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Francisco reza o Ângelus e agradece profissionais da saúde

Da varanda do hospital, Francisco reza o Ângelus e agradece profissionais da saúde

Papa reforçou a necessidade de um sistema de saúde de qualidade e acessível para todos

Da varanda no décimo andar do hospital, o papa Francisco disse estar feliz por poder honrar esse compromisso dominical, o Ângelus

Da varanda no décimo andar do hospital, o papa Francisco disse estar feliz por poder honrar esse compromisso dominical, o Ângelus (Filippo Monteforte / AFP)

O papa Francisco, que se recupera há uma semana de uma cirurgia de cólon, se dirigiu aos fiéis nesse domingo (11) de uma varanda no décimo andar do hospital, dizendo estar “feliz” por poder honrar esse compromisso dominical.

“Queridos irmãos e irmãs, bom dia! Estou feliz por poder manter o encontro dominical do Ângelus, também aqui da policlínica Gemelli”, declarou, aclamado por cerca de 200 pessoas reunidas em frente ao estabelecimento hospitalar, muitas delas em jalecos brancos.

“Senti sua proximidade e o apoio das suas preces. Obrigado do fundo do meu coração!”, acrescentou, com a voz um pouco rouca. “Nestes dias de convalescença no hospital, pude perceber a importância de um bom atendimento, acessível a todos, como o que existe na Itália e em outros países”, frisou. “Devemos mantê-lo!”, pediu.

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“Quero expressar meu apreço e meu encorajamento aos médicos e a todos os profissionais de saúde e funcionários deste hospital e de outros hospitais. Eles trabalham muito!”, continuou o papa, cumprimentando também três crianças doentes tratadas no hospital universitário.

“Nesses dias de internação no hospital, experimentei quanto é importante um bom serviço de saúde gratuito, acessível a todos, como existe na Itália e em outros países. Um sistema de saúde gratuito, que garanta um bom serviço acessível a todos. Não se pode perder este bem precioso. É preciso mantê-lo! E para isso é necessário que todos se empenhem, porque serve a todos e pede a contribuição de todos”, disse Francisco.

O Santo Padre lamentou que às vezes, na Igreja, quando alguma instituição de saúde passa por problemas financeiros, inclusive por má gestão, o primeiro pensamento é vender a estrutura. “Mas a sua vocação na Igreja não é ter dinheiro, mas prestar um serviço e um serviço é sempre gratuito, não se esqueçam, salvar as instituições gratuitas”.

Pedindo que os fiéis rezassem por todos os enfermos, desejou “que ninguém seja deixado sozinho; que todos recebam a unção da escuta, da proximidade e do cuidado”, exortando também a todos a cuidar de uma pessoa que sofre, por “uma visita, um telefonema, uma mão estendida”.

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Depois da oração do Ângelus, o papa lançou um pensamento para o Haiti, após o assassinato de seu presidente, na esperança de que “cesse a espiral de violência”. Nesse “Domingo do Mar” dedicado aos marinheiros, apelou ainda a “cuidar da saúde dos mares”, acrescentando: “nada de plástico no mar!”. Antes de concluir: “não se esqueçam de rezar por mim!”

O Vaticano ainda não informou quando o papa retornará à sua residência de Santa Marta, na Cidade do Vaticano, onde vive em um modesto apartamento de 50 m2 de dois cômodos.

A recuperação de Francisco foi documentada por um curto boletim diário de saúde, um movimento incomum da Santa Sé, relutante em comentar sobre a saúde deste discreto papa. No entanto, nenhum relatório foi publicado neste domingo.

Sua operação no último domingo, sob anestesia geral, consistiu em uma “colectomia esquerda” (cirurgia para remover uma porção do cólon), programada para tratar estenose diverticular sintomática do cólon.

O papa sofria de inflamação potencialmente dolorosa dos divertículos, hérnias ou bolsas que se formam nas paredes do sistema digestivo. Uma das possíveis complicações dessa condição é a estenose, que é um estreitamento do intestino. O papa esperou até julho para realizar esta intervenção, quando sua agenda foi flexibilizada.

Francisco se recupera no mesmo quarto do décimo andar do hospital Gemelli que foi utilizado pelo papa João Paulo II em várias ocasiões: após uma tentativa de assassinato em 1981, devido a um tumor no cólon em 1992, por problemas em 1993 e 1994, uma operação de apendicite em 1996, e no início de 2005, no fim de suas forças, pouco antes de morrer aos 84 anos.

Fonte: AFP/Vatican News/Dom Total

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