Liturgia Diária

A libertação que se aproxima é motivo de alegria

Em Jesus somos convidados a viver a libertação plena.

Sendo assim, vivendo a conversão experimentamos a libertação prometida por Deus Pai.

Liturgia do Dia 28 de Novembro – Quinta-feira
XXXIV SEMANA DO TEMPO COMUM
Antífona de Entrada
O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos os que se voltam para ele (Sl 84,9).

Oração do dia
Levantai, Ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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O nosso Deus vivo, que subsiste eternamente.

Leitura (Daniel 6,12-28)
Leitura da profecia de Daniel.

Então esses homens acorreram amotinados e encontraram Daniel em oração, invocando seu Deus.
Foram imediatamente ao palácio do rei e disseram-lhe, a respeito do edito real de interdição:
“Não promulgaste, ó rei, uma proibição estabelecendo que quem nesses trinta dias invocasse algum deus ou homem qualquer que fosse, à exceção tua, seria jogado na cova dos leões?”
“Certamente”, respondeu o rei, “(assim foi feito) segundo a lei dos medos e dos persas, que não pode ser modificada”.

“Pois bem”, continuaram: “Daniel, o deportado de Judá, não tem consideração nem por tua pessoa nem por teu decreto: três vezes ao dia ele faz sua oração”.

Ouvindo essas palavras, o rei, bastante contrariado, tomou contudo a resolução de salvar Daniel, e nisso esforçou-se até o pôr-do-sol.
Mas os mesmos homens novamente o vieram procurar em tumulto:

“Saibas, ó rei”, disseram-lhe, “que a lei dos medos e dos persas não permite derrogação alguma a uma proibição ou a uma medida publicada em edito pelo rei”. Então o rei deu ordem para trazerem Daniel e o jogarem na cova dos leões.

“Que o Deus, que tu adoras com tanta fidelidade”, disse-lhe, “queira ele mesmo salvar-te!”
Trouxeram uma pedra, que foi rolada sobre a abertura da cova; o rei lacrou-a com seu sinete e com o dos grandes, a fim de que nada fosse modificado em relação a Daniel.
De volta a seu palácio, o rei passou a noite sem nada tomar, e sem mandar vir concubina alguma para junto de si. Não conseguiu adormecer.

Logo ao amanhecer levantou-se e dirigiu-se a toda pressa à cova dos leões.

Quando se aproximou, chamou Daniel com voz cheia de tristeza: “Daniel”, disse-lhe, “servo de Deus vivo, teu Deus que tu adoras com tanta fidelidade terá podido salvar-te dos leões?”
Daniel respondeu-lhe: “Senhor, vida longa ao rei!
Meu Deus enviou seu anjo e fechou a boca dos leões; eles não me fizeram mal algum, porque a seus olhos eu era inocente e porque contra ti também, ó rei, não cometi falta alguma”. Então o rei, todo feliz, ordenou que se retirasse Daniel da cova.

Foi ele assim retirado sem traço algum de ferimento, porque tinha tido fé em seu Deus.
Por ordem do rei, mandaram vir então os acusadores de Daniel, que foram jogados na cova dos leões com suas mulheres e seus filhos.

Não haviam tocado o fundo da cova, e já os leões os agarraram e lhes trituraram os ossos!

Então o rei Dario escreveu: “A todos os povos, a todas as nações e aos povos de todas as línguas que habitam sobre a terra, felicidade e prosperidade!
Por mim é ordenado que em toda a extensão de meu reino, se mantenha perante o Deus de Daniel temor e tremor.

É o Deus vivo, que subsiste eternamente; seu reino é indestrutível e seu domínio é perpétuo.
Ele salva e livra, faz milagres e prodígios no céu e sobre a terra: foi ele quem livrou Daniel das garras dos leões”.
Palavra do Senhor.

Com fé é alegria elevamos louvores ao Senhor.

Salmo Responsorial Dn 3
Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

Orvalhos e garoas, bendizei o Senhor!
Geada e frio, Gelos e neves, Noites e dias, Luzes e trevas,  Raios e nuvens,  Ilhas e terra.

Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28)

Evangelho (Lucas 21,20-28)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
“Quando virdes que Jerusalém foi sitiada por exércitos, então sabereis que está próxima a sua ruína.

Os que então se acharem na Judéia fujam para os montes; aqueles que estiverem dentro da cidade retirem-se; os que estiverem nos campos não entrem na cidade.
Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito.

Ai das mulheres que, naqueles dias, estiverem grávidas ou amamentando, pois haverá grande angústia na terra e grande ira contra o povo.
Cairão ao fio de espada e serão levados cativos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos pagãos, até se completarem os tempos das nações pagãs.

Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas.
Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra.

As próprias forças dos céus serão abaladas.

Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade.
Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação”.
Palavra da Salvação.

Libertação que se aproxima é motivo de alegria

Como sabemos, na Bíblia, a destruição de certas cidades é apresentada como lição para a humanidade.
Dessa maneira, temos aqui o exemplo da ruína de Sodoma e Gomorra que simboliza o fim da maldade humana.
Além disso, a queda da Samaria representa o castigo da cidade que trocou Deus pelos ídolos e se deixou contaminar pela injustiça.

Bem como também, a queda de Nínive e da Babilônia foram celebradas como o fim de impérios prepotentes, cuja ação nefasta foi causa de sofrimento e morte para muitos povos.

Por fim, temos o exemplo da devastação de Jerusalém foi, também, marcada de simbolismo.
Cidade de grande evocação teológica – lugar da habitação de Deus no meio de seu povo – converteu-se em cidade assassinada dos profetas, surda aos apelos dos enviados.
Para os cristãos, caracterizou-se como cidade assassina do Filho de Deus, o qual tentou, inutilmente, chamá-la à conversão.

Tendo perdido sua razão de ser, só lhe restava ser votada à destruição.

Entretanto, ao mesmo tempo em que fala dessa destruição, Jesus abre o coração dos discípulos para a esperança.
Por um lado, fala-se em grandes calamidades no país: flagelos, morte, exílio, ruína.

Dessa forma, alude-se ao Filho do Homem “vindo sobre as nuvens, com grande poder e glória”.
Diante disso, o fim de Jerusalém corresponde ao início de uma realidade nova, à libertação que se aproxima.

Portanto, os discípulos têm motivos para se conservarem esperançosos, banindo todo temor.
Sendo reconhecida assim, a proximidade da libertação é motivo de alegria!

Oração
Espírito de alegria  e esperança, que a perspectiva do fim seja, para mim razão de confiar e esperar no Senhor que veio para nos trazer a libertação.

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