Viver Evangelizando

O perdão ilimitado na comunidade cristã

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Somos convidados a aprender cada dia mais sobre o perdão hoje e sempre.

Diante de nossa fé, devemos buscar sempre a predisposição para o perdão.

Liturgia do Dia 13 de Agosto – Quinta-feira
XIX SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde ? Ofício do Dia)
Antífona de Entrada
Considerai, Senhor, vossa aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).

Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Que eu saiba aprender viver o perdão necessário na minha missão.

Leitura (Ezequiel 12,1-12)
Leitura da profecia de Ezequiel.

12 1 A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:
2 “Filho do homem, habitas em meio de uma casta de recalcitrantes, de gente que tem olhos para ver e não vê nada, ouvidos para escutar, a nada ouve; é uma raça de recalcitrantes.
3 Pois bem, filho do homem, prepara-te uma bagagem de emigrante, e parte, em pleno dia, sob os seus olhos.
Parte sob os olhos deles, do lugar onde habitas para outro local. Talvez reconheçam que são eles um bando de recalcitrantes.

4 Prepararás os teus petrechos em pleno dia, sob os seus olhares, como um fardo de emigrante.

E depois, à noite, sob os seus olhares, seguirás como um homem que parte para o exílio.
5 Ante as vistas deles, farás um buraco no muro, pelo qual farás passar o teu fardo.
6 À vista deles, o carregarás aos ombros e sairás, quando escurecer, a fronte velada, de modo que não vejas a pátria! Faço assim de ti um símbolo para a casa de Israel”.

7 Fiz como me ordenara. Em pleno dia deixei os meus afazeres e preparei uma espécie de bagagem de emigrante; em seguida, à noite, furei a muralha, com minha própria mão; após isso, quando se fez noite, pus minha bagagem nos ombros, e saí à vista deles.
8 Logo ao amanhecer, a palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:

9 “Filho do homem, a casa de Israel, esse bando de recalcitrantes, não te perguntou o que fazias lá?

10 Dize-lhes: eis o que diz o Senhor Javé: isto é um oráculo relativo ao príncipe que se acha em Jerusalém e a toda a casa de Israel, que ali se encontra.
11 Dirás: sou para vós um símbolo; assim como tenho feito, assim lhes há de suceder: irão para o exílio, deportados.
12 O príncipe, que está no meio deles, porá a bagagem às costas e sairá ao anoitecer; fará um buraco no muro para poder sair dele: cobrirá a face para não ver a pátria”.
Palavra do Senhor.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Salmo Responsorial 77/78
Das obras do Senhor não se esqueçam.

Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo,
recusando-se a guardar os seus preceitos.
Como seus pais, se transviaram e o traíram
como um arco enganador que volta atrás.

Irritaram-no com seus lugares altos,
provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos.
Deus ouviu e enfureceu-se contra eles,
e repeliu com violência a Israel.

Entregou a sua arca ao cativeiro
e às mãos do inimigo a sua glória;
fez perecer seu povo eleito pela espada
e contra a sua herança enfureceu-se.

Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos! (Sl 118,135)

Evangelho (Mateus 18,21-19,1)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

18 21 Então Pedro se aproximou dele e disse: “Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?”
22 Respondeu Jesus: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
23 Por isso, o Reino dos céus é comparado a um rei que quis ajustar contas com seus servos.

24 Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.

25 Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida.
26 Este servo, então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!’
27 Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida.

28 Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários.

Agarrou-o na garganta e quase o estrangulou, dizendo: ‘Paga o que me deves!’
29 O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: ‘Dá-me um prazo e eu te pagarei!’
30 Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida.
31 Vendo isto, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado.

32 Então o senhor o chamou e lhe disse: ‘Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste.

33 Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti?’
34 E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida.
35 Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração”.
19 1 Após esses discursos, Jesus deixou a Galiléia e veio para a Judéia, além do Jordão.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

O perdão ilimitado na comunidade cristã.

Primordialmente, a capacidade de perdoar, sem limites, deve caracterizar as relações na comunidade cristã.
Esta exigência diz respeito, de forma especial, à liderança da comunidade, quando esta deve lidar com aqueles que apenas iniciam sua caminhada de fé.
Assim, as contínuas recaídas destes iniciantes não podem ser motivo para desespero.
Pelo contrário, deve haver sempre a predisposição para o perdão.

Dessa forma, esta predisposição brota sempre no coração de quem experimentou o perdão ilimitado de Deus.

Nesse sentido, quem é perdoado, ilimitadamente, pelo Pai deve perdoar, ilimitadamente, os irmãos.
Seria sinal de mesquinhez agir de maneira diferente. O próprio Deus não suporta esta atitude contraditória.

Então, quem não está sempre disposto a perdoar, ilude-se, ao contar com o perdão divino.

A atitude do servo impiedoso da parábola chama a atenção para o comportamento de certos líderes das comunidades primitivas.
Sendo assim, tendo sido perdoado de uma dívida fabulosa, este servo omitiu-se de perdoar uma dívida ínfima de um companheiro seu.

Por isso, tamanha crueldade levou o senhor daquele servo a rever o seu perdão e a exigir dele o pagamento de quanto devia, até o último centavo.
Portanto, essa parábola foi um alerta para os líderes da comunidade: que não se enganassem quanto ao erro que cometiam, recusando-se a perdoar as fraquezas dos pequeninos!

Oração
Senhor Jesus, que eu me inspire na atitude do Pai, o qual oferece a todos perdão ilimitado.

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