do Homem para onde ele estava antes?
63 O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida.
64. Mas há alguns entre vós que não crêem”. Pois desde o princípio Jesus sabia quais eram os que não criam e quem o havia de trair.
65 Ele prosseguiu: “Por isso vos disse: Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lho for concedido”.
66 Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele.
67 Então Jesus perguntou aos Doze: “Quereis vós também retirar-vos?”
68 Respondeu-lhe Simão Pedro: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.
69 E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus!”
Palavra da Salvação.
Muitos discípulos de Jesus tiveram enorme dificuldade de captar o verdadeiro significado de suas palavras. Ao interpretá-las num sentido contrário, ficavam perplexos e consideravam desparatados os ensinamentos do Mestre. E se escandalizavam com isto!
Apesar das reações negativas de seus ouvintes, Jesus não diminuía o tom de sua pregação, que continuava a ser contundente. Sendo assim, requeria largueza de visão para ser compreendida. O discipulado dependia da compreensão correta dos ensinamentos do Mestre e da adesão a eles.
Por outro lado, nenhum discípulo podia agir por coação, independentemente de sua vontade.
O discipulado deveria resultar de uma escolha livre. Não interessava a Jesus que seus discípulos permanecessem com ele apenas para agradá-lo. Foi por esta razão que muitos debandaram. Não tinham fibra para pôr em prática o que lhes era ensinado. Com o Mestre permaneceu somente um punhado de discípulos fiéis que foram questionados a respeito da sinceridade de sua adesão. Foi quando Pedro, em nome do grupo, fez uma confissão de fidelidade ao Mestre. Não valia a pena afastar-se, pois só junto dele podiam encontrar palavras de vida eterna, por saírem da boca do “Santo de Deus”. Seria inútil buscar salvação fora dele.
Oração
Pai, dá-me inteligência para compreender as palavras de Jesus e aderir a elas, pois só assim estarei seguro de estar acolhendo a salvação que me ofereces.