Padre é assassinado no oeste da França
Suspeito já havia confessado ter ateado fogo à catedral gótica de Nantes em 18 de julho do ano passado
Um padre foi assassinado nesta segunda-feira de manhã (9) na localidade de Saint-Laurent-sur-Sèvre, no oeste da França – anunciou o ministro do Interior, Gérald Darmanin.
“Todo meu apoio aos católicos do nosso país, após o dramático assassinato de um padre”, tuitou Darmanin.
O suspeito, um ruandês que se entregou à polícia, seria o autor do incêndio da catedral de Nantes, em julho de 2020 e foi posto sob controle judicial depois disso, relatou uma fonte ligada à investigação.
Ainda não foram divulgados detalhes do homicídio, mas uma fonte policial descartou um ataque com faca.
O eclesiástico, de 60 anos, acolhia o suspeito “há vários meses”, disse outra fonte da polícia.
O suspeito confessou ter ateado fogo à catedral gótica de Nantes em 18 de julho do ano passado. Inicialmente, foi detido, até ser solto sob controle da Justiça à espera de seu julgamento.
O homem, um demandante de asilo de Ruanda que vive na França há vários anos, trabalhava como voluntário na igreja.
A líder da extrema direita, Marine Le Pen, que acusa o governo de não agir o suficiente em matéria de imigração, reagiu à notícia. Na França, declarou ela, “você pode ser um imigrante ilegal, incendiar uma catedral, não ser expulso e depois reincidir, assassinando um padre”.
Darmanin imediatamente a acusou de “criar uma polêmica sem conhecer os fatos”. Ele explicou que o homem não podia ser expulso da França, enquanto estivesse sob controle judicial.
O incêndio em Nantes ocorreu 15 meses após o devastador incêndio de 2019 na Catedral de Notre-Dame de Paris, que levantou questões sobre os riscos de segurança para outras igrejas históricas em toda França.
Embora os bombeiros tenham conseguido conter o incêndio de Nantes em apenas duas horas e salvar a estrutura principal, seu famoso órgão, que datava de 1621 e havia sobrevivido à Revolução Francesa e aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial, foi destruído.
Também se perderam objetos e pinturas de valor inestimável, como uma obra do artista do século 19 Jean-Hippolyte Flandrin.
Fonte: AFP/Dom Total
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