Óbitos de grávidas por Covid-19 nas Américas ultrapassa 450
Número de óbitos de grávidas por Covid-19 nas Américas ultrapassa 450.
Os dois países com mais casos mortais são México (140) e Brasil (135). Opas ressaltou estudos que indicam ‘maior risco entre as mulheres grávidas de apresentar formas graves’ da doença.
Opas reiterou um pedido para que se ‘intensifiquem os esforços para garantir o acesso aos serviços de atenção pré-natal’.
A Organização Pan-americana da Saúde (Opas) informou nessa terça-feira (22) que as mortes de mulheres grávidas por covid-19 chegaram a 458, 102 a mais que o número de óbitos registrados em 21 de agosto.
“A Opas informa mais de 60 mil casos confirmados de Covid-19 em grávidas, com 458 mortes nas Américas”, alertou em comunicado a organização com sede em Washington.
Os dois países com mais casos mortais são México, com 140, e Brasil, com 135, seguidos por Estados Unidos (44), Colômbia (40) e Peru (35).
No México, 40% das grávidas que faleceram morreram durante o terceiro trimestre da gestação.
A Opas reiterou um pedido para que se “intensifiquem os esforços para garantir o acesso aos serviços de atenção pré-natal” e ressaltou os estudos que indicam “um maior risco entre as mulheres grávidas de apresentar formas graves da Covid-19”.
No alerta anterior, emitido em 21 de agosto, a Opas contabilizava 28.387 casos do novo coronavírus em mulheres grávidas e 356 mortes.
O continente americano concentra a metade dos casos de Covid-19 registrados no mundo e 55% das mortes acumuladas desde dezembro, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
200 mil mortes
Os Estados Unidos atingiram um novo patamar sombrio ao ultrapassar as 200 mil mortes por Covid-19 nessa terça-feira (22), seis semanas após o país decidir se irá reeleger o presidente Donald Trump, amplamente criticado por sua gestão da pandemia.
A Universidade Johns Hopkins, com sede em Baltimore, apontou 200.182 americanos vítimas da doença e 6,86 milhões de casos do novo coronavírus.
Com 4% da população mundial, os Estados Unidos respondem por 20% das mortes registradas pela Covid-19 desde que o vírus surgiu na China no final do ano passado. Há meses os EUA registram o maior número oficial de mortes no mundo, à frente somente do Brasil e da Índia.
Tom Frieden, ex-diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), informou que a Covid-19 “será a terceira principal causa de morte neste ano nos Estados Unidos, mais do que acidentes, AVCs ou Alzheimer”.
“Nós subestimamos esse vírus ao nosso risco e o daqueles afetados por nossas decisões”, escreveu no Twitter.
Apenas os cânceres e as doenças cardiovasculares são responsáveis por mais mortes do que a Covid-19 nos Estados Unidos neste ano, mesmo que o impacto real do vírus possa ter sido subestimado devido à falta de testes no início da pandemia.
De acordo com fontes oficiais, nos últimos sete dias, cerca de 5,3 mil pessoas morreram de coronavírus nos Estados Unidos. Ao menos 6 mil pacientes estão hospitalizados em alguma unidade de terapia intensiva e 1,5 mil precisam de ventiladores artificiais, segundo com o Covid Tracking Project.
Incompetência.
Críticos dizem que as estatísticas expõem o fracasso do governo Trump. “Os Estados Unidos pagaram um preço mais alto do que qualquer outro país do mundo”, declarou Biden na segunda-feira, lamentando as “mentiras” e a “incompetência” do líder republicano.
Desde o início, Trump minimizou publicamente a gravidade da pandemia, escondendo dos americanos a partir de fevereiro o conhecimento de que o vírus circulava no ar e era mais perigoso do que uma gripe comum, de acordo com entrevistas para o novo livro do jornalista Bob Woodward.
Seu governo interrompeu um plano de distribuição geral de máscaras elaborado pelos escritórios dos Correios e forçou o CDC a flexibilizar suas instruções para encorajar um retorno à normalidade.
Trump é acusado de confundir a população por não agir em nível nacional. “Precisávamos de uma resposta nacional unificada, coerente e forte”, ressaltou William Schaffner, professor de política de saúde da Universidade Vanderbilt.
Europa.
Enquanto, na Europa, a Itália se aproxima de 300 mil casos de Covid-19, com 299.506 confirmados e 35.724 mortes pela doença, de acordo com dados Organização Mundial da Saúde (OMS), a França continua a registrar aumento em seu número diário de casos, com 10.008 novas contaminações e 78 mortes registradas nessa terça-feira.
De acordo com Ministério da Saúde francês, o país soma um total 468.069 casos do novo coronavírus e 31.416 mortes.
Na Itália, pessoas que chegam de viagem de Paris e sete outras áreas da França farão testes obrigatórios do coronavírus.
O ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, publicou em sua conta no Twitter que “os dados europeus são preocupantes”.”A Itália está se saindo melhor do que outros países, mas precisamos ser cautelosos”, disse.
O ministro de Saúde da Espanha, Salvador Illa, recomendou as pessoas de Madri, região mais afetada pela pandemia no país, a não fazer viagens desnecessárias. “Recomendo que as pessoas em Madri restrinjam seus movimentos o máximo possível nos próximos dias, fazendo apenas o que é essencial e limitando o contato aos membros mais próximos de suas famílias”, disse Salvador à rádio Cadena Ser nessa terça-feira.
No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson afirmou durante pronunciamento que “o vírus começou a se espalhar novamente de maneira exponencial” e que “estamos vendo o que acontece na França e na Espanha”, ao justificar as medidas do país para “suprimir” o coronavírus anunciadas nessa terça-feira na Câmara dos Comuns. Johnson indicou que será feito o que “for preciso” para conter o aumento de novas infecções, mencionando até um lockdown nacional, que busca evitar.
Brasil.
A média móvel diária de mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil ficou em 707 nessa terça-feira. A média móvel registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana.
O país contabilizou 35.252 novos casos e 809 novos óbitos. Ao todo são 4.595.335 brasileiros infectados e 138.159 mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia, segundo dados do consórcio dos veículos de imprensa, formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, feito em conjunto com as secretarias estaduais de Saúde.
O balanço do Ministério da Saúde indica que há 3.945.627 recuperados da doença e outros 507.869 que seguem em acompanhamento.
Estado com os maiores números absolutos de coronavírus no país, São Paulo teve mais 8.090 novos casos e 282 mortes nas últimas 24 horas. No total, o estado registrou 945.422 infectados e 34.266 óbitos. Conforme boletim da Secretaria Estadual de Saúde, há 810.750 pessoas recuperadas.
A contagem da Universidade Johns Hopkins mostra que o Brasil continua como o terceiro país mais afetado pela pandemia em número de contaminados. Está atrás de Estados Unidos, que tem 6,8 milhões de casos, e Índia, com 5,5 milhões.
Esses dois países ocupam a primeira e segunda posição, respectivamente. No entanto, em relação ao total de óbitos, o Brasil se mantém na vice-liderança.
Fonte: AFP/Agência Estado/Dom Total
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