A ação de Jesus suscitou reações contraditórias.
Liturgia do Dia 6 de Julho – Terça-feira
XIV SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde Ofício do Dia)
Antífona de EntradaRecebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, como o vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10s).
Oração do diaÓ Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e Dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
23Tomou-os, e os fez passar a torrente com tudo o que lhe pertencia.
24Jacó ficou só; e alguém lutava com ele até o romper da aurora.
25Vendo que não podia vencê-lo, tocou-lhe aquele homem na articulação da coxa e esta deslocou-se, enquanto Jacó lutava com ele.
26 E disse-lhe: “Deixa-me partir, porque a aurora se levanta.” “Não te deixarei partir respondeu Jacó, antes que me tenhas abençoado.”
27Ele perguntou-lhe: “Qual é o teu nome?” “Jacó.”
28“Teu nome não será mais Jacó, tornou ele, mas Israel, porque lutaste com Deus e com os homens, e venceste.” Jacó perguntou-lhe:
29“Peço-te que me digas qual é o teu nome.” “Por que me perguntas o meu nome?”, respondeu ele. E abençoou-o no mesmo lugar.
30Jacó chamou àquele lugar Fanuel: “porque, disse ele, eu vi a Deus face a face, e conservei a vida”.
31O sol levantava-se no horizonte, quando ele passou Fanuel. E coxeava de uma perna.
32É por isso que os israelitas, ainda hoje, não comem o nervo da articulação da coxa, porque aquele homem tinha tocado nesse nervo da articulação da coxa de Jacó.
Palavra do Senhor.
Continue conosco a viver evangelizando hoje e sempre.
Salmo Responsorial 16/17
escutai-me e atendei o meu clamor!
Inclinai o vosso ouvido à minha prece,
pois não existe falsidade nos meus lábios!
De vossa face é que me venha o julgamento,
pois vossos olhos sabem ver o que é justo.
Provai meu coração durante a noite,
visitai-o, examinai-o pelo fogo,
mas em mim não achareis iniqüidade.
Eu vos chamo, ó Deus, porque me ouvis,
inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
Mostrai-me vosso amor maravilhoso,
vós que salvais e libertais do inimigo
quem procura a proteção junto de vós.
Protegei-me qual dos olhos a pupila,
e guardai-me à proteção de vossas asas.
Mas eu verei, justificado, a vossa face
e, ao despertar, me saciará vossa presença.
Eu sou o bom pastor, conheço minhas ovelhas e elas me conhecem, assim fala o Senhor (Jo 10,14).
33O demônio foi expulso, o mudo falou e a multidão exclamava com admiração: “Jamais se viu algo semelhante em Israel”.
34Os fariseus, porém, diziam: “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
35Jesus percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade.
36Vendo a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estava enfraquecida e abatida como ovelhas sem pastor.
37Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os operários são poucos.
38Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
REAÇÕES CONTRADITÓRIAS
Os milagres de Jesus não visavam impor às pessoas o reconhecimento de sua messianidade. Aliás, Jesus não tinha como controlar as interpretações de suas palavras e gestos. Muitos sentidos foram dados a eles. Tudo dependia do modo como eram acolhidos.
A ação de Jesus suscitou reações contraditórias. A cura de um possesso mudo levou as multidões a confessarem jamais terem visto algo semelhante em Israel. Já seus adversários declarados, os fariseus, consideraram o mesmo gesto fruto de um poder demoníaco atuado através de Jesus.
A benevolência das multidões contrastava-se com a malevolência farisaica.
Os milagres eram apenas uma porta de entrada no mistério da pessoa de Jesus e apontavam para algo novo e extraordinário acontecendo na história humana. Quem se abria para Jesus e acolhia sua mensagem, percebia o dedo de Deus escondido atrás de sua ação e reconhecia o Reino de Deus acontecendo através dele.
E o identificava como o Filho de Deus agindo com o poder conferido pelo Pai. Em outras palavras, entrava na dinâmica da fé.
Por outro lado, os milagres serviam para respaldar as palavras de Jesus. Ele era Messias por palavras e por obras. As obras prodigiosas, ao revelarem ser Jesus possuidor de um poder próprio de Deus, eram uma demonstração da autoridade com a qual falava. Tantos os milagres de Jesus quanto seus ensinamentos revestiam-se de autoridade divina.
Oração
Senhor Jesus, leva-me a reconhecer o dedo de Deus escondido em teus gestos prodigiosos.