Viver Evangelizando

Em Jesus somos família do Reino de Deus

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Liturgia do Dia 20 de Julho – Terça-feira

XVI SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do Dia)

Antífona de Entrada

É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom (Sl 53,6.8).

 

Oração do dia

Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

Leitura (Êxodo 14,21-15,1)

Leitura do livro do Êxodo.

Naqueles dias, 14 21Moisés estendeu a mão sobre o mar. O Senhor fê-lo recuar com um vento impetuoso vindo do oriente, que soprou toda a noite. E pôs o mar a seco. As águas dividiram-se

22e os israelitas desceram a pé enxuto no meio do mar, enquanto as águas formavam uma muralha à direita e à esquerda.

23Os egípcios os perseguiram: todos os cavalos do faraó, seus carros e seus cavaleiros internaram-se após eles no leito do mar.

24À vigília da manhã, o Senhor, do alto da coluna de fogo e da de nuvens, olhou para o acampamento dos egípcios e semeou o pânico no meio deles.

25Embaraçou-lhes as rodas dos carros de tal sorte que, só dificilmente, conseguiam avançar. Disseram então os egípcios: “Fujamos diante de Israel, porque o Senhor combate por eles contra o Egito.”

26O Senhor disse a Moisés: “Estende tua mão sobre o mar, e as águas voltar-se-ão sobre os egípcios, seus carros e seus cavaleiros.”

27Moisés estendeu a mão sobre o mar, e este, ao romper da manhã, voltou ao seu nível habitual. Os egípcios que fugiam foram de encontro a ele, e o Senhor derribou os egípcios no meio do mar.

28As águas voltaram e cobriram os carros, os cavaleiros e todo o exército do faraó que havia descido no mar ao encalço dos israelitas. Não ficou um sequer.

29Mas os israelitas tinham andado a pé enxuto no leito do mar, enquanto as águas formavam uma muralha à direita e à esquerda.

30Foi assim que naquele dia o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios. E Israel viu os cadáveres dos egípcios na praia do mar.

31Viu Israel o grande poder que o Senhor tinha exercido contra os egípcios. Por isso, o povo temeu o Senhor e confiou nele e em seu servo Moisés.

15 1Então Moisés e os israelitas entoaram em honra do Senhor o seguinte cântico: “Cantarei ao Senhor, porque ele manifestou sua glória. Precipitou no mar cavalos e cavaleiros”.

Palavra do Senhor.

 

Salmo Responsorial Ex 15

Ao Senhor quero cantar,

pois fez brilhar a sua glória!

 

Ao soprar a vossa ira, amontoaram-se a águas,

levantaram-se as ondas e formaram uma muralha,

e imóveis se fizeram, em meio ao mar, as grandes vagas.

O inimigo tinha dito:

 

“Hei de segui-los e alcançá-los!

Repartirei os seus despojos e minha alma saciarei;

arrancarei da minha espada e minha mão os matará!”

 

Mas soprou o vosso vento, e o mar os recobriu;

afundaram como chumbo entre as águas agitadas.

Estendestes vossa mão, e a terra os devorou.

 

Vós, Senhor, o levareis e o plantareis em vosso monte,

no lugar que preparastes para a vossa habitação,

no santuário construído pelas vossas próprias mãos.

 

Evangelho (Mateus 12,46-50)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Quem me ama, realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23)

 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

12 46Jesus falava ainda à multidão, quando veio sua mãe e seus irmãos e esperavam do lado de fora a ocasião de lhe falar.

47Disse-lhe alguém: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar-te”.

48Jesus respondeu-lhe: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”

49E, apontando com a mão para os seus discípulos, acrescentou: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos.

50Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

Palavra da Salvação.

 

Comentário ao Evangelho

QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?

A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino, cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.

Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consangüinidade. Doravante, ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de pertença à família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o agir do discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.

Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a pertença a uma determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um projeto de vida fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como pertencente à sua família. Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este pré-requisito.

Oração

Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.

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