PAULO MIKI PRESBÍTERO E COMPANHEIROS, MÁRTIRES JAPONESES
SS. PAULO MIKI PRESBÍTERO E COMPANHEIROS, MÁRTIRES JAPONESES
06 fevereiro
Mártires cristãos de Nagasaki, século XVIIMártires cristãos de Nagasaki, século XVII
O Santo do Dia é uma resenha diária dos Santos guardados na memória da Igreja. Histórias de mestres da vida cristã de todos os tempos que como faróis luminosos orientam o nosso caminho.
São Paulo Miki tem muitas primazias:
Além de ser o primeiro mártir cristão japonês do Japão – e não um missionário estrangeiro – também teve a primazia de ter sido o primeiro religioso nativo do País do Sol Nascente, embora não tenha conseguido ser ordenado sacerdote, devido à falta de um Bispo.
Paulo nasceu em Kyoto, capital cultural do arquipélago, em 1556, provavelmente em uma família convertida por São Francisco Xavier, que, em 1550, transcorreu dois anos no país, para aonde levou, pela primeira vez, a Companhia de Jesus.
Trinta anos depois, a comunidade cristã local já contava 200 mil fiéis.
Primordialmente, Paulo Miki foi m dos primeiros cristãos do Japão.
Aos cinco anos de idade, Paulo recebeu o Batismo e foi enviado para estudar no Colégio dos Jesuítas, dos quais nunca mais se separou.
Por causa da sua língua e cultura, encontrou muitas dificuldades em estudar latim;
Em compensação, tornou-se um especialista em religiosidade local, que fez dele um excelente pregador, capaz de manter contato com as autoridades budistas.
Naqueles anos, o clima era turbulento, por isso Paulo voltou para a sua casa, após uma visita a Roma, onde foi recebido pelo Papa Gregório XIII, que também era repleto de amor por Jesus. Percorreu todos os cantos do seu país, levando a Palavra e suscitando muitas conversões.
Dessa maneira, vemos a constante perseguição de Shogun.
De repente, a situação no país mudou:
um pouco, por causa do comportamento dos cristãos marinheiros espanhóis, que chegavam ao Japão; Depois, pelas divergências entre as Ordens missionárias, que chegaram ao país, em 1596.
Então, Shogun Hideyoshi, militar samurai, começou uma violenta perseguição contra os cristãos.
Paulo foi preso e, no cárcere, encontrou 6 Franciscanos, 3 Jesuítas e 17 leigos convertidos, inclusive 2 meninos muito jovens.
Assim, eis o martírio vivido como Jesus na cruz.
Foram 27 os mártires que morreram crucificados no monte Tateyama de Nagasaki, em 5 de fevereiro 1597.
Da sua cruz, Paulo perdoou seus algozes e pronunciou um sermão final apaixonado, exortando todos a seguir a Cristo para serem salvos.
Como Cristo, pouco antes de expirar, Paulo invocou a Deus Pai, em cujas mãos entregou seu espírito.
Paulo Miki foi canonizado, três séculos mais tarde, pelo Papa Pio IX.
Precisamente naqueles anos, seu martírio, narrado em um livro, inspirou a obra missionária de um seminarista vêneto, Daniel Comboni, futuro apóstolo da “África”.
Fonte: Vaticano News