Assim, é preciso deixarmos nos alimentar pela Palavra do Senhor.
Pois, a Palavra liberta-os das trevas do erro, abrindo-lhes um caminho de luz.
Liturgia do Dia 4 de Dezembro – Quarta-feira
I SEMANA DO ADVENTO
Antífona de Entrada
O Senhor vai chegar, não tardará: há de iluminar o que as trevas ocultam e se manifestará a todos os povos (Hab 2,3; 1Cor 4,5).
Oração do dia
Senhor Deus, preparai os nossos corações com a força da vossa graça, para que, ao chegar o Cristo, vosso Filho, nos encontre dignos do banquete da vida eterna e ele mesmo nos sirva o
alimento celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.Eis nosso Deus do qual esperamos nossa libertação.
Leitura (Isaías 25,6-10)
Leitura do livro do profeta Isaías
O Senhor dos exércitos preparou para todos os povos, nesse monte, um banquete de carnes gordas, um festim de vinhos velhos, de carnes gordas e medulosas, de vinhos velhos purificados.
Nesse monte tirará o véu que vela todos os povos, a cortina que recobre todas as nações, e fará desaparecer a morte para sempre.
O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e tirará de toda a terra o opróbrio que pesa sobre o seu povo, porque o Senhor o disse.
Naquele dia dirão:
“Eis nosso Deus do qual esperamos nossa libertação.
Congratulemo-nos, rejubilemo-nos por seu socorro”, porque a mão do Senhor repousa neste monte, enquanto que Moab é pisada no seu lugar como pisada é a palha no monturo.
Palavra do Senhor.
O Senhor é o pastor que me conduz.
Salmo Responsorial 22/23
Na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.
O Senhor é o pastor que me conduz;
Não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
Ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha
E restaura as minhas forças.
Ele me guia no caminho mais seguro
Pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
Nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,
Eles me dão a segurança!
Preparais à minha frente uma mesa,
Bem à vista do inimigo
Com óleo vós ungis minha cabeça,
e o meu cálice transborda.
Felicidade e todo bem hão de seguir-me
Por toda a minha vida;
E, na casa do Senhor,
Habitarei pelos tempos infinitos.
Eis que o Senhor há de vir a fim de salvar o seu povo; felizes são todos aqueles que estão prontos para ir-lhe ao encontro.
Evangelho (Mateus 15,29-37)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Jesus saiu daquela região e voltou para perto do mar da Galiléia. Subiu a uma colina e sentou-se ali.
Então numerosa multidão aproximou-se dele, trazendo consigo mudos, cegos, coxos, aleijados e muitos outros enfermos.
Puseram-nos aos seus pés e ele os curou, de sorte que o povo estava admirado ante o espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados curados, de coxos que andavam, dos cegos que viam;
e glorificavam ao Deus de Israel.
Jesus, porém, reuniu os seus discípulos e disse-lhes:
“Tenho piedade esta multidão: eis que há três dias está perto de mim e não tem nada para comer. Não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho”.
Disseram-lhe os discípulos: “De que maneira procuraremos neste lugar deserto pão bastante para saciar tal multidão?”
Pergunta-lhes Jesus: “Quantos pães tendes?” “Sete, e alguns peixinhos”, responderam eles.
Mandou, então, a multidão assentar-se no chão, tomou os sete pães e os peixes e abençoou-os.
Depois os partiu e os deu aos discípulos, que os distribuíram à multidão.
Todos comeram e ficaram saciados, e, dos pedaços que restaram, encheram sete cestos.
Palavra da Salvação.
Pois, a Palavra é o alimento que abre seus horizontes.
Hoje, vemos no evangelho, que os discípulos, na relação com o Mestre, reconhecem suas carências e a necessidade de serem ajudados por ele.
Assim, a experiência da multidão no deserto, à escuta de Jesus, revela esta situação.
Aí, o povo foi duplamente alimentado: com a Palavra e com o pão.
Como a multidão, por sua vez, os discípulos necessitam ser alimentados pela Palavra, que abre seus horizontes para compreender a presença do amor misericordioso do Pai na história humana, por meio de Jesus, e suas exigências.
Dessa maneira, a Palavra liberta-os das trevas do erro, abrindo-lhes um caminho de luz;
Move-os a aderir ao Reino, com sinceridade de coração, e a superar todos os empecilhos;
E, por fim, educa-os para a humilde obediência à vontade divina.
Já o pão eucarístico, por sua vez, alimenta os discípulos, inserindo-os numa perfeita comunhão com Jesus.
Diante disso, este alimento leva-os a assimilar o modo de ser do Mestre, cuja abertura para o Pai é perfeita.
Move-os ainda, a buscar a comunhão com o próximo, que se torna destinatário de seu amor e de sua atenção.
Bem como também, impede que se deixem levar pelo egoísmo, sensibilizando-os para a solidariedade e a reconciliação.
Sendo assim, esta é a forma como o pão revigora as forças dos discípulos, em sua longa marcha para o Pai.
Portanto, sem esses alimentos, os discípulos tornam-se vulneráveis, podendo desfalecer pelo caminho.
Afinal, só Jesus pode proporcionar-lhes forças para chegar até o fim.
Oração
Espírito de força, que a Palavra e o pão eucarístico revigorem minhas forças na longa caminhada ao encontro do Senhor.