Da morte de Jesus brota a vida eterna.
Liturgia do Dia 10 de Agosto – Terça-feira
SÃO LOURENÇO DIÁCONO E MÁRTIR
Irmãos, 9 6 convém lembrar: “aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará.
7 Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria”.
8 Poderoso é Deus para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda espécie de boas obras.
9 Como está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça subsiste para sempre.
10 Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para comer, vos dará rica sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça.
Palavra do Senhor.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 12 24 “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto.
25 Quem ama a sua vida, perdê-la-á; mas quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna.
26 Se alguém me quer servir, siga-me; e, onde eu estiver, estará ali também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará”.
Palavra da Salvação.
A hora de Jesus foi se aproximando. Ele tinha plena do consciência da sorte que o espera. A morte despontava, como inevitável, no horizonte de sua existência. Jesus sabia muito bem que sua vida seria fecunda se, no momento crucial, ele fosse capaz de passar pela prova suprema da morte. Aí sua fidelidade radical abriria, para a humanidade, o caminho de acesso a Deus.
O modo positivo como Jesus encarou a consumação de sua existência não deixou de perturbá-lo interiormente. Uma tentação possível, neste momento, seria a de pedir ao Pai para privá-lo desta circunstância pavorosa. Jesus, porém, reconheceu que toda a sua vida terrena esteve voltada para esta hora. Não seria correto, agora, preferir um atalho. Seria indigno optar pela fuga. A missão exigia dele seguir adiante.
A tragicidade da hora de Jesus assumiu uma conotação particular por ele estar certo de não ter sido abandonado pelo Pai. Sua morte inseria-se na dinâmica de glorificação do Filho pelo Pai. Não era fácil compreender o modo divino de agir, quando a cruz despontava com toda a sua crueldade. Na perspectiva divina, porém, a morte de cruz representava a subjugação do poder do mal e da injustiça e o triunfo do senhorio do Pai na vida do Filho Jesus. Da cruz, proviria a vida nova e gloriosa, penhor de redenção para a humanidade.
Oração
Senhor Jesus, a vida jorrou abundante de sua fidelidade até à morte de cruz. Possa eu beneficiar-me desta plenitude de vida.