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Cientistas criam robô de 88 miligramas movido a metanol

Cientistas criam robô de 88 miligramas movido a metanol.

Cientistas da Universidade do Sul da Califórnia conseguiu esse objetivo, com a criação de um robô de 88 miligramas, o “RoBeetle”.
O ‘RoBeetle’ usa um sistema muscular artificial para se movimentar, subir e carregar peso durante um máximo de duas horas
Uma equipe da Universidade do Sul da Califórnia criou um robõ de 88 miligramas que funciona sem bateria.

Há tempos os cientistas tentam fabricar pequenos robôs capazes de entrar em locais inacessíveis ou muito perigosos para os humanos, mas até agora não tinham conseguido energia suficiente para fazê-los se movimentar.

Uma equipe da Universidade do Sul da Califórnia conseguiu esse objetivo, com a criação de um robô de 88 miligramas, o “RoBeetle”, que funciona com metanol e usa um sistema muscular artificial para se movimentar, subir e carregar peso durante um máximo de duas horas.

O dispositivo em forma de besouro tem apenas 15 milímetros de comprimento, tornando-o “um dos menores e mais leves robôs autônomos já criados”, ressaltou o seu inventor, Xiufeng Yang.

“Queríamos criar um robô que fosse semelhante em tamanho e peso a insetos reais”, acrescentou Yang, o principal autor de um artigo sobre a invenção publicado nesta quarta-feira na revista Science Robotics.
O problema com a fabricação desse tipo de dispositivo é que a maioria dos robôs precisa de motores pesados e de eletricidade, o que requer a adição de baterias.

As menores baterias disponíveis no mercado são entre 10 e 20 vezes o peso do escaravelho desenvolvido.

Para superar esse obstáculo, Yang e seus colegas criaram um sistema muscular artificial baseado em combustível líquido, nesse caso o metanol, que armazena cerca de 10 vezes mais energia do que uma bateria do mesmo tamanho.
Esses músculos são formados por fios feitos de níquel e titânio, cujo comprimento se contrai quando aquecido, ao contrário da maioria dos metais, que se expandem a altas temperaturas.

Os criadores do RoBeetle cobriram esses cabos com pó de platina que atua como um catalisador para a combustão do vapor de metanol.

Conforme o vapor dos tanques de combustível do robô se transforma em pó de platina, o cabo se contrai e um conjunto de microválvulas fecha para interromper a combustão.
O cabo então esfria e se expande, o que reabre as válvulas. O processo é repetido até que o reservatório de metanol se esgote.

O movimento de contração e expansão desses cabos é conectado às patas dianteiras do RoBeetle por meio de um mecanismo de transmissão que permite que lhe permite rastejar.

A equipe testou seu robô em superfícies planas e inclinadas feitas de materiais lisos, como vidro, ou ásperos, como a parte superior de um colchão.

O RoBeetle pode carregar até 2,6 vezes seu peso e funcionar por duas horas com o tanque cheio, segundo seu criador.

Fonte: AFP/Dom Total

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