Político evangélico e conservador, Arolde de Oliveira estava no Congresso Nacional desde 1983 e era crítico ao isolamento social e medidas de combate ao coronavírus
Eleito pela primeira vez ao Senado em 2018, na esteira do bolsonarismo, o senador Arolde estava no Congresso Nacional desde 1983 como deputado federal. O senador era evangélico e crítico às medidas de isolamento social contra o coronavírus. Era dono do site Pleno News, que publicava fake news sobre a doença. A morte de Arolde foi anunciada pela sua assessoria por meio de nota divulgada por sua família:
“Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.” (Salmos 116:15)
Comunicamos que nesta noite (dia 21 de outubro) o Senhor Jesus recolheu para si nosso amado irmão, Senador Arolde de Oliveira.
Falecido vítima de Covid e como consequência a falência múltipla dos órgãos.
A família agradece desde já todas as manifestações de carinho e orações recebidas todos estes dias.”
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, decretou luto oficial pelo falecimento do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que morreu nesta quarta-feira (21) devido a complicações provocadas pela covid19. Em nota, Davi lamentou o falecimento e destacou o “poder de comunicação e a conduta afetuosa” de Arolde.
Biografia
Arolde de Oliveira estava em seu primeiro mandato como senador, para o qual foi eleito em 2018, com 2,3 milhões de votos no Rio de Janeiro. Era militar, engenheiro e economista. Casado com Yvelise de Oliveira e pai de dois filhos.
Natural de São Luiz Gonzaga (RS), foi para o Rio de Janeiro na década de 60, quando ingressou no Instituto Militar de Engenharia (IME), para estudar o Curso de Engenharia Eletrônica. Já na década de 70, começou a trabalhar na recém-criada Embratel, onde acabou se especializando em sistemas de telecomunicações. Chegou a secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações.
Em 1983 assumiu interinamente o cargo de deputado federal. E em 1986 foi eleito pela primeira vez para a uma vaga na Câmara dos Deputados, dando início a uma sucessão de nove mandatos como parlamentar. Foi constituinte e um dos defensores da privatização das telecomunicações. Também foi secretário municipal de Transportes do Rio de Janeiro e secretário estadual de Trabalho.
O senador era também fundador da MK Music, uma das maiores gravadoras de música gospel do país.
Fonte: Agência Senado, AE, DomTotal