Portas, da frente ou dos fundos?
Ontem, após ter chegado da celebração da Palavra da Sagrada Família, minha esposa me abriu as portas do “Especial de Natal” do “Portas dos Fundos”.
Já fazia um tempo que havia ouvido muito acerca das consequências que as portas dos fundos tinham causado, mas ainda não tinha visto.
Bom, diante dessa oportunidade seguir vendo o que verdadeiramente tal especial tinha realmente a oferecer.
Logo de início, confesso que fiquei um pouco assustado, pois procurei o Especial do Natal da minha fé, mas não o encontrei a princípio.
Sendo assim, seguir pelas portas dos fundos na esperança de encontra-lo. O melhor foi que realmente eu encontrei.
Assim, em nada a minha fé foi ou seria abalada.
Afinal, mesmo tendo agora passado pela porta do fundo eu sabia que Deus, em Jesus Cristo, havia entrado pelas portas da frente de meu coração.
Essa foi a maneira que minha família me conduziu no conhecimento e vivência da minha fé até hoje.
Nesta perspectiva, seguir observando e rezando o que mais tal episódio poderia me trazer de proveito.
Dessa maneira, pude notar que a celebração do Natal de Jesus nos tempos atuais muitas vezes não se difere do que presenciei.
Não quero dizer aqui, que não sabemos festejar, mas ultimamente festejamos comidas, bebidas, músicas, presentes e outras alegrias, mas menos a alegria de sentir Jesus renascendo em nós.
Depois disso, notei que esse deus colocado em cena não é nunca foi o Deus de minha fé que minha família ensinou.
Esse é sim, o deus proposto pela sociedade atual, que manda e que faz tudo para o seu bel prazer.
Notei ainda, que José, Maria e Jesus foi e são as portas de frente de nossa fé e de nossa salvação.
Nesse sentido, a família em cena, traduz muito mais um modelo familiar de uma sociedade em que Deus não tem plena prioridade.
Além disso, no personagem de Jesus, percebi não somente as portas dos fundos, mas também as portas da frente e consequentemente a das liberdades das escolhas.
Por isso, notei que quase sempre, como o Jesus apresentado, também nos questionamos acerca de qual porta escolher.
De como devemos assumir a nossa missão de batizados.
Tal cena, não difere muito do que vemos hoje, pois nos colocamos como seguidores de Cristo, mas fantasiamos a nossa missão sem verdadeiramente assumir nosso batismo.
Sendo assim, como no “Portas dos Fundos”, somos também motivados pelo Deus de nossa fé a assumir a nossa missão.
Pois, agora és o tempo do Reino de Deus presente no Filho vivendo em nosso meio. Este por sua vez, se concretiza também em nós, seus irmãos e filhos de Deus.
Diante disso, assumindo e testemunhando a nossa fé seguimos vencendo as nossas dificuldades e tribulações que encontramos.
Portanto, chegando ao fim do “Portas dos Fundos”, encontrei verdadeiramente o sentido do meu Especial de Natal.
Reconheço assim, que tal episódio muito pode nos ajudar a vivenciar e amadurecer a nossa fé na sociedade atual.
Por: Anderson Dias