Gestão Bolsonaro gasta mais de meio milhão por mês

A gestão Bolsonaro tem gasta, em média, R$ 672,1 mil por mês com o cartão corporativo, número superior ao desembolso no governo de Michel Temer (MDB)  e próximo ao gasto na registrado na gestão Dilma Rousseff (PT). Os dados foram revelados pelo jornal Folha de São Paulo, com base em informações do Portal da Transparência.

O levantamento aponta que nem mesmo a pandemia de Covid-19, que afetou a economia e impôs o isolamento social, foi suficiente para o governo Bolsonaro economizar com o cartão corporativo, bancado pelo dinheiro do trabalhador.

A média de R$ 672,1 mil por mês, registrada até novembro, representa uma alta de 51,7% em relação ao governo Temer e redução de 2,6% na comparação com a gestão Dilma.

Bolsonaro foi eleito com a promessa de acabar com a ‘mamata’. O fim dos cartões corporativos chegou a ser cogitado no começo do governo, mas a regalia continua e, além disso, sem o detalhamento dos gastos.

Mesmo com pandemia, o presidente Bolsonaro gastou R$ 7,86 milhões com cartão corporativo neste ano, contra $ 7,6 milhões em 2019.

Gasto ‘zero’

Procurado pela Folha de São Paulo, o Palácio do Planalto afirmou que a maior parte dos gastos no cartão de Bolsonaro se refere a custos por causa de viagens pelo país e internacionais.

Apesar dos números,  Bolsonaro, sustentou nesta segunda-feira (28) que seu gasto com o cartão corporativo seria “zero” e desafiou a imprensa a desmenti-lo. A apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, ele disse que, no seu cartão “particular”, seria possível usar R$ 26 mil por mês “para fazer o que bem entender”.

“O gasto que tem é com as emas, com energia elétrica, comida para quase 200 pessoas que ficam aqui e na Granja do Torto. Alguma viagem de avião, muitas vezes o abastecimento do avião entra no cartão corporativo”, alegou o presidente.